Durante o isolamento social as pessoas têm se arriscado mais na cozinha e, consequentemente, consumido mais alimentos. No entanto, é preciso chamar atenção para o consumo excessivo do sal nas preparações culinárias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a ingestão diária de 5 gramas de sal por dia, mas os brasileiros consomem em média 12 gramas, diariamente.
A ingestão excessiva é prejudicial para quem sofre de hipertensão arterial, doenças renais, doenças cardiovasculares, entre outras doenças crônicas. “O consumo, além do recomendado, é um risco dietético. A melhor forma de prevenir é reduzindo o consumo do ingrediente, seja no consumo de alimentos industrializados, processados, bem como nas preparações em casa”, pontua Ingrid Rafaella, nutricionista e professora da UNINASSAU Petrolina.
Em alimentos industrializados, a quantidade de sódio é mais alta e 75% do sal consumido por brasileiros estão nesses produtos. “Uma boa forma de perceber se o alimento tem excesso de sal é comparar a quantidade de sódio e a porcentagem do valor diário que vem na tabela nutricional do alimento. Por exemplo, alimentos com até 5% do valor diário de sódio são permitidos, enquanto os que correspondem a 20% devem ser evitados”, orienta.
Porém, o sal usado com moderação e sem desequilíbrio nutricional contribui para diversificar e tornar os alimentos mais saborosos, afirma a nutricionista. “Apesar de ser enfocado apenas os malefícios, o sal de cozinha também proporciona benefícios. O problema está no excesso”, frisa.
É no sal que encontramos o iodo, mineral importante que ajuda no combate ao bócio e a problemas de tireoide, o sal também ajuda na regulação da distribuição de água no organismo, além de moderar a pressão sanguínea.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), se os brasileiros seguirem as recomendações é possível reduzir em 15% os óbitos por Acidente Vascular Cerebral e em 10% mortes por infarto. A mudança comportamental e alimentar também pode ampliar a expectativa de vida em até 4 anos para hipertensos.
Hipertensão
A hipertensão atinge mais de 30 milhões de pessoas no Brasil e apenas 10% fazem o controle adequado. A doença obriga que o coração trabalhe mais para que o sangue circule adequadamente no corpo. Reeducar os hábitos alimentares é a medida com o melhor custo-benefício.
Por Márcia Gabriella