Prefeitura de Juazeiro investe na recuperação da mata nativa da margem do Rio São Francisco

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Ao longo dos últimos anos a Prefeitura de Juazeiro através da Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (SEMAURB) e também da Secretaria de Obras e Desenvolvimento Urbano (SEDUR) tem feito o plantio de inúmeras espécies nativas para tentar recuperar as funções ambientais das áreas de proteção permanente (APP), como a margem juazeirense do Rio São Francisco, associando aos plantios um viés paisagístico, unindo a proteção à beleza trazida pelas espécies ali presentes.

De acordo com o superintendente de Planejamento Urbano da SEDUR, professor João Pedro Neto, a gestão municipal tem tido a preocupação de desenvolver ações com foco em revegetar as áreas que são protegidas por lei (Lei 12651/2012 – Código Florestal Brasileiro.

“No caso específico da Orla Fluvial que passou por um processo histórico de degradação ambiental característico das intervenções urbanas, foi destruída toda a mata ciliar ali existente. A cobertura nativa que fica às margens do São Francisco foi devastada e com isso foi retirada a maior proteção que o leito de rio possuía, causando efeitos negativos à saúde do Velho Chico, como o aumento dos processos erosivos que levam a um consequente assoreamento. Hoje temos um projeto em execução que é o Parque Fluvial, que vem recuperando uma área considerada como degradada, trazendo o equilíbrio pouco a pouco, com arborização, plantio de espécies nativas”, explica o professor João Pedro.

A engenheira florestal da SEMAURB, Mariana Bezerra, destaca que com o passar do tempo o município não estará apenas protegendo o rio ou cumprindo uma Lei, “mas sim poderá desfrutar de todos os benefícios trazidos pelas ações, já que as árvores são um dos maiores bens naturais existentes. Com o tempo poderemos perceber uma redução da poluição, das temperaturas locais, dos ruídos, um aumento de ambientes com sombra, e atrair diversas espécies da fauna local. Apesar de estranho aos nossos olhos ver a margem do rio repleta de arvores frondosas, pois toda mudança gera uma certa estranheza, principalmente devido ao processo histórico de desmatamento que vivemos até os dias atuais. Esta mudança será benéfica para o Rio São Francisco e para Juazeiro, afinal não existe sensação melhor do que poder contemplar o rio à sombra de uma caraibeira florida. Este é um grande presente que a natureza pode nos proporcionar”, destaca a engenheira.

Para a arquiteta urbanista da SEDUR, Silvia Helena Braga, a integração harmônica entre o espaço urbano e o meio ambiente deve ser adotada como ação prioritária, sendo a recuperação do valor ecológico dessas áreas de extrema importância para o equilíbrio entre os dois habitats. “Vale ressaltar que, as cidades de Juazeiro e Petrolina originaram o seu desenvolvimento às margens do Rio São Francisco, a quem devemos toda subsistência desta região e todo respeito, sendo ele o protagonista da paisagem que estamos inseridos e que nos proporciona qualidade de vida inigualável, se comparada as outras cidades do semiárido nordestino. O patrimônio ambiental, histórico e urbanístico da cidade de Juazeiro simboliza uma das maiores riquezas que temos como moradores e contempladores dos espaços urbanos, devendo ser valorizado e preservado por toda população.

Por Gardennia Garibalde/SEMAURB


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