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Brasil já aplicou R$ 113 bi no combate à crise do coronavírus. O maior gasto foi com o Auxílio Emergencial

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O governo federal já gastou R$ 113,80 bilhões no combate ao coronavírus, de um total de R$ 319,45 bilhões de gastos autorizados. A maior parte do que já foi pago foi destinado para o Auxílio Emergencial, programa voltado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados. O auxílio representou 76,54% dos gastos do governo relacionados à pandemia - R$ 76,86 bilhões já foram pagos. Em segundo lugar vem os programas de financiamento da folha de pagamentos, como é o caso do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. Essa categoria representa 14,94% dos gastos relacionados à pandemia - já foram 17 bilhões liberados. O enfrentamento da emergência na saúde pública aparece em terceiro lugar, com 8,99% dos gastos - cerca de 10,23 bilhões foram gastos na saúde por conta da pandemia.

Os dados constam em uma plataforma online de acompanhamento dos gastos federais no combate à pandemia. A ferramenta foi lançada pela Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado Federal. No site é possível consultar para onde está indo o dinheiro dividindo por política, por órgão e por estado.

Os gráficos mostram que a maior parte do dinheiro foi liberado com o uso de Medidas Provisórias. Apenas 0,01% dos gastos vieram do orçamento regular para o ano.

Também chama a atenção as categorias que receberam uma parcela pequena dos recursos. De acordo com a plataforma, somente R$ 61,88 mil foram gastos no “fomento às de pesquisa, extensão e inovação” - menos de 0,1% do que foi gasto para combater a pandemia.

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Agência do Rádio

Mari Antunes é convidada da Rede Alpha Fitness para Live desta segunda-feira

thumbnail Mari Antunes é convidada do Bate Papo Alpha de hoje

A cantora Mari Antunes, vocalista da banda Babado Novo, é a convidada desta segunda-feira (01), abrindo o mês de junho no projeto "Bate Papo Alpha". A transmissão ao vivo será às 21 horas, através dos canais da Rede Alpha Fitness no Instagram e no Facebook. O "Bate Papo Alpha" tem sido mais uma estratégia da maior rede de academias do Nordeste do país, para levar aos alunos e ao público em geral, conteúdos diferenciados! Já participaram nas últimas semanas, o cantor Tony Salles, a dançarina Scheilla Carvalho, o nutricionista Daniel Cady, a jornalista e apresentadora Lise Oliveira, o especialista em gestão fitness Fábio Saba e o empresário Joaquim Nery, da Central do Carnaval, entre outros. Outra novidade desta segunda é o início da campanha "construir sorrisos pelo olhar", em prol do Hospital Martagão Gesteira. Em todas as lives da Alpha Fitness a partir de agora, um QR Code direcionará doações de qualquer valor para o hospital.

 

 

Semana começa (1º) com queda no preço do café

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A saca de 60 quilos do café arábica começou a semana (1º) com queda de 4,19% no preço e é vendida a R$ 513,30 na cidade de São Paulo. O café robusta também teve queda de 0,29% no valor e a saca é comercializada a R$ 344,85 para retirada no Espírito Santo.

O açúcar cristal registrou alta de 0,96% e o produto é vendido a R$ 76,79 em São Paulo. Em Santos, no litoral paulista, o valor da saca de 50 quilos, sem impostos, subiu 0,35% e a mercadoria é comercializada a R$ 77,08.

No mercado financeiro, o preço da saca de 60 quilos do milho subiu 0,26% e é negociada a R$ 50,19. Em Cascavel, no Paraná, o preço é R$ 43. Em Rondonópolis, no Mato Grosso, o milho é vendido a R$ 35. Em Barreiras, na Bahia, o preço à vista é R$ 38. Os valores são do Canal Rural e Cepea. 

Agência do Rádio

Câmara Federal pode votar suspensão das dívidas de clubes de futebol durante pandemia

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O Plenário da Câmara dos Deputados pode votar na terça-feira (2) o projeto de lei que suspende os pagamentos de dívidas dos clubes de futebol durante o período de calamidade pública relacionada ao novo coronavírus. A informação é da Agência Câmara de Notícias.

Segundo o PL 1013/20, do deputado Hélio Leite (DEM-PA), ficam suspensos parcelamentos de débitos de clubes junto à Receita Federal, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e ao Banco Central, previstos no Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut).

Devido às medidas de isolamento social e restrições de aglomerações, os jogos dos campeonatos nacionais e estaduais foram suspensos ou ocorreram sem público, diminuindo uma das principais fontes de receita dos clubes.

