Bolsonaro diz que Moro aceitaria demissão de Valeixo depois de ser indicado para o STF
O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento no final da tarde desta sexta-feira (24) no qual afirmou que o ex-ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro disse a ele que aceitaria a substituição do diretor-geral da Polícia Federal, mas em novembro, depois de ser indicado para uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal.
Mais cedo, nesta sexta, Sergio Moro anunciou demissão do cargo porque, segundo o ex-ministro, Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal ao decidir demitir o diretor-geral da Polícia Federal, Mauricio Valeixo. Moro não aceitou.
"Mais de uma vez, o senhor Sergio Moro disse para mim: 'Você pode trocar o Valeixo sim, mas em novembro, depois que o senhor me indicar para o STF'", declarou Bolsonaro.
Para Bolsonaro, Moro tem compromisso "com o próprio ego", "consigo próprio" e "não com o Brasil".
Antes de fazer o pronunciamento, o presidente da República afirmou em uma rede social que iria restabelecer "a verdade" na fala à imprensa.
"Sabia que não seria fácil. Uma coisa é você admirar uma pessoa. A outra é conviver com ela, trabalhar com ela. Hoje pela manhã, por coincidência, tomando café com alguns parlamentares eu lhes disse: 'Hoje, vocês conhecerão aquela pessoa que tem compromisso consigo próprio, com seu ego e não com o Brasil'", declarou.
Bolsonaro comenta decisão de Moro: 'uma coisa é você admirar uma pessoa, outra é conviver'
Bolsonaro fez a manifestação no Palácio do Planalto, de pé, acompanhado de ministros do governo.
"Hoje, essa pessoa vai buscar essa maneira de botar uma cunha entre eu e o povo brasileiro. Isso aconteceu há poucas horas", disse, em referência a Moro.
O ex-ministro assumiu em 2019 o posto de ministro da Justiça e da Segurança Pública a convite de Bolsonaro. Para isso, renunciou à carreira de 22 anos como juiz federal – ele era o responsável pelos processos da Operação Lava Jato na Justiça Federal em Curitiba.
Bolsonaro disse no pronunciamento que pedia a Moro um relatório diário sobre atividades da Polícia Federal, a fim de poder tomar decisões.
"Sempre falei para ele: 'Moro, não tenho informações da PF. Eu tenho que ter, todo dia, um relatório do que aconteceu, em especial nas últimas 24 horas, para poder decidir o futuro da nação'. Nunca pedi a ele o andamento de qualquer processo, até porque a inteligência, com ele, perdeu espaço na Justiça, quase que implorando informações. E assim eu sempre cobrei informações dos demais órgãos de inteligência do governo, como a Abin, que tem à frente um delegado da PF", declarou.
Ele afirmou que não precisa de autorização para trocar qualquer ocupante de cargo no Executivo.
"Falava-se em interferência minha na PF. Oras bolas, se posso trocar ministro, por que não posso, de acordo com a lei, trocar o diretor da PF? Não tenho que pedir autorização para ninguém para trocar diretor ou qualquer outro que esteja na pirâmida hierárquica do Poder Executivo", declarou.
Segundo o presidente, a Polícia Federal se preocupou mais em identificar os autores do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) que investigar o atentado que ele, Bolsonaro, sofreu durante a campanha eleitoral.
"A PF mais se preocupou com a Marielle do que com o seu chefe supremo. Eu acho que todas as pessoas de bem no Brasil querem saber – entendo senhor ex-ministro, entre o meu caso e o da Marielle, o meu está muito menos difícil de se solucionar", afirmou. "Acredito que a vida do presidente da Republica tem significado. Isso é interferir na Polícia Federal?", complementou.
Sobre a acusação de Moro, segundo a qual Bolsonaro pediu para trocar o diretor-geral da PF a fim de ter acesso a investigações e inquéritos, o presidente contestou. "Nunca pedi para ele para que a PF me blindasse onde quer que fosse", disse.
Em um trecho do pronunciamento, Bolsonaro reforçou que a indicação do diretor-geral da PF cabe a ele e que, se um dia ele se "submeter a qualquer subordinado", deixará de ser presidente.
"Acertamos, como fiz com todos os ministros: 'Vai ter autonomia no seu ministério'. Autonomia não é sinal de soberania. A todos os ministros, e a ele também, falei do meu poder de veto. Os cargos-chave teriam que passar pelas minhas mãos e eu daria sinal verde ou não. Para todos os ministros, isso foi feito. Mais de 90% dos que passaram, dei sinal verde", declarou.
