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Baianos do Centrão já receberam de Bolsonaro até R$ 100 milhões em emendas

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Deputados baianos que pertencem ao Centrão e passaram a negociar com o governo Jair Bolsonaro (sem partido) na esteira do medo do impeachment andam de sorriso largo.

Alguns já contabilizam a liberação de emendas para municípios que representam no valor total de até R$ 100 milhões.

“Nesta crise, a gente tá salvo”, comemora um deles, pedindo reservas ao seu nome.

Ele diz que muitos vislumbram poder negociar ainda mais com a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), cujo mandato o pai quer salvar tanto quanto a seu governo.

Politica Livre/Foto: Dida Sampaio/Estadão/Arquivo

Secretário do Paraná é cotado para assumir Ministério da Educação

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Membros do governo do presidente Jair Bolsonaro sondaram o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, para assumir o Ministério da Educação. De acordo com o blog de Andréia Sadi, do G1, a expectativa de aliados de Feder é a de que o governo anuncie a escolha já nesta terça-feira (23).

De acordo com a publicação, o nome de Feder já está passando por um “pente-fino” da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), cujo objetivo seria averiguar a ficha de todos os candidatos a ingressarem no governo.

Foto: Divulgação

 

Advogado Wassef deixa defesa do senador Flávio Bolsonaro

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O advogado Frederick Wassef não faz mais a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Segundo informou o parlamentar pelo Twitter, a decisão foi do advogado. 

"A lealdade e a competência do advogado Frederick Wassef são ímpares e insubstituíveis. Contudo, por decisão dele e contra a minha vontade, acreditando que está sendo usado para prejudicar a mim e ao presidente Bolsonaro, deixa a causa mesmo ciente de que nada fez de errado", disse Flávio Bolsonaro na postagem.

No twitter, Flávio Bolsonaro diz: "A lealdade e a competência do advogado Frederick Wassef são ímpares e insubstituíveis. Contudo, por decisão dele e contra a minha vontade, acreditando que está sendo usado para prejudicar a mim e ao Presidente Bolsonaro, deixa a causa mesmo ciente de que nada fez de errado". Wassef defendia o senador na investigação sobre movimentações financeiras suspeitas quando Flávio era deputado estadual no Rio, mas resolveu sair do caso depois que o ex-assessor do parlamentar, Fabrício Queiroz, foi encontrado na casa do advogado, em Atibaia, na última quinta-feira (18).

Segundo a assessoria do senador, Rodrigo Roca e a advogada Luciana Pires passam a atender o senador.

Agência Brasil/Wilson Dias/Agência Brasil

Ivete fala sobre fofocas e racismo no Domingão do Faustão

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Durante entrevista ao Domingão do Faustão neste domingo (21), a cantora falou sobre diversos assuntos, mas dois assuntos chamaram à atenção: Seu nome envolvido na “briga” entre Anitta e Ludmilla e também sobre racismo. A juazeirense afirmou que não liga para as brigas na internet e disse que prefere ser um canal para assuntos importantes na sociedade, como o combate ao racismo. Ela ainda constatou que tem sorte por estar trabalhando ativamente durante a quarentena: “Preciso reconhecer os meus privilégios. Eu não posso acordar e ficar pensando em bobagem. Eu tenho a sorte de poder trabalhar, de ter uma família. Eu tenho a força, a energia. Isso eu vou numa visão otimista da minha vida pelas milhões de oportunidades que eu tenho. Eu tenho que ter respeito a essas oportunidades”, disse.

Durante o bate-papo, o apresentador comentou que a convidada não se envolve nas discussões constantes nas redes sociais: “Eu acho que a gente já tem muito assunto difícil pra lidar. O mais importante de tudo é quando você reconhece a sua essência, a sua verdade. Quando você responde a isso [haters], quando você canaliza isso, quando é um amplificador dessas ideias negativas, você acaba reforçando aquela atitude mesquinha, sem nenhuma estrutura emocional”, discursou.