(Fonte: Folha de Pernambuco)

Mega-Sena acumula e próximo sorteio deve pagar R$ 45 milhões

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Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2266 da Mega-Sena, realizado ontem (30), no Espaço Loterias Caixa, em São Paulo, situado no terminal rodoviário do Tietê. As dezenas sorteadas foram: 10 - 23 - 31 - 37 - 58 - 59. 

A quina teve 50 acertadores e cada um vai receber R$ 64.685,64. Os 4.167 ganhadores da quadra receberão o prêmio individual de R$ 1.108,8. O próximo concurso será quarta-feira (3) e deverá pagar o prêmio de R$ 45 milhões a quem acertar as seis dezenas.

As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em lotéricas ou pela internet. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$4,50.

Agência Brasil

Celso de Mello compara Brasil à Alemanha de Hitler e diz que bolsonaristas querem “abjeta ditadura”

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O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), enviou mensagem a ministros da corte alertando que a “intervenção militar, como pretendida por bolsonaristas e outras lideranças autocráticas que desprezam a liberdade e odeiam a democracia”, nada mais é “senão a instauração, no Brasil, de uma desprezível e abjeta ditadura militar!!!!”.

O magistrado, que é o decano da corte, compara o momento vivido pelo Brasil com o da Alemanha sob Adolf Hitler.

“Guardadas as devidas proporções, o ‘ovo da serpente’, à semelhança do que ocorreu na República de Weimar (1919-1933) parece estar prestes a eclodir no Brasil”, diz ele. “É preciso resistir à destruição da ordem democrática, para evitar o que ocorreu na República de Weimar quando Hitler, após eleito pelo voto popular e posteriormente nomeado pelo presidente Paul von Hindenburg como chanceler da Alemanha, não hesitou em romper e em nulificar a progressista, democrática e inovadora Constituição de Weimar, impondo ao país um sistema totalitário de Poder”, diz Celso de Mello.

O ministro relata o inquérito que investiga as acusações de Sergio Moro contra Bolsonaro sobre tentativas do presidente de interferir politicamente na Polícia Federal.

Leia, abaixo, a cópia da mensagem:

GUARDADAS as devidas proporções, O “OVO DA SERPENTE”, à semelhança do que ocorreu na República de Weimar (1919-1933) , PARECE estar prestes a eclodir NO BRASIL ! É PRECISO RESISTIR À DESTRUIÇÃO DA ORDEM DEMOCRÁTICA, PARA EVITAR O QUE OCORREU NA REPÚBLICA DE WEIMAR QUANDO HITLER, após eleito por voto popular e posteriormente nomeado pelo Presidente Paul von Hindenburg , em 30/01/1933 , COMO CHANCELER (Primeiro Ministro) DA ALEMANHA (“REICHSKANZLER”), NÃO HESITOU EM ROMPER E EM NULIFICAR A PROGRESSISTA , DEMOCRÁTICA E INOVADORA CONSTITUIÇÃO DE WEIMAR, de 11/08/1919 , impondo ao País um sistema totalitário de poder viabilizado pela edição , em março de 1933 , da LEI (nazista) DE CONCESSÃO DE PLENOS PODERES (ou LEI HABILITANTE) que lhe permitiu legislar SEM a intervenção do Parlamento germânico!!!! “INTERVENÇÃO MILITAR”, como pretendida por bolsonaristas e outras lideranças autocráticas que desprezam a liberdade e odeiam a democracia, NADA MAIS SIGNIFICA, na NOVILÍNGUA bolsonarista, SENÃO A INSTAURAÇÃO , no Brasil, DE UMA DESPREZÍVEL E ABJETA DITADURA MILITAR !!!!

Folha/Foto: Rosinei Coutinho/STF

Bolsonaro usa helicóptero para sobrevoar manifestação na Esplanada contra STF e Congresso

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O presidente Jair Bolsonaro requisitou um helicóptero oficial para sobrevoar a Esplanada dos Ministérios neste domingo (31) e prestigiar mais uma manifestação a favor de seu governo e contra o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Congresso.

Depois, desceu e caminhou para cumprimentar seus apoiadores que estavam em frente ao Planalto. Ele não utilizava máscara, obrigatória no Distrito Federal como medida de combate à Covid-19.

No domingo passado (24), o presidente também havia utilizado um helicóptero para sobrevoar a área.