Bolsonaro disse ainda não ter "mágoa" de Moro, mas ressaltou que, aos deputados, disse que eles iriam saber quem não o quer "na cadeira presidencial".
O presidente afirmou também que, se Moro gostaria de ter "independência e autoridade", deveria ser candidato.
"Eu não posso conviver – ou fica difícil a convivência – com uma pessoa que pensa bastante diferente de você", acrescentou.
Fonte: G1
Entidades repercutem pedido de demissão de Sergio Moro
O pedido de demissão de Sergio Moro nesta sexta-feira (24) repercutiu entre diferentes entidades. A saída do então ministro da Justiça e Segurança Pública ocorreu após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Aleixo, ser publicada no Diário Oficial da União.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, destacou que “foram muito graves as declarações do ministro Sergio Moro ao comunicar sua demissão, indicando possíveis crimes por parte do presidente da República”. No Twitter, Felipe Santa Cruz afirmou que “a OAB irá analisar os indícios de crime apontados por Sergio Moro”.
A Federação Nacional dos Policiais Federais publicou nota no site oficial em que diz que “lamenta profundamente o pedido de demissão do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e também a exoneração do Diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo.
O texto diz que “a entidade entende que o ministro Sérgio Moro cumpriu seu papel com dedicação e comprometimento, garantindo a independência da Polícia Federal durante todo o período que ocupou o cargo”. A Federação entende ainda que “independentemente de quem ocupe o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Direção-geral da PF, a Polícia Federal precisa manter sua linha de autonomia e independência nos trabalhos e investigação”.
Também por meio de nota, o Conselho Nacional de Política Criminal e Segurança Pública - CNPCP, integrado por profissionais da área jurídica, professores e representantes da sociedade civil, manifestou “irrestrita solidariedade ao Ministro Sergio Moro, cumprimentando-o por suas significativas realizações ao longo dos dezesseis meses em que exerceu o cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública”.
O Conselho ainda parabenizou Sergio Moro por “sua postura de absoluto respeito à autonomia das instituições, aos princípios republicanos e ao Estado Democrático de Direito”.
agenciadoradio
Bahia passa a ter capacidade para realizar mil testes diários da Covid-19
A capacidade da Bahia de processar testes para o novo coronavírus salta de 400 para 1.000 exames por dia, com a entrega, nesta sexta-feira (24), da nova ala do Laboratório Central (Lacen) da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), realizada pelo secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas. O secretário afirmou que “o investimento superior a R$ 2 milhões, em obras e equipamentos, tornou o Lacen o maior laboratório do País em capacidade de realização de exames da Covid-19, e foi idealizado de forma preventiva para o estado, ainda em janeiro, quando a China divulgou o início da pandemia mundial”. O Laboratório fica na Rua Waldemar Falcão, 123 – Horto Florestal, em Salvador.
Ainda de acordo com Vilas-Boas, “esse primeiro pilar, que é o do diagnóstico, compreendeu a construção deste prédio, a ampliação do laboratório de biologia molecular, a aquisição de novos equipamentos e a contratação de insumos. Isso alçou o Lacen da Bahia ao principal laboratório público estadual do Brasil na capacidade de realizar exames para coronavírus”.
De acordo com a diretora-geral do Lacen, Arabela Leal, a unidade tem recebido uma média de 400 exames diariamente, e, com a ampliação, a expectativa é atender até mil pacientes por dia. “Essa nova ala comporta não apenas o setor de biologia molecular, que faz todos os exames de coronavírus, HIV, hepatites e outras doenças, mas, também na parte superior, está montado um laboratório de vigilância sanitária, que faz análises químicas de água, de alimentos, produtos de limpeza, entre outros produtos”.
Secom
Metrô terá câmeras de medição de temperatura para combater contaminação pelo coronavírus
Secom
Governo libera R$ 3 bi para empréstimos a pequenos empreendedores, informais e cooperativas do Nordeste
O Conselho Monetário Nacional aprovou a liberação de até R$ 3 bilhões para socorrer pequenos empreendedores, informais e cooperativas do Nordeste. A linha de crédito do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) servirá para o enfrentamento dos prejuízos causados pela pandemia do novo coronavírus. O objetivo da medida é garantir capital de giro e recursos com o mínimo de juros e prazos longos.
Segundo o superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Evaldo Cruz Neto, esse novo auxílio que o Governo Federal disponibiliza visa a continuidade dos pequenos negócios e a diminuição dos impactos na economia da região.
