A insônia tem afetado muitas pessoas em todo mundo durante o período de isolamento social, devido à pandemia do novo coronavírus, a covid-19. A falta de rotina, a ansiedade ou o excesso de trabalho são situações que influenciam na qualidade do sono e, consequentemente, geram oscilações no hábito noturno.
Existem dois principais moduladores que regulam o sono: ritmo social e ciclo biológico. A fisioterapeuta e coordenadora dos cursos de Fisioterapia e Educação Física, da Faculdade UNINASSAU Petrolina, Karla Melo, pontua que “estamos vivendo um momento de restrição social que tem afetado os nossos horários seja para se alimentar, acordar, trabalhar e, consequentemente, para dormir. A ansiedade é outro fator que influencia nossa qualidade do sono”.
Karla destaca que a postura escolhida afeta na qualidade do sono. “Ao dormir de lado, com uso de travesseiros na cabeça e entre joelhos, há um alinhamento da coluna lombar, torácica e cervical. É importante dizer que travesseiros muito altos ou muito baixos forçam a região cervical, causando torcicolos e dores”.
Deitar de barriga para cima favorece o ronco e pausas respiratórias. Já o hábito de dormir de bruços é contraindica, pois pode gerar problemas e dores nos ombros, bursite, tendinite e até dor nas costas, como explica a fisioterapeuta. “A postura adequada, com certeza, proporciona uma noite mais tranquila e saudável”, complementa.
A insônia atinge mais de 70 milhões de brasileiros, de acordo com a Associação Brasileira de Sono. O Instituto do Sono pontua que entre as principais causas para a insônia estão: problemas emocionais, como ansiedade e depressão, consumo de medicamentos por longo tempo, consumo frequente de bebidas alcoólicas, exposição permanente a situações de estresse.
A fisioterapeuta dá algumas dicas para “higienização do sono” e, então, alcançar as tão desejadas 8h de sono.
- Mantenha um horário fixo para se deitar e acordar cumprimento uma rotina de atividades
- Evite telas durante a noite, pois o aspecto de "luz azul" emitida por eletrônicos inibe a produção de melatonina, hormônio do sono.
- Mantenha uma rotina de exercícios físicos, mas evite a prática durante a noite
- Se possível, evite bebidas estimulantes após às 18h