Uma carreata e pessoas à pé se dirigiram à Praça dos Três Poderes, onde um grupo se aglomerou à espera do presidente da República.

O helicóptero deu pelo menos seis voltas na Esplanada e pousou por volta das 12h no Palácio do Planalto.

Como tem ocorrido constantemente, o STF foi o principal alvo das palavras de ordem e das placas carregadas por manifestantes.

​Placas afirmavam: “Supremo é o povo” e “Abaixo a ditadura do STF”. Faixas faziam ataques ao Supremo e pediam intervenção militar. Congressistas foram chamados de corruptos.

Manifestantes demonstraram ainda apoio aos ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Abraham Weintraub (Educação). “Fake news não é crime”, dizia uma faixa.

Neste sábado (30), sem compromissos oficiais previstos, Bolsonaro também usou um helicóptero, desta vez para visitar cidades de Goiás que ficam próximas a Brasília.

De acordo com imagens publicadas por apoiadores nas redes sociais, sem usar máscara, o presidente causou aglomeração em uma lanchonete no município de Abadiânia, contrariando orientações sanitárias e repetindo cenas provocadas por ele durante a pandemia do coronavírús.

No início da madrugada deste domingo, um grupo de pessoas mascaradas carregando tochas protestou em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Os manifestantes eram liderados por Sara Winter, investigada no inquérito contra fake news que tramita no STF.

Ela é um dos líderes do chamado movimento “Os 300 do Brasil”, grupo armado de extrema direita formado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que acampam em Brasília.

Com máscaras, roupas pretas e tochas, o grupo, formado por poucas dezenas de pessoas, desceu a Esplanada e, segundo imagens divulgadas por eles nas redes, se posicionou em frente ao Supremo.

Folha/Foto: Reprodução/Facebook

Brasil registra cerca de 500 mil casos de Covid-19; 200 mil pacientes já foram curados da doença

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O Ministério da Saúde atualizou os números da Covid-19 no Brasil. Neste sábado (30/05), 94 dias após o primeiro caso confirmado em território nacional, o país já registrou 28.834 mortes pela doença - crescimento de 956 novas mortes desde o relatório de sexta-feira (29/05). No total, são 498.440 casos confirmados, 33.274 novos casos em 24 horas. De acordo com o ministério, 5,8% dos casos confirmados acabam em óbito.

Neste sábado, o Brasil ultrapassou a marca de 200 mil pessoas curadas pela doença (200.892). Outros 268.714 casos seguem em acompanhamento. Em São Paulo, que é o estado com o maior número de casos, 101.556 pessoas já foram diagnosticadas com Covid-19. O estado já registrou 7.275 mortes. O segundo estado com mais casos é o Rio de Janeiro, com 47.953 casos e 5.079 mortes. Em seguida, em número de casos, vem os estados do Ceará e do Amazonas.

Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde são provenientes das secretarias de saúde das próprias Unidades da Federação.

Agência do Rádio

 

Presidentes dos 27 TJs manifestam apoio ao STF e afirmam que não há espaço para retrocessos

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O Colégio de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil manifestou “integral apoio” ao STF (Supremo Tribunal Federal), alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), parlamentares bolsonaristas e simpatizantes do chefe do Executivo.

Em ofício enviado nesta sexta-feira (29) ao presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, o colegiado ressalta que “não há espaço para retrocessos, ainda que ataques pontuais neste momento delicado para as instituições brasileiras tentem desestabilizar a tão sonhada consolidação da nossa democracia”.

A nota é assinada pelos 27 presidentes dos Tribunais de Justiça do país. “Não há outra palavra para definir o Poder Judiciário brasileiro neste momento, que não a união”, afirma o documento.

“União entre todos os tribunais, que respeitam a harmonia e independência entre os Poderes –sistema de freios e contrapesos previstos em nossa Carta Magna– mas que também ressalta a necessidade de respeito à autonomia da magistratura, no desempenho de suas funções constitucionais.”

Alvo de um inquérito conduzido pelo STF que apura se o presidente tentou interferir politicamente na Polícia Federal, Bolsonaro vem subindo o tom contra a corte nesta semana após uma operação autorizada pelo Supremo que cumpriu 29 mandados de busca e apreensão no chamado inquérito das fake news, que apura ofensas, ataques e ameaças contra ministros da corte.

Políticos, empresários e ativistas bolsonaristas estão entre os alvos da investigação. Bolsonaro já vinha irritado com o STF por causa da decisão do decano Celso de Mello de tornar público o vídeo da reunião ministerial realizada em abril e com o fato de o ministro ter, como medida de praxe, encaminhado à PGR (Procuradoria-Geral da República), pedidos de partidos e parlamentares de oposição para que o celular de Bolsonaro fosse apreendido.

