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Zambelli apresenta PEC para cortar salários do Executivo, Legislativo e Judiciário

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A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) apresentou uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que reduz em 25% os salários de servidores públicos que recebem acima de R$ 15 mil.

A ideia é obter recursos para ações de combate à Covid-19. Se o texto for aprovado, o corte vigorará por três meses ou enquanto durar a pandemia. A proposta engloba membros dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Na manhã de terça-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que manteria o auxílio emergencial por mais dois meses caso deputados e senadores aceitassem reduzir seus salários para ajudar a financiar os custos do financiamento do programa.

Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a proposta apenas para deputados e senadores seria insuficiente, já que os salários dos congressistas somam, durante o ano, cerca de R$ 220 milhões. Como o pagamento do benefício por mais dois meses custará cerca de R$ 100 bilhões, ainda faltariam mais de R$ 99 bilhões.

Mônica Bergamo/Folha de S.Paulo/Foto: Divulgação

Pesquisa que usa plasma sanguíneo contra covid-19 é testada no Brasil

 

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) investe R$ 5 milhões em uma pesquisa científica sobre um novo método de combate à covid-19: usar o sangue de pessoas curadas para tratar pacientes que ainda estão doentes. O estudo está em fase de testes clínicos e 10 pacientes já recebem o tratamento com o uso de plasma sanguíneo. Agora os pesquisadores monitoram se o método vai gerar o resultado esperado.

“O plasma, que é a parte líquida do sangue, é rico em anticorpos. A pessoa que teve a covid vai desenvolver esses anticorpos contra o vírus. A gente colhe esse plasma de doadores que vem ao banco de sangue, que já tiveram o coronavírus, mas não têm nenhum sintoma há mais de 14 dias e pode ser um doador”, explica o chefe da divisão de Hematologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e presidente do Hemocentro de São Paulo, Vanderson Rocha.

No total, 120 pacientes devem participar do estudo, incluindo o chamado “grupo controle”, que recebe somente o tratamento habitual, para que seja possível comparar os resultados e avaliar a dosagem que deve ser adotada por hospitais. Um grupo vai receber 200 mL de plasma sanguíneo, enquanto o outro recebe o dobro dessa quantidade. Os pacientes serão acompanhados por 28 dias. Além de combater o vírus, a transfusão de plasma tem efeito anti-inflamatório, o que pode auxiliar no tratamento de pacientes em estágios mais graves da doença.

Além do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, também fazem parte da pesquisa o Hospital das Clínicas da Universidade de Campinas (Unicamp), o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, o Hospital Sírio-Libanês e o Hospital Israelita Albert Einstein.

Para que pudesse ser executada, a pesquisa obteve a aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), órgão que autoriza a realização de testes em seres humanos no Brasil. 

RedeVírus

Essa pesquisa é uma daquelas que tem apoio do governo federal para fortalecer a rede pública de saúde na luta contra o coronavírus. No total, o MCTIC vai aplicar R$ 352,8 milhões no apoio a projetos científicos que possam ajudar a combater a pandemia. Desse valor, R$ 20 milhões são destinados para Rede Viroses Emergentes (RedeVírus MCTIC).

“A RedeVirus do MCTIC foi criada em fevereiro com pessoas da área de ciência e tecnologia para que ajudasse o ministério a pensar as estratégias para o enfrentamento à covid, utilizando a ciência. As estratégias traçadas foram o desenvolvimento de vacinas, o desenvolvimento diagnóstico e o tratamento e medicamentos”, explica o secretário de Políticas para Formação e Ações Estratégicas (Sefae), Marcelo Morales.

Na área de testagem, por exemplo, o Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas) da UFMG atua no desenvolvimento de um novo método para aumentar a oferta de testes rápidos. Ele é baseado no chamado “método Elisa”, que detecta a presença de anticorpos contra o novo coronavírus.

 

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Auxílio emergencial será prorrogado por mais dois meses

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Segundo Paulo Guedes, ministro da Economia, o auxílio emergencial do Governo Federal será prorrogado por mais dois meses. A informação foi dada na reunião do Conselho de Governo, que ocorreu nesta terça-feira (9). 

