Responsável por 'comprovar' fraude na eleição de 2014 está com Covid, justifica Bolsonaro

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Após reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pregou trégua com a Corte, mas bateu na tecla de uma suposta fraude na eleição presidencial de 2014, quando Dilma Rousseff (PT) venceu Aécio Neves (PSDB).

Segundo ele, um especialista, que vai comprovar ao público o suposto esquema que favoreceu Dilma, está infectado com Covid-19, o que vai atrasar a apresentação das provas que o chefe de Estado garante que existem. 

“Conversei com a pessoa que vinha fazer a demonstração da fraude de 2014 e ela está com Covid, bastante debilitada. Ela está tomando um novo medicamento, que eu não vou falar para vocês, para esse medicamento não ser satanizado, demonizado. Várias amigas minhas tomaram esse novo medicamento, já em estado avançado, alguns intubados, e se safaram”, afirmou, em entrevista coletiva em frente ao STF.

Ele disse que, quando a pessoa estiver recuperada, a convidará para apresentar as provas à imprensa. Segundo Bolsonaro, o suposto especialista teria apresentado as provas há seis meses. Ele voltou a sugerir que o atual formato da eleição, apenas com urna eletrônica, não é confiável, e afirmou que, caso saia derrotado em 2022, vai pedir a contagem pública dos votos. 

“Acredito que... Acredito não: a grande maioria da população quer um sistema auditável, que é um voto que seja realmente confiável. Eu quero isso. Me acusaram tanto de ser ditador. Até vocês, grande parte da imprensa. Eu cresci no parlamento ouvindo que a democracia não tem preço. Paulo Guedes já disse que tem R$ 2 bilhões para comprar as maquininhas para imprimir o voto”, declarou.

Ele ainda endossou as críticas ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas poupou crítica aos demais ministros do Supremo. “Eu não estou atacando ninguém. Eu estou com problema com um ministro aqui, que é normal. Pode acontecer. Ele está tendo um ativismo legislativo que não é concebível, que é a questão do voto impresso. Acredito que nós, ao apresentamos e lutarmos por mais uma maneira de tornar as eleições transparentes, deveria ser digno de aplausos dele. Afinal, ele é não é uma pessoa qualquer: além de ministro do Supremo, é presidente do TSE. E nós não conseguimos entender a posição dele e não dos 11 ministros”, criticou.

Num tom mais ameno, ele afirmou que o encontro com Fux garantiu que cada um dos três poderes manterá os limites delimitados pela Constituição. 

“Estamos perfeitamente alinhados, respeitosos para com a constituição. Cada um se policiar dentro do sue poder no tocante aos limites. E nós do Poder Executivo não pretendemos sair desses limites”, pontuou.

por Matheus Caldas/Dilma Rousseff Foto: Agência Senado


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