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Financiamento contra efeitos da crise já está disponível para empresários de três regiões do Brasil

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Os pequenos empreendedores, cooperativas e informais dos estados das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste já podem contratar uma linha de crédito especial do governo federal para enfrentar os impactos econômicos da covid-19. As operações começaram na última semana nas unidades da federação que estão em estado de emergência ou calamidade pública em decorrência da pandemia.

Ao todo, são R$ 6 bilhões em recursos, que têm origem nos Fundos Constitucionais. Os setores de comércio e de serviços têm prioridade para conseguir o financiamento, que pode chegar a R$ 100 mil para capital de giro ou R$ 200 mil para investimentos. A taxa de juros é de até 2,5% ao ano.

Por se tratar de uma linha de crédito especial, com condições mais vantajosas, como juros menores e prazos de vencimento e carência maiores, o reconhecimento federal dos estados é pré-requisito previsto em lei. A informação é do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), administrador dos fundos constitucionais.

Empresários, cooperativas e demais interessados no financiamento devem contratá-lo junto a um banco específico em cada região. São eles: Banco do Brasil (Centro-Oeste), Banco da Amazônia (Norte) e Banco do Nordeste (Nordeste).

 

 

 

Ministério da Agricultura disponibiliza laboratórios para analisar testes da Covid-19

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai ajudar a analisar os testes de diagnóstico da covid-19. Para isso, a pasta da ministra Tereza Cristina vai disponibilizar infraestrutura e equipes técnicas da rede de laboratórios vinculada ao órgão.

De acordo com o governo federal, serão 84 laboratórios das redes da Embrapa, dos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDAs) e da Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira (Ceplac). Esses locais contam com 89 equipamentos do tipo RT-PCR e são capazes de analisar mais de 76 mil amostras por dia.

Os laboratórios estão instalados em 42 locais de 19 estados e 27 cidades brasileiras. A parceria com o Ministério da Saúde prevê realocação dos equipamentos com base na demanda pelos testes. Há 108 profissionais habilitados para operar equipamentos.

O governo afirma que há laboratórios com nível máximo de biossegurança, o que dá mais possibilidades a essas estruturas. Eles podem, por exemplo, apoiar a rede de saúde a manusear o vírus ou para atividades que exigem máxima proteção dos operadores.

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Bandeira tarifária da energia continua verde em maio

Em abril, pelo quarto mês consecutivo, a bandeira tarifária de energia permanece verde. Isso significa que as contas não devem ficar mais caras no mês que vem. Normalmente, as bandeiras amarela e vermelha são acionadas quando há poucas chuvas, as hidrelétricas produzem menos energia e as companhias são obrigadas a usar as termelétricas, que custam mais. Mas, como tem chovido bastante e o isolamento social por conta do coronavírus diminuiu o consumo de energia no país, não foi necessário recorrer às termelétricas.
 

Imagem: Aneel

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Automedicação para prevenção e tratamento da Covid-19 ou de outras doenças traz riscos à saúde

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Difícil encontrar quem nunca tenha tomado um remédio sem prescrição ou pedido a opinião de um amigo sobre qual medicamento usar para controlar determinados sinais e sintomas. O problema é que a automedicação, vista como uma solução para o alívio imediato, pode trazer consequências mais graves do que se imagina. Apesar disso, desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o consumo de remédios por conta própria tem sido a alternativa encontrada por muitas pessoas. Os riscos, quase sempre, não são calculados ou conhecidos.

O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, pois a ação terapêutica pode mascarar determinados sintomas dificultando assim a descoberta de outros problemas. Além disso, o uso abusivo de antibióticos pode facilitar o aumento da resistência de microorganismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos. Outra preocupação em relação à automedicação refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro. O uso de medicamentos de maneira incorreta ou irracional pode trazer, ainda, consequências como reações alérgicas, dependência e até a morte.