O ministro não disse qual será o valor das duas parcelas adicionais. Em vigor,  o benefício paga três parcelas de R$ 600 aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados. O objetivo do programa é minimizar o impacto econômico durante a pandemia da Covid-19. 

Durante a reunião de ministros com o presidente Jair Bolsonaro, Paulo Guedes afirmou que o governo vai lançar o Renda Brasil, uma iniciativa que vai unificar os programas sociais. O ministro disse, também, que após a pandemia, o projeto Carteira Verde e Amarela vai ser retomado. 

brasil61

Forças Armadas não são risco para a democracia, diz Ayres Britto

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A democracia brasileira não corre risco de ser varrida do mapa. A afirmação foi feita pelo ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto nesta terça-feira (9/6) em entrevista ao CB.Poder — uma parceria do Correio Braziliense e da TV Brasília, cuja íntegra pode ser conferida no fim desta reportagem. Segundo ele, atualmente, quando se fala em ataques à democracia, é comum que muitos pensem nessa possibilidade concretizada pelas Forças Armadas. Isso, no entanto, seria um equívoco, uma vez que elas têm demonstrado que são democráticas.

"Chega a ser uma ofensa supor um ataque à democracia pelas Forças Armadas. Fazemos delas, as instituições que compõem as Forças Armadas, ferramentas à serviço da democracia. Venho insistindo nessa resposta porque as próprias Forças Armadas sabem, corretamente, que não são constitutivas de um Poder moderador nem instância estatal extrema, no plano decisório. Numa República Presidencial como a nossa, não há Poder Moderador. E instância estatal extrema nesse plano decisório é unicamente o STF", pontuou.
Britto, que em abril afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) poderia sofrer impeachment, também comentou sobre a polêmica mudança na divulgação de dados do Ministério da Saúde sobre mortos e infectados por covid-19. Os boletins têm sido divulgados mais tarde e informações sobre o número acumulado de mortes foram ocultadas. "Se de fato está ocorrendo subnotificação, sobretudo intencional, pode estar ocorrendo fuga do princípio da publicidade, que é prevista pela Constituição. Além de tal comportamento ofender a publicidade, pode comprometer a eficiência da gestão administrativa e a moralidade. A observância das normas éticas que passam pelo decoro, boa fé, fidedignidade aos fatos. O presidente, pelo cargo que ocupa, se expõe a esse tipo de controle do seu comportamento", disse o ex-ministro.
Ayres Britto, comentou também sobre a necessidade de uma legislação específica para criminalizar as fake news. No fim de abril, Britto foi vítima de notícias falsas. Na ocasião, uma carta com acusações sérias ao ex-ministro Sergio Moro foi atribuída a ele e circulou pelas redes sociais. "Estou acompanhando a distância, mais à luz do que a imprensa divulga. O que espero é uma conclusão que todos esperam: uma criminalização das fake news. Acho que uma lei monotemática, exclusiva sobre fake news, se faz necessária. É preciso debater mesmo. É preciso discutir e ter um pouco de tempo para entender as coisas. A passagem do tempo cumpre essa função de trazer clareza sobre o tema", avaliou.
 
Ele ainda afirmou que não considera as fake news um abuso da liberdade de expressão, pois o ato não se enquadra nem mesmo no uso deste direito. "Liberdade de expressão vem de exteriorizar, botar para fora. A expressão tem quatro conteúdos para esta atividade: intelectual, científica, artística e de comunicação genérica, no sentido de diálogo. Fake news não é debate, é monólogo. Seu uso não é válido, pois se trata de uma inverdade sabida e, mesmo assim, propagandeada", acrescentou.
 
 Estagiáriodo CB sob a supervisão de Fernando Jordão/(foto: Reprodução/TV Brasília)
 
 

Relator de projeto das fake news, Angelo Coronel quer aumentar penas e cassar CPFs ‘laranjas’

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Em mais uma tentativa para enquadrar o Palácio do Planalto e mirar no “gabinete do ódio”, o projeto de lei das fake news que tramita no Senado busca agora cassar o uso de CPFs “laranjas” e aumentar a pena de crimes contra a honra cometidos pela internet. O relator do projeto, senador Ângelo Coronel (PSD), que preside a CPMI das Fake News, prepara um parecer endurecendo a proposta.

De acordo com informações do Estadão, o projeto já teve a votação adiada duas vezes, nas últimas duas semanas, e enfrenta resistências não só pelo potencial de atingir publicações favoráveis ao governo do presidente Jair Bolsonaro, mas também as redes sociais ligadas à oposição.

Ainda segundo o impresso, o presidente da CPMI vê possibilidade de chegar à autoria dos crimes cibernéticos por meio da identificação dos usuários de celular, por onde as mensagens são transmitidas. Coronel antecipou que o seu parecer vai obrigar as companhias telefônicas no País a recadastrar todos os chips de celular pré-pago para identificar o dono de cada linha.

A intenção é evitar o uso de “CPFs laranjas”, ou seja, em nome de terceiros, para a produção e disseminação de notícias falsas pelas redes. Atualmente, o consumidor precisa fornecer um CPF para ativar uma linha de celular. O projeto pode obrigar empresas de telefonia móvel a validar a informação fornecida pelo usuário, confirmando que o comprador não está fornecendo dados de outra pessoa.

Se a proposta for aprovada, a mesma obrigação valerá para plataformas de redes sociais, que já pedem informações pessoais como número de celular e CPF aos usuários. O presidente da CPI das Fake News acredita que, com a autenticação pelas operadoras, é possível identificar o autor de ofensas, calúnias e difamações em eventual quebra de sigilo telefônico.

“Os portadores ou encomendadores de CPFs frios estarão com seus dias contados. A raiz das fake news é essa”, afirmou Coronel ao Estadão.

MP faz operação para prender bombeiro acusado de obstruir investigações do caso Marielle

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O Ministério Público do Rio de Janeiro realiza nesta quarta-feira (10) a operação “Submersus 2”, que tem o objetivo de prender um homem acusado de atrapalhar as investigações sobre as mortes da vereadora Mariele Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.

O acusado é o sargento Maxwell Simões Correa, 44, do Corpo de Bombeiros.

Além do Ministério Público, estão envolvidos na operação a Coordenadoria de Segurança e Inteligência; a Corregedoria do Corpo de Bombeiros e a Delegacia de Homicídios do Rio.

Segundo o Ministério Público, além de Maxwell outras quatro pessoas, já denunciadas à Justiça, estariam atrapalhando as investigações.

Além do mandado de prisão contra o bombeiro, a operação cumpre mandados de busca e apreensão em dez endereços ligados a Maxwell e aos outros quatro investigados. A decisão foi proferida pela 19ª Vara Criminal.

De acordo com as investigações, no dia 13 de março de 2019, um dia após as prisões dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, denunciados como autores dos crimes, Maxwell, junto com os já denunciados Elaine Pereira Figueiredo Lessa, mulher de Ronnie, Bruno Pereira Figueiredo, cunhado de Ronnie, José Marcio Mantovano e Josinaldo Lucas Freitas, presos durante a operação “Submersus”, ajudou a ocultar armas de fogo de uso restrito e acessórios pertencentes a Ronnie, que estavam armazenados em um apartamento no bairro do Pechincha e em outros lugares desconhecidos.

Maxwell teria cedido o veículo utilizado para guardar o arsenal de Ronnie, entre os dias 13 e 14 de março de 2019, para que o armamento fosse, posteriormente, descartado em alto mar.

O Ministério Público afirma que a obstrução prejudicou as investigações e a ação penal deflagrada na ocasião da operação “Submersus”, pois frustrou cumprimento de ordem judicial, impedindo a apreensão do arsenal bélico ocultado e inviabilizou o avanço das investigações.

“A arma de fogo utilizada nos crimes ainda não foi localizada em razão das condutas criminosas perpetradas pelos cinco denunciados, cabendo ressaltar que Maxwell ostentava vínculo de amizade com os acusados dos crimes e com os denunciados Josinaldo Lucas Freitas e José Márcio Mantovano”, dizem os investigadores do caso.

Folha de S.Paulo

Só discurso? Corte de salários nos Três Poderes é improvável

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O auxílio emergencial — destinado a desempregados e informais de baixa renda — voltou a ser motivo de debate entre o Legislativo e o Executivo. O presidente Jair Bolsonaro afirmou, ontem, que o governo deve pagar as duas novas parcelas da ajuda no valor de R$ 300 mensais. Ele ressaltou, no entanto, que pode aumentar o valor se deputados e senadores aceitarem reduzir os próprios salários, como compensação. Em resposta à declaração do chefe do Executivo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que está disposto a fazer um corte no contracheque — desde que o sacrifício também seja adotado pelos demais Poderes da República. 

É improvável que a redução salarial da elite do funcionalismo avance. Apenas no contexto da pandemia, o tema já foi abordado diversas vezes por autoridades em Brasília. No entanto, não há qualquer movimentação consistente nesse sentido na esfera federal. 
 
 
 
Ao sair do Palácio do Alvorada, após a reunião ministerial, Bolsonaro comentou a proposta de estender o auxílio emergencial. “A ideia da equipe econômica são mais duas parcelas, talvez de R$ 300. Sei que tem parlamentar que quer mais duas de R$ 600. Se tivermos um programa para diminuir salários de parlamentares, tudo bem, eu pago até R$ 1 mil por mês, não tem problema nenhum”, frisou.
 
O presidente lembrou que para assegurar valores mais altos do auxílio emergencial, será preciso dizer “de onde vem o recurso”. “Não podemos nos endividar. Se os governadores resolveram mudar os protocolos (de isolamento social), ajuda a recuperar a economia, e agora não podemos deixar esse pessoal sem emprego e sem auxílio emergencial. E auxílio emergencial tem limite”, declarou.
 
Na reunião ministerial, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também falou sobre a prorrogação do auxílio. Ele chamou a redução, de R$ 600 para R$ 300, de “aterrissagem”. 
 
Mas a proposta do governo tem dificuldades legais. A lei que garante a ajuda não autoriza o governo a diminuir o valor do benefício, alertou Rodrigo  Maia em entrevista coletiva.
 
“O governo tem autorização para renovar a renda emergencial pelo mesmo valor. A lei não permite outro valor. Se for reduzir o valor da renda emergencial, precisa encaminhar ao Congresso uma proposta a ser votada com urgência”, alertou. O parlamentar tinha dito que existe consenso entre deputados sobre a manutenção do auxílio em R$ 600.
 
Sobre a redução do salário de parlamentares para bancar o benefício no montante atual, ele sugeriu um corte linear nos rendimentos de membros dos três poderes. “Se todos os poderes topassem cortar um valor que seja por seis mese, 10%, ou um percentual maior por menos tempo, para garantir os R$ 600, eu tenho certeza de que o Parlamento vai participar e vai defender. Não tem nenhum problema”, afirmou.
 
Renda Brasil
Maia também comentou sobre o Renda Brasil, que o governo pretende lançar para unificar programas sociais. O assunto foi abordado novamente por Guedes na reunião de ontem. “Não foi apresentado nada concreto. Utilizar os atuais programas sociais e de emprego para construir um programa de renda mínima, isso não sai da noite para o dia”, criticou o parlamentar. “Precisa de legislação, pode precisar de emenda constitucional. O debate vai continuar depois da pandemia, vai ter um debate no Parlamento, que é onde se constrói a solução para esse tema. Um debate sobre a construção de uma renda permanente vai demorar muito.”
 