“O crédito ele tem grande importância, pois visa promover a preservação de toda a atividade produtiva dos beneficiados, eles podem ser tanto pessoas físicas quanto jurídicas, em torno das cooperativas, especialmente aquelas vinculadas aos empreendimentos dos setores comerciais e de serviço”, apontou.
Os recursos extraordinários serão destinados ao maior número possível de beneficiários não só para recuperar atividades produtivas como também para preservar empregos. O foco principal da linha de crédito é auxiliar os pequenos negócios, aqueles com até dez funcionários, e autônomos da região Nordeste. A Sudene, no entanto, atende também no Norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. As linhas de crédito já estão disponíveis no Banco do Nordeste e possuem juros de apenas 2,5% ao ano, com aportes que chegam a R$ 200 mil, como explica o superintendente.
“A princípio existem dois módulos de financiamento. São eles o Capital de Giro Isolado, que disponibiliza até R$ 100 mil por beneficiário, podendo ser pago em 24 parcelas com carência máxima até 31 de dezembro. E Investimento, que inclui a parte de Capital de Giro Associado, com até R$ 200 mil reais por beneficiário e também carência até 31 de dezembro. Os encargos financeiros totais, com a taxa efetiva de juros, são de 2,5% ao ano”, ressaltou.
Também foram disponibilizadas linhas de crédito do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), no total de R$ 2 bilhões, e do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), de até R$ 1 bilhão. O recurso poderá ser utilizado em despesas de custeio, manutenção e formatação de estoques, além de pagamento de funcionários, contribuições e despesas diversas com risco de não serem honradas por conta da redução ou paralisação das atividades produtivas. A expectativa do Governo Federal é de que sejam contratadas cerca de 85 mil operações e o custo para o Tesouro está projetado em mais de R$ 439 milhões.
Para mais informações sobre a Covid-19, acesse coronavirus.saude.gov.br. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada, Brasil.
agenciadoradio
Bahia tem 1.979 casos confirmados de Covid-19 e 67 óbitos
Secom
Tratamento com anticoagulante traz esperança para pacientes com Covid-19
O estudo com o anticoagulante - heparina - está sendo realizado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Um estudo feito por pesquisadores do Hospital Sírio-Libanês apresenta bons resultados preliminares no uso do anticoagulante heparina, usado em ambiente hospitalar, para pacientes diagnosticados com a Covid-19 – doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).
Conforme aponta o pre-print (a pré-publicação da pesquisa que ainda não foi publicada em períódico científico com revisão por pares) Pathological evidence of pulmonary thrombotic phenomena in severe COVID-19 , a análise feita com 30 pacientes ainda não tem certeza da razão pela qual indivíduos infectados com o novo coronavírus tem maior chance de apresentarem coágulos no sangue.
Entre fevereiro e março de 2020, o períódico científico Journal of Thrombosis and Hemosthasis publicou quatro artigos abordando a relação complexa e ainda pouco compreendida entre a Covid-19 e a trombogênese (formação de trombos, a coagulação de sangue).
Por enquanto, o que os cientistas sabem é que o novo coronavírus induz em casos mais graves, uma tempestade de citocinas (emissão de sinais entre as células durante o desencadeamento das respostas imunes) que leva à ativação de coagulações, causanfo fenômenos trombóticos.
"O que passamos a entender é que o vírus entra pelo epitélio respiratório (mucosa que se estende da cavidade nasal até os brônquios), agride-o e deixa os brônquios e os alvéolos com a membrana exposta, criando algo parecido com um machucado. Isso faz o corpo querer estancar a ferida, e a resposta do organismo é a coagulação, entrando em estado de hipercoaguabilidade, que na verdade, não resolve o problema", explica a pneumologista Elnara Marcia Negri, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Uso do anticoagulante
De acordo com a pneumologista, a droga é recomendada para pacientes que têm sintomas mais severos, como a insuficiência respiratória. Para esses casos, o estudo prelimnar apontou que a heparina ajuda a desfazer os coágulos que são formados na microcirculação do pulmão e em outro locais do corpo.
"Tivemos bons resultados com um grupo de pacientes que apresentava casos mais graves. Agora esperamos ter mais pacientes – pelo menos cerca de 100 – e em mais centros. A ideia é fazer mesmo um guideline, ou seja, um manual de como usar um anticoagulante na Covid-19", aponta a médica.