“Tem muita gente tomando medicamento inadequadamente sem receita com o intuito de prevenir e até tratar a Covid-19. Não foram poucas as pessoas que correram para as farmácias quando surgiram os primeiros rumores de que a hidroxicloroquina poderia ter algum efeito positivo no tratamento da doença. Além de prejudicar quem realmente precisa deste medicamento, indicado para o tratamento de artrite, lúpus, doenças fotossensíveis e malária, seus possíveis efeitos colaterais, como arritmia e convulsões, podem surpreender negativamente quem o utilizar sem prescrição médica”, alertou a farmacêutica da Farmafórmula, Cristiane Almeida.

A especialista afirma, ainda, que muitos pacientes, com sintomas de outras patologias, estão evitando dirigir-se a unidades de saúde com medo de uma possível infecção pelo coronavírus. “Ao invés disso, eles  estão se automedicando, o que pode ser muito perigoso”, frisou. Uma alternativa cada vez mais buscada pela população é a telemedicina. “Muitos médicos estão oferecendo teleconsultas com prescrições digitais para evitar que o paciente precise se deslocar desnecessariamente até a clínica ou hospital”, completou.

Prevenção - As melhores medidas preventivas para a Covid-19, higienização frequente das mãos, isolamento social e uso de máscaras, já são conhecidas pela maioria da população. Além delas, fortalecer a imunidade (defesa natural do organismo) através de uma alimentação saudável e, em certos casos, por meio de suplementação (conforme orientação de médico ou nutricionista), é importante. “Se a pessoa testou positivo para a Covid-19, para a qual ainda não temos uma vacina, ela deve seguir as orientações do seu médico e não tomar nenhum medicamento sem prescrição”, frisou Cristiane Almeida.

A regra geral, conforme o Ministério da Saúde, é que os pacientes contaminados pela Covid-19 que apresentem sintomas leves sejam tratados em casa, isolados dos demais moradores por 14 dias. Neste período, eles não devem ingerir substâncias medicamentosas sem orientação médica de forma alguma. “Os estudos sobre os diversos medicamentos que estão sendo testados no mundo inteiro para tratar a doença ainda são incipientes e os resultados, inconclusivos. Os efeitos adversos da automedicação, por outro lado, são bem conhecidos e podem ser fatais. Por isso, é melhor não se arriscar. O uso de medicamentos precisa ser racional e seguro. A prescrição é essencial”, afirmou a farmacêutica da Farmafórmula.

Além de medicamentos manipulados e bases farmacêuticas produzidas a partir da prescrição de médicos e nutricionistas, a Farmafórmula oferece suplementos alimentares e esportivos; essências personalizadas, inclusive hipoalergênicas; cosmiatria gourmet; produtos veganos, linhas estéticas de cuidado com o corpo, rosto e cabelos; produtos exclusivos para gestantes, deo-colônias e em breve, oferecerá produtos para pets (cães, gatos e outros animais de estimação). A unidade localizada no Itaigara, fruto de um investimento de mais de R$ 1 milhão, foi inaugurada um pouco antes do início da pandemia de Covid-19.

 

Assessoria de Imprensa/Cinthya Brandão

Ceva Saúde Animal realiza webinar sobre tripanosomose bovina com especialistas

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A Ceva Saúde Animal realiza no dia 29 de abril, às 17 horas, webinar – debate online ao vivo – sobre a tripanosomose bovina, doença pouco conhecida e de difícil diagnóstico, que atinge 7 em cada 10 animais em algumas regiões brasileiras, de acordo com estudos. A enfermidade pode reduzir de 10% a 50% o potencial de produção de leite e ganho de peso.

Entre os convidados, estão os professores doutores Fabiano Cadioli (Universidade Estadual Paulista) e Welber Daniel Zanetti Lopes (Universidade Federal de Goiás), além dos veterinários Marco Antonio Ruiz Lopes e Jener Pessoa Cançado. O gerente técnico de pecuária de corte da Ceva, Marcos Malacco, também participará da conversa.

Beatriz Ortolani, gerente da linha de produtos para pecuária leiteira da Ceva e mestre em medicina veterinária pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), será a mediadora do webinar. "A tripanosomose não é uma doença recente. Alguns estudiosos apontam indícios de que o problema tenha chegado à América do Sul em 1830, sendo registrado no Brasil a partir da década de 1940", explica.