Ivete ressaltou que prefere usar sua influência para tratar de assuntos relevantes, como a discussão sobre o preconceito racial. “Eu me fortaleço vendo que isso se transformou numa discussão diária, permanente e constante. Falar de um assunto que de fato tem relevância. Não fofoca, disse me disse”, “Vamos tratar, vamos utilizar [a internet] para falar de fatos que têm relevância, que são fatos que correm por anos e séculos. A gente tem que acabar com isso [racismo], através das discussões”, continuou.

Faustão, então, comentou sobre as raízes africanas da Bahia e disse que o preconceito velado tem que ser combatido. “Não é velado. O racismo é uma coisa estruturada mesmo, é uma ideia encarnada e passada de geração em geração. É preciso falar sobre isso à exaustão para que a gente entenda muitas frentes do combate ao racismo”, rebateu a cantora.

“Nós todos somos diferentes em personalidades, jeitos, maneiras, pensamentos. Mas nós temos que ter igualdade no trato, igualdade nos direitos. Eu não quero que você goste de mim, eu quero que você me respeite. Eu não posso forçar uma pessoa a gostar de mim, mas eu tenho direito de ser respeitada”, discursou a entrevistada.

“Para que isso venha de forma lúcida, temos que perder menos tempo com bobagens, inverdades, com fofocas. Com tantas coisas que nos fazem perder o foco com no que é protagonismo. O racismo tem que ter protagonismo para que a gente estude, entenda e recupere dentro de nós a essência que de fato importa”, defendeu.

Bahia Econômica

Empresas de 298 categorias não precisam de alvará ou licença para funcionar

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Desde o início do mês, empresas de 298 categorias não precisam de licenças e alvarás para começarem a funcionar. A regra começou a ser definida pela Lei da Liberdade Econômica, sancionada em setembro do ano passado (Lei 13.874/2019). A legislação tem o objetivo de tornar mais simples o empreendedorismo no Brasil. Ela define que se alguém quiser abrir uma empresa que não coloca em risco ou esbarra nos direitos de outras pessoas, nem faz mal ao meio ambiente, pode pular boa parte da burocracia. Não vai precisar de licença, autorização, concessão, nem alvará - os chamados “atos públicos de liberação”. A lista de atividades de baixo risco abrange 60% de todas as atividades da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).

“Não precisa de nada. O empresário faz o registro do CNPJ, que hoje em dia é feito online, e imediatamente já tem a atividade autorizada a funcionar. Isso é importante pra você ajudar a todos que querem empreender dentro da lei. Então você consegue fazer essa atividade de forma mais fácil”, explica Ana Paula Locoselli, Assessora Jurídica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio SP).

A primeira vez que a lei foi regulamentada foi em julho de 2019, quando a regra ainda era definida por meio de uma Medida Provisória - eram 287 atividades que não precisavam de autorização governamental para funcionar por serem consideradas de “baixo risco”. A lista continha categorias como agências de publicidade, diversos tipos de lojas, e pequenas fábricas dos mais variados itens. Também estavam incluídas lanchonetes e até locadoras de vídeo. Depois que a MP virou lei, uma nova regulamentação (Resolução 57/2020) reuniu classificações e incluiu mais 15 atividades (confira a lista ao final da matéria).

“Temos que destacar também a questão do custo. Hoje, no Rio de Janeiro para você obter um alvará, a taxa que você paga lá, é mais que R$ 800. Para um empreendedor que está começando a exercer a atividade isso faz toda diferença, podendo até pautar a escolha dele de abrir ou não um negócio”, explica Anne Caroline Nascimento da Silva, diretora substituta do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração, do Ministério da Economia.

Estados e municípios

Apesar da lista divulgada pelo Ministério da Economia, uma atividade pode ter alvará dispensado em um estado e exigido em outro, dependendo de onde a empresa estiver sediada. Isso porque ainda compete a estados e municípios definir quais são as atividades que consideram de baixo risco. A única condição é que os entes federados enviem ao Governo Federal uma tabela com cada uma das atividades de cada classificação.

De acordo com o Ministério da Economia, nos seguintes estados uma classificação local foi definida: Acre, Alagoas, Amazônia, Bahia, Distrito Federal, Espirito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

Economia online

Além de dispensar atos burocráticos, a Lei da Liberdade Econômica transferiu para a internet diversos procedimentos que antes só existiam fisicamente. A lei também permitiu que fossem transferidos para o mundo digital todos os documentos e registros públicos. A Resolução 57/2020 também definiu que o Alvará de Funcionamento Provisório, obrigatório para atividades de médio risco, deve ser fornecido pela internet, sem que o empresário precise apresentar dados e documentos presencialmente. 


Confira a lista das 15 novas atividades dispensadas dos atos públicos de liberação:

1- Fabricação de conservas de frutas;
2- Fabricação de conservas de legumes e outros vegetais, exceto palmito;
3- Fabricação de sucos de frutas, hortaliças e legumes, exceto concentrados;
4- Fabricação de alimentos e pratos prontos;
5- Comércio a varejo de peças e acessórios novos para motocicletas e motonetas;
6- Comércio a varejo de peças e acessórios usados para motocicletas e motonetas;
7- Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral;
8- Comércio varejista de artigos de cama, mesa e banho;
9- Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal;
10- Bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas, sem entretenimento;
11- Bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas, com entretenimento;
12- Serviços ambulantes de alimentação;
13- Serviços de alimentação para eventos e recepções - bufê;
14- Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar; e
15- Comércio varejista de doces, balas, bombons e semelhantes. 

A lista de todas as atividades de baixo risco você encontra ao final da RESOLUÇÃO Nº 57, DE 21 DE MAIO DE 2020.

Após três meses de paralisação, escolas de todo o país vivem incerteza sobre volta às aulas

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Desde março paradas por conta da pandemia do novo coronavírus, as escolas da rede pública e privada seguem sem certeza de quando poderão retomar o calendário escolar. Mesmo nos estados em que os governos esboçam uma volta às aulas a partir de julho ou agosto, o retorno continua dependendo da evolução da Covid-19 em cada localidade. 

É o caso, por exemplo, do Rio Grande do Sul. O governador do estado, Eduardo Leite, projeta que as aulas presenciais possam voltar gradualmente a partir de 1º de julho. No entanto, o prazo pode ser adiado outra vez em caso de um agravamento da contaminação no estado. Outras unidades da federação, como Goiás, Santa Catarina e Minas Gerais programam o retorno das aulas presenciais para agosto, mas nada oficial.

Em outros locais, como o Paraná, não há sequer uma previsão de retorno. Pela lei, a competência para gerenciar o calendário escolar é de cada Conselho Estadual e Municipal de Educação, tanto para a Educação Básica, quanto para o ensino superior. 

Na tentativa de orientar estados e municípios a organizarem seus calendários durante a pandemia, o Ministério da Educação (MEC) homologou uma série de diretrizes aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).

Alternativas

Uma das soluções propostas pelo MEC é a de que os sistemas de ensino usem atividades não presenciais para o cumprimento da carga horária mínima. Dessa forma, os estudantes teriam que repor menos horas quando as aulas voltarem de modo presencial. O órgão autoriza, também, que as instituições usem o recesso escolar do meio do ano, os sábados e até mesmo reprogramem as férias do fim do ano para minimizar o já impactado cronograma. 

Para Gustavo Fagundes, especialista em Direito Educacional, as orientações são positivas, uma vez que o momento impõe obstáculos inéditos para os sistemas de ensino. “Não haveria como se exigir uma solução absolutamente dentro da normalidade. É uma crise pela qual nós não passamos em tempos recentes”, avalia. 

Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), as escolas de educação básica e do ensino superior têm de cumprir 200 dias letivos e 800 horas. No entanto, uma Medida Provisória (MP) aprovada pelo Congresso Nacional flexibilizou a norma. As escolas que estão com as aulas suspensas poderão distribuir as horas perdidas em um período menor, por exemplo. 

Na mesma linha, o MEC também permitiu que as escolas recuperem o tempo perdido ao aumentar o número de horas de aula por dia ou utilizando o turno contrário. 

Fagundes acredita que as instituições de ensino, respeitadas as decisões dos conselhos estaduais e municipais, vão ter grau de autonomia para adaptar o calendário à sua realidade. Ele destaca que é provável que as escolas públicas adotem um calendário “mais uniforme”, enquanto as escolas particulares devem ter mais variação. 

Atenção à desigualdade

Uma das grandes preocupações de especialistas em educação é de que enquanto as aulas presenciais não retornem, estudantes mais pobres fiquem para trás quando adotados modelos exclusivamente baseados em atividades à distância.

O parecer do CNE e homologado pelo MEC pede que as instituições adotem propostas que não excluam os alunos do processo de aprendizagem, observando se, por exemplo, um modelo com o uso de um tipo específico de tecnologia será acessível para os estudantes daquela localidade.

Para Catarina de Almeida Santos, professora da UnB e coordenadora do comitê do Distrito Federal da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o ideal seria limitar o ensino não presencial. “Temos experiência nos estados que resolveram retomar as atividades remotas, um enorme processo de exclusão. Tem sistemas em que mais de 50% dos alunos estão ficando pra trás”, alega. 

Panorama

Em São Paulo, estado com mais casos da Covid-19 no país, o governo prometeu anunciar um calendário escolar na próxima quarta-feira (24). O Rio de Janeiro, segundo em ocorrências, não tem previsão de volta. Estado nordestino mais afetado pela pandemia, o Ceará pode se tornar um dos locais a retornarem com as aulas mais cedo: 24 de julho é a projeção do governador Camilo Santana. 

Brasil61

Mais de 4 mil ventiladores pulmonares foram distribuídos aos estados e municípios

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Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto na noite desta quinta-feira (18), o secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, afirmou que desde o início de maio até o momento, a pasta distribuiu 4.435 ventiladores pulmonares a estados e municípios. Destes, 2.510 foram destinados às Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 1.925 para transporte – equipamentos utilizados em ambulâncias, por exemplo. 

Segundo o Governo Federal, todas as unidades da Federação receberam respiradores. Os equipamentos foram distribuídos conforme as necessidades de cada local e entregues às secretarias estaduais de saúde, que em plano conjunto com as secretarias municipais, os redistribuem entre os municípios. 

“Os ventiladores pulmonares para transporte servem para possibilitar o transporte e evacuação médica de um paciente em estado mais grave, no qual ele necessite de suporte ventilatório de uma área onde não há os recursos necessários para o tratamento do paciente”, destacou o secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco. 

Durante a coletiva, Franco informou também que os recursos federais repassados a estados e municípios em 2020 é da ordem de R$ 49,4 bilhões, sendo R$ 9,6 bilhões exclusivamente para o enfrentamento da Covid-19.

Portaria

O Ministério da Saúde afirmou ainda que está preparando uma Portaria com orientações gerais visando a prevenção, o controle e a mitigação da transmissão da Covid-19. Segundo a pasta, o documento está sendo preparado e deve ser publicado em breve.  

“A Portaria visa contribuir com as ações para retomada segura das atividades e o convívio social seguro. São regras gerais que orientarão essa retomada das atividades de maneira segura”, afirmou Elcio Franco. 

Brasil61

Presidente do TCU orienta gestores a agirem preventivamente ao prestar contas sobre gastos com o coronavírus

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O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu 29 frentes para acompanhar os gastos dos gestores para combater a pandemia do novo coronavírus. Segundo o presidente do órgão, José Múcio Monteiro, a orientação para governadores e prefeitos é que ajam preventivamente, informando ao tribunal o que está sendo feito. 