Outro objetivo do grupo de pesquisadores é diminuir a necessidade de ventilação mecânica ao fornecer a medicação precocemente, mas além de mais testes serem necessários, cada caso deve ser avaliado individualmente.
Não tome anticoagulantes sem indicação médica
Tomar a droga sem prescrição e acompanhamento médico pode levar à hemorragia interna – sangramentos no sistema nervoso central e sistema gastrointestinal, que podem até levar a morte. Por isso, a médica reforça que a população não deve comprar para prevenir o quadro ou tomar fora do ambiente hospitalar.
Fonte: www.radiocacula.com.br
Assinatura do contrato de construção da Ponte Salvador – Ilha de Itaparica tem prazo prorrogado
Secom
Sergio Moro decidiu deixar o governo
O ministro Sergio Moro (Justiça) decidiu entregar o cargo nesta sexta-feira (24) e deixar o governo de Jair Bolsonaro após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, ter sido publicada nesta madrugada no Diário Oficial da União. Ele anunciou a saída do governo a pessoas próximas.
Conforme a Folha revelou, Moro pediu demissão a Bolsonaro na manhã desta quinta (23) quando foi informado pelo presidente da decisão de demitir Valeixo. O ministro avisou o presidente que não ficaria no governo com a saída do diretor-geral, escolhido por Moro para comandar a PF.
A exoneração foi publicada como “a pedido” de Valeixo no Diário Oficial, com as assinaturas eletrônicas de Bolsonaro e Moro. Segundo a Folha apurou, porém, o ministro não assinou a medida formalmente nem foi avisado oficialmente pelo Planalto de sua publicação.
O nome de Moro foi incluído no ato de exoneração pelo fato de o diretor da PF ser subordinado a ele. É uma formalidade do Planalto.
Na avaliação de aliados de Moro, Bolsonaro atropelou de vez o ministro ao ter publicado a demissão de Valeixo durante as discussões que ainda ocorriam nos bastidores sobre a troca na PF e sua permanência no cargo de ministro. Diante desse cenário, sua permanência no governo ficou insustentável, e Moro decidiu deixar o governo.
Moro topou largar a carreira de juiz federal, que lhe deu fama de herói pela condução da Lava Jato, para virar ministro. Ele disse ter aceitado o convite de Bolsonaro, entre outras coisas, por estar “cansado de tomar bola nas costas”.
Tomou posse com o discurso de que teria total autonomia e com status de superministro. Desde que assumiu, porém, acumulou série de recuos e derrotas.
Moro se firmou como o ministro mais popular do governo Bolsonaro, com aprovação superior à do próprio presidente, segundo o Datafolha. Pesquisa realizada no início de dezembro de 2019 mostrou que 53% da população avalia como ótima/boa a gestão do ex-juiz no Ministério da Justiça. Outros 23% a consideram regular, e 21% ruim/péssima.
Bolsonaro tinha números mais modestos, com 30% de ótimo/bom, 32% de regular e 36% de ruim/péssimo.
O ministro, nos bastidores, também vinha se mostrando insatisfeito com a condução do combate à pandemia do coronavírus por parte de Bolsonaro. Moro, por exemplo, atuou a favor de Luiz Henrique Mandetta (ex-titular da Saúde) na crise com o presidente.
Aliados de Moro avaliam que ele foi um dos alvos da recente declaração de Bolsonaro de que usaria a caneta contra “estrelas” do governo.
“[De] algumas pessoas do meu governo, algo subiu à cabeça deles. Estão se achando demais. Eram pessoas normais, mas, de repente, viraram estrelas, falam pelos cotovelos, tem provocações. A hora D não chegou ainda não. Vai chegar a hora deles, porque a minha caneta funciona”, afirmou Bolsonaro, no início do mês, a um grupo de religiosos que se aglomerou diante do Palácio da Alvorada.
Sob o comando de Moro, a Polícia Federal viveu clima de instabilidade no ano passado, quando Bolsonaro anunciou uma troca no comando da superintendência do órgão no Rio e ameaçou trocar o diretor-geral.
No meio da polêmica, o presidente chegou a citar um delegado que assumiria a chefia do Rio, mas foi rebatido pela Polícia Federal, que divulgou outro nome, o de Carlos Henrique de Oliveira, da confiança da atual gestão. Após meses de turbulência, o delegado assumiu o cargo de superintendente, em dezembro.
No fim de janeiro, o presidente colocou de volta o assunto na mesa, quando incentivou um movimento que pedia a recriação do Ministério da Segurança Pública. Isso poderia impactar diretamente a polícia, que poderia ser desligada da pasta da Justiça e ficaria, portanto, sob responsabilidade de outro ministro.