Os especialistas convidados pela Ceva explicarão as características da doença, como reconhecê-la e o que é preciso fazer para preveni-la ou, quando for o caso, tratá-la com eficácia. O evento será totalmente online e gratuito. "Esse webinar proporcionará a todos os públicos a união da melhor informação acadêmica com a realidade do dia a dia no campo", destaca a gerente da linha de produtos para pecuária leiteira da Ceva.

As inscrições podem ser feitas gratuitamente pelo site https://bit.ly/2VwEmra.

Sobre a Ceva

Com faturamento global de € 1,2 bilhão, a Ceva Saúde Animal é a quinta maior empresa do mundo no setor e está presente em mais de 110 países, com atuação focada em pesquisa, desenvolvimento, produção e comercialização de produtos farmacêuticos e biológicos para animais de companhia (pets) e de produção (bovinos, suínos, equinos e aves).

Por Irvin Dias/textorural

 

Anticoagulante pode reverter casos de pacientes em estado grave

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Um medicamento anticoagulante poderá salvar a vida de pacientes com a síndrome de dificuldade respiratória aguda, principal complicação da Covid-19, associada aos óbitos pela doença. Uma pesquisa conduzida no Hospital Sírio-Libanês de São Paulo com 27 pessoas constatou que o uso da heparina, remédio indicado para prevenir trombose, reduziu o tempo de internação e de intubação, mostrando-se uma estratégia promissora para os casos graves da enfermidade.

O estudo, publicado on-line pela revista British Medical Journal (BMJ), soma-se a pesquisas anteriores realizadas em outras partes do mundo que também apontaram os anticoagulantes como um tratamento eficaz para evitar a falência dos pulmões. Todas as pesquisas com a substância, porém, são experimentais, e os cientistas alertam que é necessário realizar mais testes com numerosos pacientes, incluindo grupos de controle, para validar a descoberta.

A pesquisa de São Paulo foi idealizada pela pneumologista Elnara Marcia Negri, do Sírio-Libanês e da Universidade de São Paulo (USP). Ela conta que a inspiração veio da primeira paciente com Covid-19 que atendeu. Era uma idosa que apresentava dificuldade para respirar, além de começar a apresentar cianose nas extremidades. “Era um dedinho roxo, concomitante a um quadro de queda abrupta na oxigenação.” O pulmão insuflava facilmente, mas parecia não estar recebendo oxigênio suficiente. Como ela já estava com trombose no dedo, os médicos decidiram pela medicação anticoagulante.

Cerca de seis horas depois, a paciente já respirava bem, a oxigenação havia voltado ao normal e a pele estava rosa. A partir dessa experiência, Negri conversou com patologistas do Hospital das Clínicas da USP que vinham realizando necrópsias em vítimas da Covid-19. Os médicos relataram que observaram microcoágulos nos vasos sanguíneo em várias partes do corpo dos cadáveres.

Todos os pacientes que entraram no estudo tinham algum grau de comprometimento pulmonar quando foram internados. Entre três e quatro dias do início da internação, começaram a receber a heparina, além do tratamento indicado para cada um deles. Quinze dos 27, ou 56%, receberam alta quatro dias depois do início do tratamento. Dos que estavam intubados, metade deixou de usar o ventilador um dia e meio após o uso da heparina.

Segundo a pneumologista, até ontem, apenas dois pacientes ainda estavam graves. “Isso nos animou muito. Sabemos que não é um trabalho randomizado (dividido em grupos, com dosagens diversas da substância, para comparação), controlado, mas foi um trabalho no desespero, no meio de pessoas que estavam morrendo. Então, começamos a fazer uma intervenção clínica que já é feita na UTI, que é a anticoagulação quando há suspeita de trombose, e essa intervenção clínica deu resultados”, comemora Negri.