Monteiro se reuniu com deputados e senadores nesta quinta-feira (18). No encontro, os parlamentares da comissão mista que acompanha as ações de enfrentamento à Covid-19 se mostraram preocupados. O temor deles é de que os gestores gastem mais recursos e sejam acusados pelos órgãos de controle posteriormente. 

Alguns parlamentares pediram que o TCU atue exigindo mais planejamento dos gestores para que os gastos sejam bem feitos. Ao todo, o tribunal abriu 62 processos durante a pandemia, que buscam apurar irregularidades. 

 

Brasil61

Conheça os tipos de máscaras e como cuidar corretamente da sua

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De uso obrigatório na maior parte dos estados brasileiros devido à pandemia do novo coronavírus, as máscaras de proteção têm diversos tipos, tamanhos e até públicos específicos. Parece não haver muito segredo para se cuidar do item. E, de fato, não há. No entanto, isso faz com que muita gente relaxe e a proteção se torne pouco eficaz. Acaba por gerar uma falsa sensação de proteção, como já apontou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

Antes de mais nada, é preciso conscientização, conforme orienta a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras autoridades no assunto. Isso quer dizer que o cidadão deve saber qual máscara é a mais apropriada para o seu uso. 

As máscaras cirúrgicas e as do tipo N95, que rapidamente acabaram nos estoques das farmácias logo no início da pandemia, devem ser priorizadas para os profissionais de saúde, pacientes com o coronavírus, pessoas que apresentam os sintomas ou familiares que cuidam dessas pessoas. A falta desses itens é prejudicial para quem está na linha de frente de combate à Covid-19. 

É por isso que após comprovação científica de sua eficácia, o Ministério da Saúde passou a recomendar que as pessoas produzam as próprias máscaras em casa. A internet tem tutoriais aos montes de como cada cidadão pode fazer a própria máscara, mas vale se atentar para as recomendações dos órgãos oficiais. 

É o que explica Mayara Lima, professora de medicina da Unifacisa e coordenadora do Laboratório de Estudos sobre Biossegurança e Segurança do Paciente. “Recentemente, a OMS fez uma recomendação de que essas máscaras fossem feitas em três camadas para aumentar a eficiência no momento da respiração. As camadas podem ser duas de algodão e a mais externa de um tecido, como o poliéster, por exemplo. É preciso se atentar que ela cubra o nariz e boca e não deixe espaço nas laterais do rosto.”Arte: Brasil 61

Dicas para o uso 

Não é só confeccionar a máscara que o problema está resolvido. Para que o item seja eficaz e impeça a propagação do coronavírus, é importante estar alerta aos cuidados básicos de uso, higienização, armazenamento e, se necessário, descarte do item. A primeira dica das autoridades é: nada de compartilhar o item. Ele é individual. 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que o uso do item deve ser acompanhado de outras medidas preventivas. “É importante ressaltar que a gente higieniza as mãos antes de colocar, antes e após retirar e se durante o uso eu precisar ajustá-la e tocar na parte frontal, também preciso fazer a higienização das mãos”, orienta Mayara. 

Uma vez no rosto, nada de tocar a máscara, dizem os especialistas. O uso também não pode ser prolongado. A recomendação de tempo de troca da máscara varia entre duas a três horas, no máximo. Ou sempre que o tecido estiver úmido. 

Limpeza e armazenamento

O Ministério da Saúde recomenda deixar a máscara de molho em água sanitária por 30 minutos. Após isso, enxaguar bem com água corrente e sabão. Depois é só deixá-la secar e passá-la com um ferro quente. A última tarefa consiste em guardar a máscara em algum recipiente fechado e limpo, como um saco plástico, por exemplo. 

Embora simples, o processo de higienização da máscara após o uso e devido armazenamento pode ser cansativo, mas é fundamental para minimizar as chances de contaminação, explica Mayara. “Se a gente falha em algum passo desses, seja no momento da lavagem da máscara ou da sua utilização, aumenta muito o risco de contaminação, principalmente nesse momento, em que tem bastante vírus circulando. Seguir todos os passos é essencial para reduzir o risco de infecção pela Covid-19.  

Erros mais comuns

Mayara explica que entre os erros mais comuns envolvendo a máscara estão: o posicionamento inadequado do item (algumas pessoas não cobrem o nariz, por exemplo), a falta de higienização das mãos ao manipulá-la e o uso da máscara por mais de duas horas. “Muitas pessoas têm utilizado a mesma máscara por muito tempo. Precisa fazer a troca da máscara sempre que o tecido apresentar algum tipo de desgaste”, complementa. 

Segundo a Anvisa, o ideal é que a máscara caseira ou comprada seja descartada após 30 lavagens. Se isso não for feito, o risco de ineficiência do item aumenta. 

Fonte:Brasil61

Militância bolsonarista se divide em relação a escândalo da prisão Queiroz

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A prisão de Fabrício Queiroz dividiu os bolsonaristas nas redes sociais. De acordo com pesquisa da consultoria AP Exata, a militância se dividiu, com alguns dizendo que Flávio Bolsonaro deve ser punido se cometeu crime —e outros dizendo que tudo não passa de perseguição política para atingir o pai presidente.

Uma outra narrativa foi a de que o PT tinha esquemas piores de corrupção do que as rachadinhas pelas quais Flávio é investigado.

Mônica Bergamo/Folha de S.Paulo

Weintraub era visto como gentil e culto por amigos do mercado financeiro

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Dono de uma retórica inflamada contra opositores do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o agora ex-ministro da Educação Abraham Weintraub é tido por amigos e ex-colegas do setor financeiro como cortês, educado e culto.

Bolsonaro anunciou a demissão nesta quinta-feira (18). A saída ocorre em decorrência de um longo desgaste político do Weintraub com os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

Por ter diploma de economista e ter feito carreira no mercado financeiro, ele foi indicado pelo governo brasileiro ao posto de diretor-executivo do Banco Mundial para um grupo de países acionistas do qual o Brasil faz parte junto com Colômbia, Equador, Filipinas, Haiti, Panamá, República Dominicana, Suriname e Trinidad e Tobago.

O salário anual previsto para o cargo é de US$ 258.570, o equivalente a R$ 115,8 mil mensais sem 13 º -cerca de R$ 1,3 milhão por ano. O valor é mais de três vezes o salário de ministro, de R$ 31 mil.

O Banco Mundial, com sede em Washington, é uma instituição afeta à exposição pública e polêmicas de qualquer espécie, ainda mais nas redes sociais, onde Weintraub se mostrou muito ativo. O Brasil já foi representado no organismo por Pedro Malan, Murilo Portugal e Otaviano Canuto, conhecidos pela discrição e diplomacia no trato privado e social.

Questionado sobre o novo posto de Weintraub, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) ironizou a nomeação.

“Porque não sabem [no Banco Mundial] que ele [Weintraub] trabalhou no Banco Votorantim, que quebrou em 2009, e ele era um dos economistas do banco”.

Segundo o advogado criminalista Fernando Castelo Branco, professor da PUC-SP, a nomeação de Weintraub e a sua consequente mudança para Washington pode atrasar o andamento dos inquéritos em que ele é investigado.

Weintraub é alvo do inquérito das fake news, que tramita no Supremo, e também de uma investigação no tribunal por racismo por ter publicado um comentário sobre a China.

Weintraub chegou a defender a prisão de ministros do Supremo, a quem chamou de vagabundos em reunião ministerial gravada em 22 de abril. O vídeo se tornou público por fazer parte do inquérito que apura denúncias do ex-ministro da Justiça Sergio Moro de que Bolsonaro tentava interferir na Polícia Federal.

“A investigação por racismo deve passar à Justiça Federal comum. Por não ter restrição de saída do país imposta pela Justiça, ele pode assumir o novo posto, mas precisa comparecer em juízo quando solicitado. A mudança para o exterior torna o avanço do processo mais lento”, diz.

Economista formado pela USP, Weintraub fez carreira no Banco Vototantim (hoje BV). Ele ingressou como estagiário no grupo em 1994, mesmo ano em que se graduou, e permaneceu na companhia por quase 18 anos, até 2012.

No grupo Votorantim, chegou a ser economista-chefe do banco e diretor-executivo da Votorantim Corretora no Brasil e da Votorantim Securities no Estados Unidos e na Inglaterra.

Em seu currículo, Weintraub afirma ter sido diretor da corretora de março de 2004 até sua saída, em maio de 2012.

Segundo ex-colegas e amigos, Weintraub foi homem de confiança de então presidente do banco Wilson Masao, que o nomeou como diretor da corretora.

Masao, hoje sócio da F2 Investimentos, passou mais de 30 anos no grupo Votorantim. Ele foi diretor financeiro do conglomerado e esteve à frente da gestão do banco entre 1993 e setembro de 2011, quando foi substituído, em meio a uma crise, pelo executivo João Roberto Teixeira.

Ao assumir, Teixeira precisou fazer o que um advogado que assessorou o banco em operações financeiras classifica como faxina na gestão da instituição, e substituiu toda a diretoria paulatinamente. O Banco Votorantim chegou a encerrar 2011 com prejuízo de R$ 201 milhões. O resultado foi influenciado à época pela alta na inadimplência de financiamentos de veículos novos.

Foi nesse cenário que Weintraub deixou o banco, em maio de 2012. Segundo advogados que atenderam o banco na época, o ex-ministro era tido comok um profissional bem relacionado que lidava pouco com o dia a dia operativo da instituição.

Amigos e ex-colegas que conviveram com o ex-ministro no banco afirmam que, embora ele sempre tenha sido reconhecidamente conservador, não tinha fama de polemicista. Weintraub é tido como o idealizador das corretoras da Votorantim em Nova York e Londres e sua gestão é elogiada e tida como exemplar.

A atual imagem do ministro, que era tido como expoente da ala mais radical do governo, é novidade para um amigo do setor financeiro. O personagem do ministro, diz, não corresponde à pessoa, que costumava estabelecer relações cordias por onde passava.

Durante sua passagem pelo MEC, Weintraub foi criticado pelas recorrentes faltas ortográficas e gafes. No mercado financeiro, no entanto, ele era reconhecido por ser um profissional culto, segundo um colega que trabalhou na empresa com o ex-ministro por mais de dez anos.

Entre as gafes do ex-ministro, está a cometida em audiência no Senado em junho do ano passado, quando Weintraub confundiu o sobrenome do escritor Franz Kafka com o prato de árabe kafta.

Em outro episódio, em janeiro deste ano, então ministro chegou a grafar “imprecionante” em vez de impressionante em um tuíte que dizia ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) que não havia no MEC uma área de pesquisa sobre segurança pública antes de sua gestão.

Após sair do Votorantim, Weintraub foi sócio enttre 2013 e 2014 da gestora Quest Investimentos (hoje AZ Quest), fundada pelo ex-ministro das Comunicações e ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) Luiz Carlos Mendonça de Barros.

Procurado pela reportagem, Mendonça de Barros diz não ter tido contato com Weintraub, que era, segundo ele, “muito júnior no departamento econômico” da gestora.

Pouco antes de sair da Quest, Weintraub assumiu o cargo de professor do curto de Ciências Contábeis do campus da Unfesp (Universidade Federal de São Paulo) em Osasco, do qual está licenciado.

Folha de S.Paulo/Foto: Marcos Corrêa/PR