Nesta quinta-feira (28), um dia após a operação policial, o presidente criticou a investigação e disparou novas queixas contra o STF.

“Não teremos outro dia como ontem [quarta-feira], chega”, disse, na saída do Palácio da Alvorada. Bolsonaro afirmou ter em mãos as “armas da democracia”, e disse que “ordens absurdas não se cumprem” e que “temos que botar limites”.
Temendo uma “crise sem precedentes”, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi ao Palácio do Planalto nesta quinta-feira tentar pacificar a relação do chefe do Executivo com o STF.

Diante da crescente apreensão, Alcolumbre conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com ministros do STF e parlamentares e se colocou como bombeiro para tentar conter um estrago maior.

Segundo relatos feitos à Folha, o senador disse que era preciso calma e responsabilidade. Alegou que o Congresso estava sendo responsável, mas que era preciso o mesmo do Executivo e do Judiciário. Bolsonaro reclamou, então, do que considera excessos do Supremo.

Alcolumbre insistiu na necessidade de pacificação para evitar uma crise sem precedentes, observação à qual, de acordo com presentes, Bolsonaro reagiu em silêncio.

A declaração de Bolsonaro sobre as “ordens absurdas” ocorreu também em meio à crise envolvendo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, que prestou depoimento nesta sexta-feira (29) à PF sobre a fala de que, por ele, botaria “esses vagabundos todos na cadeia, começando pelo STF”.

O governo chegou a apresentar um habeas corpus ao Supremo para evitar o interrogatório, mas, diante da falta de resposta ao recurso, Weintraub atendeu à determinação do ministro Alexandre de Moraes e recebeu integrantes da PF no Ministério da Educação.

Weintraub, porém, citou o direito constitucional de não autoincriminação e se manteve calado durante a oitiva.
Ao determinar a oitiva de Weintraub, Moraes afirmou que há indícios de que o responsável pelas políticas educacionais do governo federal cometeu seis crimes que preveem até 20 anos e 4 meses de prisão.

Segundo Moraes, o titular da Educação pode ser enquadrado por difamação e injúria, previstos no Código Penal, e por outros quatro crimes tipificados na lei que define os crimes contra a segurança nacional e a ordem política e social.

Um deles prevê pena de um a quatro anos a quem caluniar ou difamar os presidentes dos Três Poderes e o da Câmara dos Deputados.

Outro pode dar de dois a seis anos de reclusão a quem tentar impedir o livre exercício dos Poderes da União e dos estados.

O terceiro estabelece uma pena de um a quatro anos de prisão para quem fizer propaganda que leve à discriminação racial ou perseguição religiosa. Nesses casos, a pena é aumentada em um ano quando a propaganda for feita em local de trabalho. O último é o que se refere a quem incitar a subversão da ordem política e prevê reclusão de um a quatro anos.

Folha/Foto: Wilson Pedrosa/STF

País continua dividido sobre renúncia e impeachment de Bolsonaro, indica Datafolha

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As possibilidades de impeachment e de renúncia do presidente Jair Bolsonaro continuam dividindo a população praticamente ao meio, de acordo com a mais recente pesquisa Datafolha.

Opiniões favoráveis ao presidente, porém, estão numericamente um pouco à frente em relação a essas duas hipóteses.

Quanto ao afastamento via Congresso, os números tiveram pequena oscilação em relação aos levantados em pesquisa anterior do instituto, no fim de abril.

Disseram que o Congresso não deve abrir processo para afastar o presidente 50% dos entrevistados, dois pontos percentuais acima da taxa obtida na pesquisa de abril. Para 46%, o Legislativo deveria dar início ao processo —eram 45% há um mês.

Essas variações estão dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O Datafolha ouviu 2.069 pessoas em todos os estados do país na segunda (25) e terça-feira (26).

Em relação à renúncia, 50% acreditam que o presidente não deve renunciar, mesmo índice da pesquisa anterior.

A taxa de quem defende a renúncia de Bolsonaro atingiu agora seu índice mais alto na sequência de pesquisas —48%—, mas variou dentro da margem de erro. No fim de abril, eram 46%, e há dois meses, 37%.

As discussões sobre o afastamento do presidente via processo no Congresso ou renúncia cresceram nos últimos meses com a crise política impulsionada pelo novo coronavírus.

Grupos políticos que até então hesitavam em pedir a saída de Bolsonaro, como o PT, passaram a aderir a esses pedidos.

Estimularam esse debate fatores como as declarações do presidente minimizando a pandemia e sua presença em manifestações pedindo golpe militar.

O presidente se tornou também alvo de panelaços pelo país em edifícios de bairros de classe média e média alta, onde até então costuma ser bem avaliado.

Segundo o Datafolha, tanto no questionamento sobre impeachment quanto no relacionado à renúncia, recortes mostram que a rejeição a Bolsonaro cresce entre mulheres, entrevistados com ensino superior e jovens de 16 a 24 anos.

Esses segmentos da população também tendem a desaprovar mais a gestão de Bolsonaro na Presidência. Entre a população em geral, 43% consideram seu governo ruim ou péssimo, 33% acham ótimo ou bom e outros 22% o classificam como regular.

Entre entrevistados que defendem o “lockdown” (fechamento total das cidades para evitar a propagação do novo coronavírus), o apoio à renúncia vai a 61%.

No recorte regional, a taxa favorável à abertura do impeachment sobe para 54% no Nordeste e cai para 38% no Sul.

Entre os grupos que mais se opõem à saída de Bolsonaro do cargo estão entrevistados do sexo masculino e aposentados, no qual o apoio ao processo de impeachment é de 36%.

Os contrários ao “lockdown” somam rejeição de 75% à abertura do processo no Congresso. Entre eleitores que declaram ter votado em Bolsonaro no 2º turno em 2018, só 21% apoiam o processo de afastamento e 22% a renúncia.

Folha/Foto: Carolina Antunes/PR

Sede da PGR em Brasília é pichada como ‘Procuradoria-Geral do Bolsonaro’

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Em protesto contra o chefe da PGR (Procuradoria-Geral da República), Augusto Aras, a sede do órgão foi alvo de pichação na madrugada deste sábado (30).

Na placa de identificação do edifício, era possível ler “Procuradoria-Geral do Bolsonaro”. O sobrenome do presidente Jair Bolsonaro foi escrito acima da palavra “República” no letreiro. A pichação foi apagada pela manhã.

“A Procuradoria-Geral da República repudia o ato de vandalismo contra sua sede, que já se encontra em investigação para responsabilização civil e criminal quanto ao ato que danificou patrimônio público”, afirmou a PGR em nota.

“As medidas de reforço na segurança das unidades de todo o país serão tomadas com a maior rapidez possível; bem como as demais medidas administrativas que se fizerem necessárias”, completou.

Na quinta-feira (28), Bolsonaro afirmou que Aras, hoje responsável por investigações com potencial de atingir o presidente, é um nome forte a ser indicado por ele para uma possível terceira vaga ao STF (Supremo Tribunal Federal).

O chefe da PGR tem recebido críticas por uma atuação alinhada ao governo Bolsonaro.

Os ministros Celso de Mello e Marco Aurélio terão aposentadoria compulsória na corte no atual mandato de Bolsonaro (2019-2022) e devem ser substituídos por nomes indicados pelo atual presidente —em novembro deste ano e em 2021, respectivamente.

Uma terceira vaga para indicação de Bolsonaro surgiria no caso de reeleição dele, de saída não programada de algum integrante da corte ou de morte, por exemplo. Bolsonaro descartou a indicação de Aras para uma das duas primeiras vagas, mas acenou para ele como uma possibilidade futura.

Ainda na quinta, cerca de 600 integrantes do Ministério Público Federal pediram que o Congresso encaminhe uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que obrigue o presidente da República a escolher para a chefia da Procuradoria um nome a partir de uma lista tríplice escolhida em votação pela categoria.

No ano passado, Bolsonaro escolheu Aras para o cargo de procurador-geral. O nome dele não estava na lista tríplice enviada pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República).​

Nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), a lista enviada pela ANPR foi respeitada.

O ato contra a PGR ocorre em um momento em que a relação de Aras e Bolsonaro é contestada.

O presidente é investigado por suspeita de ter tentado interferir indevidamente na Polícia Federal, acusação feita pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro.

Em meio ao avanço das investigações, o presidente fez uma visita surpresa ao chefe da Procuradoria, o que foi visto como um ato de pressão sobre Aras.

Aras se manifestou na quinta-feira contra a apreensão do celular do presidente solicitada por partidos de oposição neste inquérito.

Folha/Foto: Dida Sampaio/Estadão