Excesso de citocinas
As lesões verificadas nos vasos sanguíneos dos pacientes são, de acordo com o estudo de São Paulo, condizentes com a hipótese da tempestade de citocinas, que vem sendo associada à falência de órgãos dos pacientes com a forma grave da doença. Citocinas são importantes substâncias produzidas naturalmente pelo corpo, como forma de combate a agentes externos perigosos, como vírus. Porém, por motivos ainda desconhecidos, em algumas pessoas, o Sars-Cov-2 desencadeia uma resposta extremamente agressiva, com superprodução dessas proteínas.

As tempestades também foram observadas em pacientes que morreram de Sars e Mers, doenças causadas por coronavírus semelhantes ao causador da Covid-19. O excesso de citocinas provoca inflamações que produzem microcoágulos nos vasos sanguíneos. Com isso, órgãos vitais, como pulmões, deixam de receber sangue e oxigênio, o que provocaria a falta de ar característica da forma grave da doença.

A médica esclarece que o tratamento com heparina não é usado indiscriminadamente. “A gente está usando em todos os pacientes que, pelo sexto ou sétimo dia de internação, apresentam essa hipercoagulação que temos observado, e quando começam a baixar a oxigenação sanguínea. Nesse momento, entramos com o anticoagulante.” Ela, porém, ressalta: “Isso não é a cura da Covid-19. É um tratamento das complicações que o vírus traz quando invade o organismo.”

Uso monitorado
Para quem pensa em usar o remédio para prevenir ou se automedicar, a pneumologista é clara: isso pode matar. Primeiramente, o anticoagulante que se vende em farmácias não tem dosagem suficiente para combater a Covid-19. Em segundo lugar, o uso dessa classe de medicamentos por quem não tem indicação tem efeitos gravíssimos. “Se você está com uma coagulação normal e toma o anticoagulante, pode morrer sangrando. De jeito nenhum é um remédio para automedicação nem para prevenção.”


No informe diário que o Ministério da Saúde divulga, avaliando a qualidade dos estudos publicados sobre Covid-19, o órgão destacou que o estudo com os 27 pacientes tem qualidade metodológica. Também observa que, como os próprios autores observaram no artigo, ainda é preciso estudar mais a abordagem, até que possa ser validada.

CB/(foto: AFP / Yuri CORTEZ)

Ação pede que Justiça anule demissão de Valeixo por Bolsonaro

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Os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Fabiano Contarato (Rede-ES) entraram na Justiça com uma ação popular que pede a anulação da exoneração de Maurício Valeixo do comando da Polícia Federal e a revogação da nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo.

O documento, protocolado na 22ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal, se baseia nas alegações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Segundo o ex-juiz, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) o pressionava para uma troca no órgão porque queria ter acesso a informações e relatórios confidenciais de inteligência.

“A interferência serviria justamente para tentar garantir verdadeira blindagem a priori a investigados do círculo do presidente, ou seja, teriam verdadeiros ‘superpoderes’ de cometerem eventuais crimes, mas nunca serem por eles responsabilizados”, afirma o texto da ação popular.

Os senadores destacam que estão em andamento investigações relacionadas ao presidente da República e a seus filhos, como a que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) para apurar atos antidemocráticos que pedem intervenção militar.

“Apesar de ser atribuição privativa do presidente da República a nomeação dos cargos da Polícia Federal, o ato que visa o preenchimento de tal cargo deve passar pelo crivo dos princípios constitucionais, mais notadamente os da moralidade e da impessoalidade”, diz a ação.

Na sexta (24), Moro disse ter buscado, sem sucesso, uma solução alternativa para o comando da PF. Ele enalteceu seu papel na busca pela autonomia da Polícia Federal e destacou essa característica da corporação nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT.

Folha de S.Paulo/Foto: Dênis Ferreira Netto/Estadão

Lula ataca Moro, diz que Bolsonaro é ‘cria’ do ministro e pede cautela sobre impeachment

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elegeu o ex-ministro Sérgio Moro, seu algoz, e não o presidente Jair Bolsonaro como alvo principal na crise causada pela demissão do titular da Justiça.

Em reunião com a executiva nacional e representantes das bancadas do PT na Câmara e no Senado, sexta-feira à noite, Lula usou a maior parte de sua fala para atacar Moro. Segundo participantes da reunião, o ex-presidente decidiu falar no começo da conversa e não no final, como é de costume. Lula fez um aparte durante a manifestação da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, primeira a falar e imediatamente partiu para o ataque contra Moro.