Bolsonaro depois voltou atrás e disse que a chance de uma mudança nesse sentido era zero, ao menos neste momento.
Folha de S.Paulo
INSS começa a pagar primeira parcela do 13º de aposentados e pensionistas nesta sexta (24)
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começa a pagar o 13º de aposentados e pensionistas nesta sexta-feira (24). A antecipação da primeira parcela, que geralmente é feita em agosto, foi anunciada pelo governo federal em março com o objetivo de liberar mais recursos na economia para minimizar os impactos da pandemia do coronavírus.
Quem recebe até um salário mínimo, irá receber 50% do benefício. Os pagamentos serão feitos até o dia 8 de maio, de acordo com o número final da identificação de segurado, desconsiderando o dígito verificador.
Aqueles que têm renda mensal superior a um salário mínimo, receberão a primeira parcela do 13º entre os dias quatro e oito de maio.
De acordo com o INSS, a previsão é que mais de 35 milhões de pessoas recebam o benefício até o fim de abril e que sejam injetados R$ 71 bilhões na economia do país.
agenciadoradio
Entenda a importância do distanciamento social e como lidar com ele
Ficar em casa, longe da família, de amigos e de locais frequentados antes da pandemia do novo coronavírus não é nada fácil. Mas você sabe por que é importante tomar esta atitude?
Quem explica é a chefe de Saúde do UNICEF no Brasil, Cristina Albuquerque.
“O isolamento social é extremamente importante nesse momento em que ainda não atingimos o pico da pandemia. Tanto no Brasil quanto no mundo, essa é uma das principais medidas para que muitas pessoas não sejam contaminadas e adoeçam ao mesmo tempo precisando buscar atenção médica hospitalar, deixando os hospitais lotados e sem condições de atender adequadamente àqueles casos mais graves que podem levar, inclusive, à morte. Portanto, por favor, se puder, fique em casa.”
Cristina Albuquerque lembra que nem todo mundo pode ficar em casa. Profissionais de saúde e de outros serviços essenciais, por exemplo, continuam nas ruas. A saúde deles também depende de todos nós. Quem puder, fique em casa, pois assim haverá menos risco de sobrecarregar os sistemas de saúde. E poderemos passar por essa pandemia sem tantas mortes. Lembre-se: ficar em casa pode salvar vidas.
Estar bem informado é essencial para proteger você e todos à sua volta. Compartilhe informações seguras com sua família, amigos e colegas. Saiba mais sobre as ações do UNICEF contra o coronavírus no site unicef.org.br.
Jalila Arabi/agenciadoradio
Não teve jeito: Bolsonaro exonerou o diretor-geral da PF
Em ato publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro exonerou Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal. Responsável pela indicação de Valeixo, o ministro da Justiça, Sergio Moro, avalia deixar o cargo.
Como antecipou a CNN, delegados e agentes da PF foram informados de que o ato de exoneração de Valeixo seria publicado nesta sexta-feira. O ato é de "exoneração a pedido". Na prática, Valeixo deixa o comando da PF por determinação de Bolsonaro.
Maurício Valeixo estava na direção geral da Polícia Federal por indicação do ministro da Justiça, Sergio Moro. Aliados do ministro afirmam que ele não deve ficar na pasta uma vez confirmada a demissão de Valeixo.
"É o momento ideal. As pessoas estão preocupadas se vão viver, se vão voltar a trabalhar, se vão comer, não estão pensando no comando da PF", avaliou à coluna um experiente delegado da corporação, contrário à demissão.
Juízes federais, amigos de Moro, dizem que ele está no limite e que não quer manchar a biografia. Avaliam que uma porta de saída será a vaga no STF, a ser aberta ainda neste ano, com a aposentadoria de Celso de Mello.
Acham que ele poderia aguentar um pouco mais. Mas ninguém sabe se resistirá até lá. "Bolsonaro não tem condições de demitir Moro", avaliou uma liderança da Câmara dos Deputados sobre o ministro ser uma referência anti corrupção e que sua saída trairia sequelas ao bolsonarismo.