Correios recebem pedidos
Os brasileiros que precisam do auxílio emergencial, mas ainda não conseguiram pedir o benefício por falta de acesso à internet agora podem fazer essa solicitação por meio dos Correios. Esse atendimento nas agências é gratuito. Segundo a empresa, os cidadãos poderão fazer a solicitação no auxílio emergencial e também acompanhar a análise do pedido com a ajuda dos funcionários. Para isso, basta voltar depois de 10 dias do cadastramento, com o comprovante do atendimento e o CPF. Quem não tem conta bancária e tiver o cadastro aprovado pelo governo ainda vai poder abrir uma Conta Social Digital da Caixa para o recebimento do benefício nos Correios. Vale lembrar que os pedidos só podem ser feitos até 3 de julho. Para evitar aglomerações, o atendimento será escalonado. Nas segundas-feiras, podem procurar as agências apenas os nascidos em janeiro e fevereiro; nas terças, os de março e abril; nas quartas, os de maio e junho; nas quintas, os de julho, agosto e setembro; e nas sextas, os de outubro, novembro e dezembro.
 
(Com Agência Estado/(foto: Maryanna Oliveira/Camara dos Deputados)
 

Regina Duarte é exonerada da Cultura 20 dias após anunciar saída

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A atriz Regina Duarte foi exonerada, nesta quarta-feira (10/6), da Secretaria Especial de Cultura. O ato que oficializa o afastamento dela do cargo foi publicado no Diário Oficial da União

A saída dela do comando da secretaria havia sido anunciada em 20 de maio. A publicação no Diário Oficial é assinada pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e pelo persistente Jair Bolsonaro. Ao deixar o cargo, ela e o presidente gravaram um vídeo em frente o Palácio da Alvorada.

Na ocasião, Bolsonaro disse que Regina seria alocada no comando da Cinemateca de São Paulo, a pedido. "Regina Duarte relatou que sente falta de sua família, mas para que ela possa continuar contribuindo com o governo e a Cultura Brasileira assumirá, em alguns dias, a Cinemateca em SP. Nos próximos dias, durante a transição, será mostrado o trabalho já realizado nos últimos 60 dias", afirmou Bolsonaro à época.

Ele negou, na frente da atriz, que ela estaria sendo "fritada". Na ocasião, Regina disse estar ganhando "um presente" ao ser nomeada na Cinemateca. O Diário Oficial desta quarta-feira, no entanto, ainda não traz a nomeação da atriz no órgão. 

CB/foto: Gaabriela Biló/Estadão Conteúdo

Baiana faz vaquinha virtual para pagar custos, após ser aprovada em seis universidades estrangeiras

Ana Carla Carlos Aquivo Pessoal

A baiana Ana Carla Carlos está prestes a arrumar as malas e partir para mais um desafio da sua vida. Aos 30 anos, a soteropolitana foi aprovada em mestrados nas áreas de Estudos do Desenvolvimento e Políticas Públicas em seis universidades estrangeiras que estão entre as melhores do mundo, incluindo a Universidade de Chicago.

A primeira opção da especialista em gestão de projetos e internacionalista é cursar Estudos de Desenvolvimento no concorrido Instituto Universitário de Altos Estudos Internacionais e Desenvolvimento (IHEID), na Suíça. A instituição é renomada e de excelência na Europa.

"Escolhi como primeira opção o IHEID, pois possui um programa excelente e é o que está mais alinhado com os meus objetivos profissionais, oferecendo um ambiente multicultural de intenso compartilhamento de experiências, oportunidades de networking, linhas de pesquisa e muitas atividades realizadas em parceria com as Nações Unidas", ressalta Ana Carla, que morou toda sua infância em Cajazeiras, bairro mais populoso da capital baiana, e parte da adolescência em Mussurunga.

Para poder ir representar a Bahia e o Brasil em uma das melhores universidades do mundo, Ana lançou uma vaquinha virtual para receber ajuda e conseguir pagar os altos custos com moradia, alimentação, saúde e transporte durante todo o período que estiver estudando fora do país. A doação pode ser feita através do link www.catarse.me/ajude_ana_a_estudar_na_suica. Será aceito qualquer valor acima de R$ 20. Os doadores receberão recompensas, que depende da quantia doada.

Quem quiser doar valores abaixo de R$ 20 tem a opção de doar diretamente em conta bancária. Outras formas de ajudar a Ana é participando do bazar de livros e do brechó, com produtos custando entre R$ 5 e R$ 40 reais. Todos os valores recebidos serão atualizados manualmente no Catarse. Dados bancários e informações sobre as formas alternativas para doação podem ser conferidas também no perfil do Instagram @ajudeanaaestudar.

Ana Carla assumiu o compromisso de retribuir, após a conclusão do seu mestrado, todo o valor recebido em doações para outros estudantes com trajetória de excelência, para que tenham também a oportunidade de estudar em universidades de ponta. "Eu acredito muito no poder da corrente do bem e acredito que é minha responsabilidade retransmitir esse apoio a outras pessoas, multiplicando ações positivas na sociedade", destaca ela.

De Cajazeiras para o mundo

A trajetória de Ana Carla pode ser definida em vários adjetivos. Um deles é persistência. Mesmo tendo uma vida simples em Cajazeiras, ela conseguiu estudar em colégios tradicionais da capital baiana por muito esforço da mãe, que completou o ensino médio apenas aos 32 anos.

A grande diferença de realidade entre os colegas da escola e os seus vizinhos despertou o seu interesse por políticas públicas. Na faculdade, ela cursou Relações Internacionais e, com muito esforço e desafios, fez intercâmbios para Argentina e Canadá, trabalhou na Prefeitura Municipal de Salvador, em uma empresa privada, e de 2015 a 2019 foi consultora do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em Salvador. Se especializou em Gestão de Projetos na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e desenvolveu estratégias para aperfeiçoar políticas públicas para infância e adolescência em nível municipal.

Mesmo com toda estas experiências acumuladas, ela percebe que ainda falta conhecimento mais profundo sobre estudos de desenvolvimento e políticas públicas, para que ela possa multiplicar o seu impacto na sociedade. Por isso, estudar em uma das seis universidades estrangeiras que conseguiu vaga, após muito esforço e dedicação, é tão importante para confirmar sua trajetória concisa, de muita resiliência, propósitos claros e de quem faz acontecer.

Mas não para por aí. O objetivo da baiana é voltar para o Brasil e aplicar todo o seu conhecimento. "A partir do mestrado, eu quero desenvolver as minhas próprias reflexões e estratégias para gerar ainda mais impacto na minha comunidade. Desde nova, eu tenho a certeza de que o meu propósito é mudar a vida das pessoas, especialmente aquelas mais vulneráveis, e contribuir para reduzir desigualdades em todos os sentidos, garantindo que outras pessoas também tenham as oportunidades que eu tive", esclarece Ana Carla, que na época de faculdade estagiava e vendia pen drive e capas de celular para conseguir realizar o sonho de realizar um intercâmbio e aprender inglês.

Kirk Moreno Realce Comunicação

Agricultores familiares já podem participar da segunda etapa de propostas para o Programa de Aquisição de Alimentos

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Agricultores familiares municipais já podem apresentar informações para a segunda etapa de propostas do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Os dados devem ser apresentados até o dia 3 de julho. Para serem aceitas, as propostas precisam ser de até R$ 320 mil e podem ser enviadas por meio do Sistema de Gestão do Programa de Aquisição de Alimentos - Módulo PAANet - Proposta (SigPAA).

A contratação das propostas se dá por meio da Medida Provisória 957/2020. A MP estabelece que seja destinado R$ 500 milhões para o apoio da comercialização da produção da agricultura familiar por meio do Programa de Aquisição de Alimentos. O aporte é resultado de uma articulação entre os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Economia e da Cidadania.

Preocupada para que os agricultores familiares não percam o prazo, a área de Desenvolvimento Rural da Confederação Nacional de Municípios (CNM), destaca que os gestores municipais devem disseminar a informação e os critérios de pontuação. A CNM ressalta a obrigação das prefeituras em verificar as entidades sócio-assistenciais beneficiadas pelos alimentos adquiridos, por meio do formulário bipartite.

A área técnica da entidade também disponibilizou Nota Técnica a respeito do Programa de Aquisição de Alimentos e o formulário. Um dos pontos da nota trata da responsabilização dos agentes municipais, que procederam com a certificação, no procedimento de habilitação. A CNM também orienta que os gestores devem se preocupar em definir critérios que ajudem na prestação de contas e em possíveis fiscalizações junto aos órgãos competentes.

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Saneamento depende de “mais recursos federais” e “menos empréstimos”, defende CNM

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A gestão dos recursos hídricos e dos serviços de saneamento tem sido alvo de debates no Brasil, já que há possibilidade de o Senado aprovar o novo marco legal (PL 4.162/2019) ainda em junho. A tendência é que a legislação ajude o país a alcançar as metas do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), levando água potável e coleta e tratamento de esgoto a todos os brasileiros até 2033. Em um esforço nesse sentido, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) debateu a questão junto a outros especialistas na Rede Rare Brasil e, além de apontar os desafios, listou exemplos de boas práticas ao redor do país.

Representada pela supervisora do Núcleo de Desenvolvimento Territorial, Cláudia Lins, a CNM apresentou iniciativas consideradas positivas em cidades brasileiras no quesito sustentabilidade e lembrou sobre as dificuldades em ampliar investimentos.

Cláudia Lins aponta que é preciso entender melhor a competência para melhorias na área de saneamento. Para ela, a reponsabilidade deve ser comum, ou seja, não apenas dos municípios, que são titulares dos serviços. Em sua visão, estados e União também deveriam atuar para garantir a prestação dos serviços. “Se os municípios continuarem abandonados como estão, com os recursos federais caindo, a gente não vai conseguir cumprir a Agenda 2030 nem o Plansab”, alertou. 

Para Cláudia Lins, as prefeituras têm a menor fatia da arrecadação e não recebem o apoio técnico e financeiro necessário para os altos investimentos que o setor demanda. 

“As dificuldades encontradas pelos prefeitos e prefeitas na hora de investir em saneamento vão desde conseguir recursos para a elaboração de projetos até a contratação de projeto. Para um aterro sanitário ou para outra obra de engenharia relacionada a abastecimento de água potável e esgotamento sanitário, um projeto pode custar R$ 200 mil, sem a obra. Em segundo lugar é a disponibilidade de recursos a fundo perdido, que daria o real apoio que os municípios precisam – hoje os recursos disponíveis hoje são empréstimos. São recursos onerosos e a capacidade de endividamento dos gestores é muito baixa”, elenca a supervisora da CNM.

Os recursos de fundo perdido a que se refere Cláudia são verbas que não estão condicionadas à devolução, como um financiamento ou empréstimo. O mecanismo garante que o capital possa ser investido em projetos que trazem retornos para a sociedade, como no caso do saneamento.

A pouca capacidade de endividamento pode ser explicada pelo tamanho dos municípios, já que quase metade deles têm menos de 10 mil habitantes. Por conta disso, Cláudia Lins lembra que quando os municípios menores conseguem recursos por meio de editais de estados e União, ainda têm de pagar juros, o que compromete a contratação do serviço.

Planejamento

Segundo a supervisora do Núcleo de Desenvolvimento Territorial da CNM, o primeiro passo para a resolução dos problemas de saneamento básico nos municípios de pequeno porte é a organização.

“A primeira coisa é começar pelo planejamento. Ou seja, apoio técnico para que todos os municípios tenham seus planos municipais de saneamento básico. A partir do plano, é possível fazer um diagnóstico que permite entender se eles têm condições de prestar o serviço diretamente, se necessitam a privatização do serviço ou uma concessão com uma companhia estadual, enquanto isso for possível”, ressalta. 

“Depois desse planejamento, desse plano municipal de saneamento básico, a segunda fase é ter mais recursos a fundo perdido, recursos não onerosos, onde realmente os municípios consigam acessar e investir nessa área”, aponta Cláudia.

Diante da pouca capacidade de endividamento e a escassez de recursos, os municípios precisam ser criativos para conseguir resolver seus problemas. Para ajudar as prefeituras, o site da CNM traz publicações com guias, planos e cartilhas que abordam o tema, como os materiais “Saneamento básico – Avanços Necessários” e “Águas no Brasil – Perspectivas e Desafios Municipais”. Além disso, a entidade possui uma página destinada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), documentos que pretendem ajudar os gestores a identificar e medir os objetivos em suas regiões.

Entre as boas iniciativas pelo país, Cláudia Lins cita o projeto de Afogados de Ingazeira, em Pernambuco. O município gastou apenas R$ 30 mil para tratar o esgoto de 250 residências e reutilizar a água para a irrigação da grama do estádio da cidade.

O prefeito de Afogados, José Patriota, explica que a cidade havia construído um pequeno estádio, mas a irrigação do gramado saía muito cara. A solução não veio com mais recursos, mas sim como ‘engenhosidade’. Por meio de biofiltros, o esgoto é tratado e a água de reuso que sobra é direcionada ao estádio. 

“No início começamos a pagar água com a empresa estadual, mas a conta chegou a R$ 14 mil por mês. E usar água tratada para aguar grama é muito difícil. Foi então que estudamos alternativas e montamos um grupo de trabalho. Ele descobriu que a cerca de 200 metros de lá havia esgoto jogado a céu aberto, no bairro São Brás, e que poderia ser tratado com uma bactéria que já usávamos para transformar o sangue de um abatedouro em água de reuso”, detalha.

O esgoto próximo ao Estádio Vianão foi canalizado e em uma caixa misturadora recebe a adição de uma calda bacteriológica, enriquecida com rúmen bovino (compartimento do estômago) e cascas de laranja. Após esse tratamento, o esgoto, já descontaminado, segue para um filtro de areia e brita, de onde segue para o estádio. O processo, extremamente barato se comparado a uma estação de tratamento de esgoto convencional, rende 100 mil litros de água de reuso por dia.

“O nosso custo operacional é muito baixo. A matéria-prima sai de graça. O município tem buscado trabalhar a questão da gestão ambiental em vários níveis. O programa de reuso de água é um projeto que, inclusive, apresentamos no Fórum Mundial da Água e recebemos convite de vários países para falar do assunto, bem como de estudiosos e universidades”, conta orgulhoso o prefeito José Patriota.

Driblando a seca

Outro projeto salientado pela supervisora da Confederação Nacional de Municípios foi realizado em Santana do Seridó, município do Sertão do Rio Grande do Norte de pouco mais de 2.600 habitantes e localizado a 260km de Natal. Por conta da seca, a região sofre com o abastecimento de água e a solução para conseguir mais água veio de um projeto de baixo custo. De quebra, ainda ajudou a resolver outros dois problemas da região: a morte dos animais criados pelos pequenos pecuaristas e a poluição do rio.

Mais de 90% do esgoto gerado pelos moradores de Santana é coletado, mas a maioria ia direto para o rio. A ideia de tratar os dejetos para gerar água de reuso veio do zootecnista Ivan Junior, que apresentou o projeto e conseguiu desenvolvê-lo com apenas R$ 30 mil. 

Segundo o prefeito de Santana do Seridó, Hudson Pereira, o tratamento dos 253 mil litros de esgotos gerados por dia gera cerca de 30 mil litros de água por semana, o suficiente para manter a irrigação de mais de 20 mil pés de palma forrageira por hectare, uma planta rica em água e volume e que consegue sustentar os pequenos rebanhos bovinos e caprinos da região que antes morriam com a seca. Cada hectare do projeto gera cerca de 400 toneladas de palma por ano.

“Além de estar utilizando uma oferta diária de água que é escassa na região, você ainda ajuda na limpeza da cidade com o tratamento do esgoto e produz essa palma para os rebanhos, que agrega valor aos pequenos agropecuários do município”, ressalta.

Ao observar esses dois casos positivos, Cláudia Lins salienta que a melhor forma de avançar na área de saneamento é entender as características de cada região. Segundo ela, há uma região enorme de semiárido que tem uma demanda grande por água potável, já que há muita água salobra, que requer uma solução diferente do que, por exemplo, a Região Norte do país. 

“A gente precisa de programas federais que atendam as especificidades territoriais dos municípios. A gente precisa de um programa que tenha um olhar voltado para a realidade local e não apenas um grande programa de empréstimos sem levar em consideração as demandas de cada região”, acrescenta a supervisora da CNM.