De acordo com relatos, aos palavrões, Lula passou a enumerar atos de Moro contra ele próprio e o PT desde o início da Lava Jato. Em certo momento, o ex-presidente disse que Moro tinha ligações com o governo dos EUA quando era juiz mas não chegou a vincular essas ligações com a forma belicosa como o ex-juiz deixou o governo.

Em sua conta no Twitter, na manhã deste sábado, 25, Lula disse que Bolsonaro é “cria” de Moro e não o contrário.

“Não pode haver inversão da história. O Bolsonaro é filho do Moro, e não o Moro cria do Bolsonaro. Nessa disputa toda, os dois são bandidos, mas é o Bolsonaro que é a cria e não o contrário. E os dois são filhos das mentiras inventadas pela Globo”, postou o ex-presidente.

Moro foi o responsável pela condenação de Lula a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá, em 2017. A pena foi aumentada pelo Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4) para 12 anos e depois reduzida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para oito anos e dez meses.

A condenação levou Lula a ficar preso por um ano e meio na carceragem da Polícia Federal em Curitiba e impediu o petista de disputar a eleição presidencial de 2018, quando era líder nas pesquisas Lula sempre negou irregularidades no caso do tríplex e alega que Moro forçou a condenação para tirá-lo da disputa eleitoral, o que abriu caminho para a vitória de Bolsonaro.

Segundo fontes do PT, isso explica o fato de Lula ter pedido cautela ao partido horas antes, em conversa com Gleisi, Aloisio Mercadante e Fernando Haddad, ainda sob o calor do pronunciamento de Moro.

Na reunião de sexta-feira à noite o PT decidiu que não vai apresentar um pedido de impeachment de Bolsonaro de forma isolada. Se o fizer, será junto com outros partidos de oposição e entidades da sociedade civil. Mas também não vai se posicionar contra o afastamento do presidente e caso a Câmara dê início ao processo, o partido votará a favor do impeachment.

Em outra frente o PT designou enviados para procurar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e tentar destravar a tramitação das propostas de emenda à Constituição (PECs) que alteram a forma de sucessão presidencial em caso de impeachment.

Hoje existem duas PECs sobre o tema no Congresso. A primeira, do ex-deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), já passou Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. A segunda, dos deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Henrique Fontana (PT-RS), é mais detalhada mas ainda não foi analisada pela comissão. A ideia é convencer Maia a juntar as duas PECs.

“Temos que nos aprofundar nas investigações sobre o uso de fake news na eleição de Bolsonaro porque houve fraude. Com a aprovação da PEC não teríamos que nos preocupar com (Hamilton) Mourão (vice-presidente)”, disse Paulo Teixeira.

As PECs prevêem a realização de novas eleições em caso de vacância na Presidência da República até seis meses antes do término do mandato. Hoje, em caso de impeachment assume o vice.

Estadão

Carla Patrícia Cintra é a superintendente da Polícia Federal de Pernambuco que Bolsonaro quer "trocar"

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Em Pernambuco a Superintendente da Polícia Federal é Carla Patrícia Cintra Barros da Cunha. Foi indicada pelo, agora ex-Diretor Geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, homem de confiança do agora também ex-ministro Sérgio Moro. Uma de suas características da delegada é o combate a corrupção e o desvio de recursos públicos.

Pela primeira vez, em 76 anos a Polícia Federal de Pernambuco, tem uma mulher no cargo de superintendente. A delegada federal Carla Patrícia Cintra Barros da Cunha, tomou posse ano passado, em dezembro. A delegada é uma das superintendentes citadas pelo presidente Jair Bolsonaro para ser exonerada do cargo.

Patrícia Cintra é umas das principais responsáveis pela criação do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e integrou os trabalhos das polícias federais no combate à corrupção e ao tráfico de drogas em todo o estado.