Fonte: CNN
CGU explica motivos para o cancelamento da antecipação da segunda parcela do Auxílio Emergencial
O Governo Federal está impedido legalmente de fazer a antecipação da segunda parcela do Auxílio Emergencial de R$ 600, que estava previsto para quinta-feira (22). A previsão era de que os trabalhadores informais e pessoas inscritas no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidas em janeiro e fevereiro recebessem a ajuda. Tudo ocorreu porque o Ministério da Cidadania recebeu uma recomendação da Controladoria Geral da União (CGU) e cancelou essa antecipação. Segundo o ministro da CGU, Wagner Rosário, esse impedimento foi uma cautela para que todos possam receber o auxílio.
“Como era uma estimativa de valor com base no Cadastro Único, a quantidade de pessoas que estão solicitando aparenta ser maior do que a expectativa inicialmente feita ou o planejamento inicialmente feito, o que nós alertamos era que não se realizasse o pagamento de uma segunda parcela antes de se verificar que o pagamento da primeira foi praticamente encerrado. Ou pelo menos se tem uma estimativa do total de pessoas e o quanto que se necessitaria de incremento na quantidade de recursos orçamentários para cobrir esses valores”.
O ministro Wagner Rosário ainda afirmou, em coletiva no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (23), que essa medida não é um descumprimento do Auxílio Emergencial.
“Então a nossa medida não é em relação a corrupção. É uma medida em relação a preocupação orçamentária. Então a gente preferiu ter essa cautela. O Governo está correndo para tentar equacionar isso. Mas vamos lembrar bem que não era um descumprimento. A gente ia adiantar o pagamento. O que tivemos foi um cuidado adicional, que a CGU fez ao Ministério da Cidadania”.
Em função dessa medida da CGU, o Ministério da Cidadania elaborou uma nota técnica e solicitou ao Ministério da Economia a previsão para uma suplementação orçamentária o mais rápido possível.
Janary Bastos Damacena
Insônia na quarentena: veja dicas para dormir melhor Fisioterapeuta frisa que a postura escolhida influencia no sono
A insônia tem afetado muitas pessoas em todo mundo durante o período de isolamento social, devido à pandemia do novo coronavírus, a covid-19. A falta de rotina, a ansiedade ou o excesso de trabalho são situações que influenciam na qualidade do sono e, consequentemente, geram oscilações no hábito noturno.
Existem dois principais moduladores que regulam o sono: ritmo social e ciclo biológico. A fisioterapeuta e coordenadora dos cursos de Fisioterapia e Educação Física, da Faculdade UNINASSAU Petrolina, Karla Melo, pontua que “estamos vivendo um momento de restrição social que tem afetado os nossos horários seja para se alimentar, acordar, trabalhar e, consequentemente, para dormir. A ansiedade é outro fator que influencia nossa qualidade do sono”.
Karla destaca que a postura escolhida afeta na qualidade do sono. “Ao dormir de lado, com uso de travesseiros na cabeça e entre joelhos, há um alinhamento da coluna lombar, torácica e cervical. É importante dizer que travesseiros muito altos ou muito baixos forçam a região cervical, causando torcicolos e dores”.
Deitar de barriga para cima favorece o ronco e pausas respiratórias. Já o hábito de dormir de bruços é contraindica, pois pode gerar problemas e dores nos ombros, bursite, tendinite e até dor nas costas, como explica a fisioterapeuta. “A postura adequada, com certeza, proporciona uma noite mais tranquila e saudável”, complementa.
A insônia atinge mais de 70 milhões de brasileiros, de acordo com a Associação Brasileira de Sono. O Instituto do Sono pontua que entre as principais causas para a insônia estão: problemas emocionais, como ansiedade e depressão, consumo de medicamentos por longo tempo, consumo frequente de bebidas alcoólicas, exposição permanente a situações de estresse.
A fisioterapeuta dá algumas dicas para “higienização do sono” e, então, alcançar as tão desejadas 8h de sono.
- Mantenha um horário fixo para se deitar e acordar cumprimento uma rotina de atividades
- Evite telas durante a noite, pois o aspecto de "luz azul" emitida por eletrônicos inibe a produção de melatonina, hormônio do sono.
- Mantenha uma rotina de exercícios físicos, mas evite a prática durante a noite
- Se possível, evite bebidas estimulantes após às 18h
Vereador Tiano Felix (PT) se reúne com membros do PT, presidente do Sindicato de Docentes da Univasf e coordenador geral do DCE
Ontem (23) à tarde, o gabinete do vereador Tiano Felix (PT), em parceria com a Secretaria Municipal de Comunicação do Partido dos Trabalhadores, realizou um debate, via aplicativo de conversação virtual, sobre a nomeação de um reitor pró-tempore para a UNIVASF.
Já o presidente do PT em Juazeiro, Luiz Felix, se colocou a disposição e entende que a luta pela autonomia universitária representa a luta pela democracia no Brasil, neste momento de golpe.
Nesta reunião, também estiveram presentes a companheira Célia Regina Carvalho, da Direção Estadual do PT, o presidente do Grêmio Estudantil do IF Baiano, Kauan Barros e membros do Diretório Municipal do PT de Juazeiro.
Vereadores conferem: Novos aparelhos e mais leitos capacitam Casa Nova para atender pacientes com COVID 19
O Vereador Zé Carlos Borges (PT), acompanhado do Vereador Neto da Saúde (Jose Neto Almeida Evangelista – DEM), estiveram na manhã desta quarta-feira visitando o andamento das obras que estão sendo realizadas no SESP e no Hospital Municipal de Casa Nova, depois de terem conversado com técnicos nas barreiras sanitárias de Santana do Sobrado e na entrada da cidade.
No SESP, acompanhado do Assessor da Secretaria de Saúde e Coordenador Administrativo, Josemar Fernandes e da Assistente Social Candice Oliveira Silva, uma das coordenadoras do Grupo de Combate ao Corona Vírus, os dois vereadores receberam informações do que será o novo hospital, reformado e adaptado dentro de todas as normas do Ministério da Saúde.
“São novos 14 leitos, equipados, que poderão, se houver necessidade, ser utilizados para o tratamento do COVID 19” – explica Zé Carlos Borges – “Temos de dar uma satisfação à população, acompanhando de perto as providências que o Executivo está tomando para prevenir possíveis infecções no âmbito do município. Para nós, com os recursos que a Prefeitura tem, muito está sendo feito”.
No Hospital Municipal os vereadores, guiados e informados pela Diretora Iolanda Costa Pesqueira; pela Assistente da Diretora Vânia Costa e por Ana Carolina Costa, Coordenadora de Enfermagem, estiveram o novo espaço da farmácia e conheceram de perto as instalações que estão sendo construídas para abrigarem cinco novos leitos, uma unidade semi-intensiva inteira.
“Além das áreas que estão sendo construídas e adaptadas, há uma série de equipamentos, respiradores, aspiradores, novas camas, interfones, monitores e câmeras e a instalação de um posto de enfermagem, totalmente equipado para acompanhamento dos possíveis casos do COVID 19” – registra, com satisfação o vereador José Carlos Borges – E, o mais importante, é que a previsão de entrega dessas áreas está prevista para menos de um mês”.
“Além disso a área de isolamento, com acesso exclusivo, garante que o Hospital poderá atender casos de infecção pelo Corona Vírus com toda segurança para os outros pacientes” – analisa Neto da Saúde.
Por Manoel Leão
Bahia tem 1.789 casos confirmados de Covid-19
Um novo boletim com a descrição detalhada do local de ocorrência dos casos será publicado a partir das 17h de hoje.
Secom
Eduardo Salles lança campanha para uso de máscaras caseiras contra a COVID-19 na Bahia
Com o objetivo de incentivar o uso de máscaras pela população baiana para diminuir a disseminação do novo coronavírus, o deputado estadual Eduardo Salles lançou nesta quinta-feira (23) a campanha virtual com o tema Agora, todo mundo que usa máscara é herói, que conta com cinco peças publicitárias com ampla divulgação em todas as redes sociais do parlamentar.
A ação pretende estimular o uso das máscaras quando forem às ruas. O EPI (Equipamento de Proteção Individual) considerado por autoridades sanitárias uma proteção simples e eficiente como uma barreira física de proteção que protege o usuário de uma possível contaminação do novo coronavírus.
Para o deputado, a ideia é que as pessoas usem máscaras caseiras, deixando as cirúrgicas para a utilização dos profissionais de saúde que trabalham diretamente com pacientes diagnosticados com a COVID-19.
“A máscara é uma grande aliada no combate à transmissão da doença. Por isso, precisamos sensibilizar as pessoas da necessidade do uso da proteção. Está comprovado que a utilização diminui significativamente as chances transmissão. Nós, representantes políticos, temos a obrigação de conscientizar, junto aos órgãos competentes, sobre a importância da proteção individual”, alertou Eduardo Salles.
Como Presidente da Frente Parlamentar do Setor Produtivo: Agropecuária, Indústria, Comércio e Serviços, Eduardo Salles tem trabalhado com o vice-governador e secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, João Leão, e o secretário estadual de Planejamento, Walter Pinheiro, para os setores público e privado conseguirem oferecer máscaras artesanais à população carente.
Recentemente, a ABAPA (Associação Baiana dos Produtores de Algodão), presidida por Júlio Busato, doou 6 mil toalhas de algodão para serem utilizadas por profissionais que trabalham nas unidades de referência ao combate à COVID-19, além de tecido para a produção de 500 mil máscaras artesanais.
"A campanha para uso das máscaras caseiras tem apresentado bons resultados e diminuição na contaminação do novo coronavírus em todo o mundo. Tenho certeza que vamos vencer esse momento difícil trabalhando unidos", finalizou Eduardo Salles.
Ascom
Lava Jato bloqueia 10% do salário do líder de Bolsonaro no Senado
O juiz Friedmann Anderson Wendpap, da 1ª Vara Federal Civil de Curitiba, determinou o bloqueio de 10% dos salários de Fernando Bezerra Coelho (MDB), líder do governo Jair Bolsonaro no Senado, e dos deputados federais Luiz Fernando Faria (Progressistas/MG), Arthur Lira (Progressistas/AL) e Eduardo da Fonte (Progressistas/PE). Eles são alvo de ações de improbidade movidas pela força-tarefa da Operação Lava Jato em razão de supostos esquemas de propinas na Petrobrás.
“Nesse cenário, considerando a necessidade de garantir a efetividade da tutela provisória, a dificuldade em encontrar bens suficientes e o alto valor da remuneração, reputo adequado proceder ao bloqueio de 10% de seu subsídio mensal, deduzidos os descontos legais, o que não comprometeria o seu sustento ou de sua família, possibilitando, em outra ponta, o aumento gradual da garantia da reparação do dano”, anotou o magistrado.
Após a publicação das decisões, foram encaminhados ao Senado Federal e à Câmara dos Deputados ofícios judiciais para o cumprimento da medida. No caso de Bezerra Coelho, a medida atinge R$ 2.247,28 de seus vencimentos.
“Passados mais de seis anos desde o início da Operação Lava Jato, a experiência mostra a grande dificuldade de se encontrar bens e valores disponíveis para bloqueio no patrimônio de réus que exercem ou já exerceram cargos no Congresso Nacional. Com a nova medida de bloqueio de 10% do subsídio de parlamentares federais, garante-se o ressarcimento de parte dos valores requeridos em ações de improbidade”, ressalta a procuradora da República Luciana Bogo.
Em relação a Fernando Bezerra, o Ministério Público Federal e a Petrobrás pedem que sejam condenados: ao ressarcimento ao erário no valor total de R$ 258.707.112,76, equivalente à propina paga e às irregularidades presentes em contratos referentes à Refinaria do Nordeste ou Refinaria Abreu e Lima; ao pagamento de multa civil (exceto Eduardo Campos por ser falecido) de três vezes o valor da propina e duas vezes o valor das irregularidades contratuais; e ao pagamento de danos morais coletivos e individuais em montante não inferior a R$ 258.707.112,76 cada um. O valor pedido totaliza R$ 1.334.260.436,27.
Na esfera criminal, Coelho foi denunciado por corrupção na Refinaria Abreu e Lima, mas a acusação foi rejeitada, em dezembro de 2018, pela 2ª turma do Supremo Tribunal Federal. Votaram contra a denúncia Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, e ficaram vencidos os ministros Edson Fachin e Celso de Mello.
Bezerra Coelho foi alvo de buscas e apreensões no dia 19 de setembro de 2019, na Operação Desintegração, autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF, que mira supostas propinas de R$ 5,5 milhões de empreiteiras à época em que ele foi ministro da Integração do governo Dilma Rousseff.
A ação repasses aos parlamentares no âmbito de obras do Canal do Sertão e a Transposição do Rio São Francisco.
Debruçada sobre o material, a PF afirma ter encontrado diversos indícios de crimes, como o ‘Doadores ocultos’, pagamentos fracionados, bens transferidos a terceiros, e documentos que reforçam elos entre supostas propinas de empreiteiras.
A Polícia Federal afirma que o senador é o verdadeiro dono de uma concessionária da Jeep apontada por delatores como destinatária de propinas ao parlamentar, que também teria atuado pela concessão de benefícios fiscais à marca até 2025 no Nordeste do País.
E também investiga negócios do senador em um paraíso fiscal norte-americano com um dos empreiteiros suspeitos de pagamentos de propina.
Estadão Conteúdo