Seis times da região nordeste vão disputar as oitavas de finais do torneio nacional.
Puxa o fole, sanfoneiro! O mês de junho é, tradicionalmente, uma época de festejos juninos para os nordestinos. Com a pandemia, e sem poder arrasta-pé, os times da região trataram de achar uma solução e colocaram os adversários para dançar um forró do “bão”. Pela primeira vez na história, três equipes baianas vão disputar as oitavas de finais da Copa do Brasil de futebol: Bahia, Juazeirense e Vitória. Mais que isso, Fortaleza (CE); ABC (RN) e CRB completam a lista de representantes da região entre os 16 melhores da competição.
Até então, o recorde era de cinco nas oitavas, fato ocorrido em 1992 e 2009. As equipes esperam, agora, a definição dos confrontos, que serão conhecidos após sorteio a ser realizado na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ainda sem data divulgada.
“A classificação do Juazeirense, por exemplo, é uma demonstração que as equipes do interior têm se organizado para que surjam mais forças do nosso futebol. Estamos muito felizes com essa grande participação dos times nordestinos nesta fase do torneio”, destacou Vicente Neto, diretor geral da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte.
A Bahia já teve outro representante do interior nesta fase da Copa do Brasil. Em 1991, o Fluminense de Feira avançou às oitavas, mas foi derrotado e eliminado pelo Grêmio (RS). Bahia e Vitória seguem empatados como clubes do Nordeste com mais aparições nesta fase, cada um com 17 e 16 participações respectivamente.
Além de eliminar times que até então eram favoritos ao título, como o Internacional (RS), Cruzeiro (MG), maior campeão do torneio, e Palmeiras (SP), atual campeão da Copa do Brasil, cada uma das equipes que avançaram, recebem cifras que giram em torno de R$2,7 milhões para os cofres dos clubes como premiação oferecida pela CBF.
É o caso do Juazeirense. Até o momento, o Cancão de Fogo já embolsou mais de R$ 5,5 milhões por ter alcançado a quarta fase, ao eliminar Sport (PE), Volta Redonda (RJ) e Cruzeiro (MG).
Investimentos dentro e fora de campo já começam a surtir efeitos positivos para algumas equipes do interior baiano. O Atlético de Alagoinhas conquistou o título baiano deste ano; Jacuipense disputa o Brasileirão da série C. O Bahia de Feira, campeão baiano em 2011, segue investindo na estrutura física. Hoje, é a única equipe do interior do estado com um estádio próprio. O time de Feira de Santana se junta ao Juazeirense e Atlético de Alagoinhas na disputa da série D.
Para Vicente Neto, com mais equipes disputando competições importantes, mais investimentos e oportunidades geram para a Bahia. “Esse número expressivo de equipes do interior disputando competições nacionais, mesmo em divisões diferentes, vem contribuindo não só na questão esportiva, mas também em melhorias de infraestrutura dos clubes e fazendo crescer a economia nos municípios”, disse o diretor da autarquia do esporte.
Ascom Sudesb/Marcus Carneiro DRT3614