O advogado criminalista Claudio Gastão da Rosa Filho decidiu deixar a defesa de Sara Winter, líder do grupo armado de extrema-direita 300, que foi presa em operação da Polícia Federal relacionada a inquérito sobre atos antidemocráticos.
Ele vinha trabalhando com Bertoni Barbosa de Oliveira e Renata Tavares, que seguem na defesa de Sara. Gastão, de Santa Catarina, vinha fazendo a parte escrita da defesa, os outros dois tratam mais da parte operacional em Brasília.
Em nota, Gastão diz que o principal motivo de sua saída é “a atuação simultânea de vários advogados”, que não permitiu que traçasse sua “estratégia de defesa”.
Gastão vinha se queixando de que diversos advogados estavam entrando com pedido de habeas corpus para Sara, por exemplo, e que isso estava dificultando seu trabalho, já que tinha que peticionar para que fossem arquivados sem julgamento. “Habeas corpus horrorosos”, disse, à ocasião.
Sara chegou a assinar uma declaração confirmando que o catarinense era oficialmente seu representante, mas a tática não surtiu efeito e Gastão optou por deixar sua defesa.
Nas redes sociais, a contratação de Gastão vinha sendo motivo de especulação daqueles que perguntavam quem estava arcando com os honorários de um advogado conhecido e, possivelmente, custoso. Ao Painel, o advogado diz que é uma questão ele trata exclusivamente com seus clientes.
Em sua nota, Gastão diz também que confia “na inocência de Sara e lamenta “a irreparável injustiça decorrente de sua arbitrária prisão”.
Folhapress