A delegada é bacharel em direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Desde 2017, esteve à frente da Corregedoria Geral da Secretária de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE). Com uma carreira de 20 anos, ela iniciou no cargo de escrivã, se tornando chefe substituta das Delegacias de Polícia Federal em Caruaru, de Combate a Crimes Previdenciários e do Núcleo de Disciplina da PF. Carla ainda chefiou o Núcleo de Inteligência Policial, em 2013, foi corregedora regional PF, em 2015, e ficou à frente da Delegacia Regional Executiva e da Regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal.

Durante o discurso, em dezembro do ano passado, a superintendente relembrou sua carreira da Polícia Federal, afirmou que sua gestão seria técnica e aberta ao diálogo. "Todo o planejamento estratégico da Polícia Federal, que é justamente voltado ao combate à corrupção, desvio de recursos públicos e tráfico de drogas, será mantido. Temos o desafio de integrar essa atuação com os demais órgãos públicos do estado. Estarei sempre aberta ao diálogo, apreciando o lado humano de cada policial", disse.

A reportagem da redeGN solicitou ao chefe de comunicação social da Polícia Federal, uma nota informando sobre as intenções do presidente Jair Bolsonaro em citar o desejo de trocar a Superintendente da Polícia Federal de Pernambuco, mas ainda não obteve resposta.

Em Pernambuco são três Delegacias da Polícia Federal. Recife, Caruaru e Salgueiro.

 

Fonte: redeGN/Foto: Divulgação

Policiais federais da Bahia lamentam saída de Moro e Valeixo

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O Sindicato dos Policiais Federais da Bahia (Sindipol-BA) lamentou o pedido de demissão do agora ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e também a exoneração do Diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, mas acredita que as mudanças não vão afetar a normalidade do trabalho investigativo criminal da corporação.

Assim como a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), o Sindipol-BA entende que havia uma situação de tensão que se arrastava desde 2019, com o anúncio de sua possível saída. Ainda assim, Valeixo manteve seu compromisso com os policiais federais até sua exoneração.

Independentemente de quem ocupe o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Direção-geral da PF, a Polícia Federal precisa manter sua linha de autonomia técnica nos trabalhos e investigação.

A Fenapef e o Sindipol-BA sempre defenderam que a Polícia Federal é uma polícia de Estado e não de governo e, por isso, acreditam e defendem que jamais a instituição deve ser atingida por interferências políticas.

Para o presidente da Fenapef, Luís Antônio Boudens, o presidente da República tem o direito de fazer alterações em sua equipe, mas “isso não significa – e garantimos que não irá ocorrer – qualquer tipo de interferência nas investigações criminais da Polícia Federal”.

“Seguimos basicamente a linha de orientação da Fenapef. Entendo que o momento é delicado. Não tem e nem deve ter espaço para qualquer intromissão política de qualquer jeito, do ponto de vista da técnica de investigação criminal. Ninguém que tente tal medida, que avance nessa direção, vai conseguir bons resultados”, disse José Mário, presidente do Sindipol-BA.

Os quase 15 mil policiais federais, assim como toda a sociedade, esperam que as mudanças realizadas nesta sexta-feira (24) não alterem os valores e a missão da Polícia Federal.

 

Fonte: Politica Livre/Foto: Alan Santos/PR

‘Moro deixa um legado de competência e seriedade, frustrando milhões de brasileiros’, diz Azi

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O deputado federal Paulo Azi (DEM) lamentou a saída de Sérgio Moro do Governo nesta sexta-feira (24). Segundo Azi, Moro tem uma lista extensa de serviços prestados ao país, desde a sua atuação como juiz federal até o seu trabalho como ministro.

“A saída de Moro representa um golpe duro no Governo e é uma enorme perda para o país no combate à criminalidade e à corrupção”, disse Azi.

O deputado citou, por exemplo, a redução de 19% no número de assassinatos no Brasil no ano passado e o aumento de mais de 300% no volume de apreensões de drogas.

“Moro deixa um legado de competência e seriedade, frustrando milhões de brasileiros que o respeitam e o admiram. Lamentamos a sua saída”, finalizou Azi.

Mateus Soares/Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados