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TCU ordena imediata destinação de testes para Covid-19 encalhados no Ministério da Saúde

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O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Benjamin Zymler, determinou que o Ministério da Saúde “dê imediata destinação” aos testes RT-PCR para detectar a Covid-19 que seguem encalhados. Cerca de 2,8 milhões de doses, conforme apontou o portal Metrópoles, seguem parados no depósito da pasta, mesmo após a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) estender o prazo de validade até maio e junho deste ano. A determinação do TCU data da última sexta-feira (9). 

Em dezembro de 2020, a Anvisa havia prorrogado, por mais quatro meses, o vencimento de 6,9 milhões de exames que estavam prestes a ser descartados. O Ministério da Saúde informou que, desse total, 4,1 milhões foram enviados aos estados e ao Distrito Federal.

Na avaliação do ministro do TCU, “causa preocupação esse alto número, especialmente se comparado com o histórico de utilização do insumo nos últimos 12 meses”. 

De acordo com dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde, entre abril de 2020 e março de 2021, foram utilizados 74.150 kits, o que dá uma média mensal de 6.179. Cada kit corresponde a 100 testes.

“A persistir nesse ritmo, há risco iminente de não haver adequada destinação ao estoque atualmente disponível que está prestes a vencer. Para que não haja a perda do insumo, em abril e maio deste ano será necessária a utilização de uma média de 14.500 kits, número superior, portanto, à média (6.179) dos últimos 12 meses”, registra Zymler.

A pasta federal da Saúde ressaltou, ao Metrópoles, a possibilidade de nova avaliação da Anvisa para estender o prazo de validade desses exames estocados.

Foto: Camila Souza/GOVBA

Coronel diz que Kajuru errou ao gravar Bolsonaro e pede respeito do presidente ao Senado

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O senador Angelo Coronel (PSD-BA) criticou o também senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) por divulgar nas redes sociais a gravação de uma conversa telefônica com o presidente Jair Bolsonaro (clique aqui e saiba mais sobre a gravação).

No diálogo, Bolsonaro pede ao parlamentar que articule para incluir no escopo da CPI da Covid as ações de governadores e prefeitos no combate à pandemia. Para o presidente, caso a comissão deixe esses atores de fora, serão investigados apenas o governo federal e aliados, para produzir um "relatório sacana".

A divulgação gerou reclamações do presidente, que comentou o assunto na manhã desta segunda-feira (12). “Eu fui gravado em uma conversa telefônica, está certo? A que ponto chegamos no Brasil? Gravado”, comentou para apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

Para Coronel, Kajuru “extrapolou” ao gravar o presidente da República. “As conversas telefônicas precisam ser privativas. A partir de quando isso [gravar conversas com o presidente] vira moda, nenhum governador vai querer atender deputado, nenhum prefeito quer atender vereador, pois vai perder a confiança. O senador extrapolou em, simplesmente, gravar uma conversa com o presidente da República”, avaliou o senador, em entrevista ao Bahia Notícias.

O parlamentar baiano também criticou Bolsonaro por ter dito, na conversa com Kajuru, que precisaria sair “na porrada com um bosta desses” (leia sobre isso aqui), em referência ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do pedido da CPI Covid.

“O presidente exagerou. É preciso haver respeito entre os poderes. Isso [pedido de CPI] faz parte do jogo. O presidente foi parlamentar, fazia oposição radical aos governos”, disse.

por Bruno Luiz/BN

Joelma fala das sequelas após Covid-19

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A cantora Joelma, 46, afirmou no programa Altas Horas (Globo) deste sábado (10) que padece, pela segunda vez, dos efeitos da Covid-19. Apesar de não saber se foi reinfectada, a artista contou que voltou a ter sintomas fortes no fim de janeiro, enquanto ainda enfrentava tratamentos para recuperação de sequelas da doença.

Joelma foi contaminada pelo coronavírus em agosto de 2020. A infecção durou cerca de 30 dias, mas os sintomas permaneceram por mais de dois meses.

Mesmo sem a presença do vírus no organismo, havia ainda comprometimento da respiração, que ficou "muito curta", além de complicações da visão, no fígado e confusões mentais. Segundo ela, após passar por diversos exames foi diagnosticado um problema no estômago, denominado hipocloridria, que causa náuseas, inchaços e desconforto abdominal.

Após oito meses a artista ainda luta contra o mal-estar provocado pela doença, e revela que "alguns dias não sente ânimo para nada".

Agora com novo visual, de cabelos ruivos, a ex-vocalista da banda Calipso lança em 15 de abril um novo trabalho, batizado de "Coração Vencedor". O single fala sobre a força da mulher e o clipe é inspir ue retrata a liberdade na figura de uma libélula.

por Bernadete Druzian | Folhapress

Explante vira tendência entre mulheres que aderiram ao silicone no passado

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Muito ligados à feminilidade, os seios estão no topo das regiões do corpo que mais causam insatisfação às mulheres. Prova disso é que a cirurgia plástica mais realizada no mundo é a de aumento das mamas, com implante de próteses. Na contramão desses dados, um novo movimento vem crescendo aos poucos: o das mulheres que querem se ver livre do silicone usado para produzir o efeito de expansão do colo.

Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps, na sigla em inglês), embora a colocação de próteses ainda represente 15,8% de todos os procedimentos, já se nota uma diminuição no interesse (foram 3,6% a menos entre 2018 e 2019, último dado disponível). No mesmo período, houve crescimento de 10,7% no número de retiradas de silicone -desde 2015, o aumento foi de 49,7%.

O Brasil é o segundo país que mais realiza esse tipo de cirurgia, atrás dos Estados Unidos. E é aqui que muitas mulheres têm aproveitado o momento para trocar informações sobre como é conviver com as próteses, a fim de ajudar na tomada de decisão de quem está pensando em aumentar os seios ou de quem colocou próteses e se arrependeu.

A acupunturista e massoterapeuta Liliane Barcellos, 37, diz que adora conversar sobre o tema, porque acredita que haja pouca informação disponível sobre os efeitos do silicone no corpo. Em 2016, ela colocou próteses para tentar aumentar a autoestima.

"Você vê na mídia aquelas mulheres lindas e se sente fora do padrão", avalia. "Eu achava que as pessoas me achavam feia. Quando fiz a cirurgia, achei que ia acordar me sentindo uma mulher segura, a 'gostosona', mas acordei a mesma pessoa. Percebi que não era uma coisa física, era interna. Aí fui fazer terapia."

Só que os efeitos da prótese foram além do psicológico. Ela passou a sofrer com intolerância alimentar, síndrome do intestino irritado, alergias de pele e enxaquecas muito fortes, além de dores crescentes por todo o corpo e raciocínio lento. "Antes do silicone eu nunca senti nada, era super saudável", afirma.

Barcellos foi consultando diversos especialistas, de neurologistas a dermatologistas, durante quase dois anos até que uma médica lhe disse que poderia ter relação com a prótese. "No mesmo dia eu liguei para o cirurgião plástico", conta. "Quando eu vi que poderia ser do silicone não tive dúvida nenhuma de tirar."

A retirada dos implantes ocorreu em 2019, menos de três anos após a colocação. "Na época, ainda era pouco falado sobre isso no Brasil, então paguei para ver", lembra. "Mas, se eu tivesse 1% de chance de melhorar, eu faria."

Atualmente, ela diz que não sente mais nenhum dos sintomas, que foram diminuindo gradualmente até desaparecerem por completo cerca de seis meses após a cirurgia. "A autoestima que eu não tive quando eu coloquei, eu ganhei quando tirei", compara. "Parece que rejuvenesci dez anos na saúde e na vitalidade. Não me arrependo em nenhum momento."

"Eu comecei a me sentir muito forte como mulher. Até as cicatrizes vejo como tatuagens que vão me fazer lembrar todo dia de como o meu corpo é importante. De que adianta ter um peito lindo e não ter saúde para nada?"

'BOMBA DE VENENO'
A empresária Bianca Malandrino, 35, teve uma experiência semelhante. Ela havia colocado o implante havia cerca de dez anos quando fez o explante em janeiro de 2018. Descobriu, por acaso, na internet que os sintomas que sentia poderiam estar associados às próteses.

"Estava em um grupo feminista no Facebook quando uma mulher falou brevemente sobre os sintomas e eu acabei linkando, na hora me deu o estalo", lembra ela, que sofria com fadiga, dor de cabeça, queda de cabelo, ganho inexplicado de peso e inflamação muscular. "Eu vinha tratando muitos sintomas, não conseguia nem me curar nem encontrar a causa."

Depois de seis meses se aprofundando no assunto, ela decidiu pela retirada das próteses. "Como já ia completar dez anos que eu tinha colocado, já ia precisar trocar", diz. "Queria só tirar, mas não sabia de ninguém que tivesse feito isso, achava que não era possível."

Nos grupos de trocas de informação para mulheres explantadas, ela descobriu diversos exemplos. "Vendo esses relatos, entendi que cada mulher tem um corpo", conta. "Eu estava priorizando muito a minha saúde, tinha certeza de que percisava tirar aquela bomba de veneno do meu corpo. Já não fazia sentido para mim procurar produtos orgânicos e veganos e ter algo plástico dentro de mim."

Ela diz que ficou muito feliz com o resultado. "Estava ansiosa em voltar a ter o peito pequeno", diz. "Na época em que coloquei não conseguia ver beleza no meu corpo. Essa pesquisa me ajudou muito a ver as formas diferentes de cada mulher. Eu me reencontrei e reencontrei o meu corpo original."

Agora, ela ajuda a adminstrar grupos de explantadas no Facebook e no Instagram. "Vemos muitos relatos de mulheres que estavam guardando dinheiro, se endividando ou até fazendo consórcio para colocar silicone, mas avisamos que esse sonho depois pode virar pesadelo", afirma. "Muitas agradecem por não terem se colocado em risco."

'ACHEI QUE ERA HISTERIA'
A professora de português Larissa de Almeida, 37, natural de Salvador (BA) e moradora de Fortaleza (CE), concorda. "Tenho certeza de que muitas mulheres não teriam colocado implante se soubessem de tudo o que ele pode acarretar."

Ela própria colocou o silicone quando tinha 29 anos. "Na época, eu pesquisei bastante e não encontrei relatos como vemos hoje", diz. "Só que eu engravidei cerca de um ano depois, tive dificuldade de amamentar, com mastite severa, a minha capacidade respiratória diminuiu, além de outros sintomas que eu nem estava relacionando ao silicone, como fadiga crônica e perda de memória."

Além disso, as próteses começaram a dar contratura, condição que faz com que o silicone endureça dentro do corpo. "Não conseguia nem abraçar ninguém", lamenta. "Não foi fácil, eu tinha juntado dinheiro para colocar o silicone, deixei de viajar para a Europa, e me culpava muito pelo fato de que uma decisão minha tinha me colocado naquela situação."

Ela conta que descobriu relatos sobre doença do silicone, como esse conjunto de sintomas inespecíficos é conhecido, e, inicialmente, os refutou. "No primeiro momento eu neguei, achei que era loucura, passei 1 mês achando que era histeria", afirmou.

Aos poucos, ela foi lendo mais sobre o assunto e se convenceu a tirar as próteses. "Pensava muito em como eu ia ficar depois, mas chegou uma hora que disse: 'Vou ter que me aceitar do jeito que sou, não tem condições de ficar vivendo com dor'", lembra.

Atualmente, Almeida é presidente da ACEITA (Associação de Conscientização sobre Explante, Implante, Toxicidade e Adjuvantes). A entidade visa disseminar informações científicas e disponibilizar contatos de profissionais de saúde especializados no explante, além de oferecer auxílio psicológico e jurídico às pacientes.

Ela também administra um perfil no Instagram (@explantedesilicone), que divulga informação sobre o tema e relatos de mulheres que passaram pela cirurgia. "Antes as mulheres postavam de forma anônima, hoje tem fila para aparecerem", comemora.

Almeida critica o fato de a SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) não dar mais apoio às mulheres que estão passando por dificuldades após a colocação de silicone. "Eles batem na tecla de que a doença do silicone não existe porque não é reconhecida ainda pela OMS (Organização Mundial da Saúde), mas nós somos a prova viva", diz.

"A medicina é uma ciência de verdades transitória", lembra. "É muito fácil dizer que é uma doença de blogueira e continuar colocando silicone, ganhando valor muito alto e incentivos das marcas. Nesse caso, os médicos lucram com as nossas inseguranças. Eles deveriam focar em aprender e acolher melhor as pacientes."

DOENÇA DO SILICONE
Em nota, a SBCP, por sua vez, esclarece que não há dados científicos que permitam concluir uma relação direta da chamada doença do silicone (ou BII, breat implant illness, na sigla em inglês) com os implantes. Da mesma forma, não existem exames para diagnosticar o mal nem garantia de que a paciente vai melhorar ao retirar as próteses.

"Precisamos auxiliar nossas pacientes a compreender que estudos têm sido realizados para estabelecer ou não a relação entre BII e implantes mamários, e que estes dados científicos não são obtidos na velocidade das mídias sociais", afirma a entidade.

Percebendo o aumento do interesse, a SBCP lançou uma cartilha de mitos e verdades sobre o assunto. O objetivo é principalmente rebater "fake news que tem alarmado e gerado excessiva ansiedade e, muitas vezes, busca por procedimentos cirúrgicos como medida preventiva, baseado em fatos sem qualquer fonte científica".

A entidade diz que é preciso distinguir a doença do silicone da síndrome ASIA (síndrome autoimune induzida por adjuvantes), esta sim já documentada. "Não há exame laboratorial ou de imagem que seja capaz de diagnosticar a síndrome", lembra. "Diagnóstico é feito por meio do preenchimento de critérios clínicos maiores e menores."

Já no caso da doença do silicone, a SBCP diz se tratar de uma "constelação de sintomas reportadas pelas pacientes", sem que haja alterações laboratoriais ou radiológicas. "Está associada a todas as marcas e modelos de prótese de mama e pode ocorrer entre 3 dias a 30 anos após a inclusão", diz o texto.

Mesmo no caso da síndrome ASIA, que deve ser tratada pelo reumatologista com o uso de imunossupressores, nem sempre é necessário fazer a retirada da prótese. "O explante é indicado somente para os casos mais graves", afirma a SBCP, que assina a cartilha ao lado da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

TÉCNICA
A entidade conta ainda que não existe uma técnica especial para o explante, mas uma combinação de técnicas da cirurgia mamária. O cirurgião plástico Victor Cutait, de São Paulo, é um dos membros da entidade que já realizaram diversas cirurgias do tipo.

Ele conta que esse procedimento era pouco procurado até recentemente. "Até 2015, era praticamente nulo, você não ouvia falar em explante de silicone", afirma. "A partir de 2016 foi que começou a crescer. Por isso percentualmente o aumento é grande, já que saímos de uma base muito baixa."

O médico lembra que tanto a síndrome ASIA quanto a chamada doença do silicone são extremamente raras dentro do vasto universo de mulheres que colocam próteses. Pelos dados da Isaps, das 464.771 cirurgias plásticas na região das mamas realizadas no Brasil em 2019, 211.287 foram de aumento, enquanto apenas 19.355 foram explantes.

No consultório dele, Cutait diz que só atendeu a pacientes que queriam reduzir a mama por questões estéticas. "Geralmente, são mulheres que mudaram de vida, estão em outra fase e ganharam outra concepção de beleza."

Ele afirma que tanto a colocação quanto a retirada do implante são cirurgias relativamente simples. A colocação é mais rápida e leva de 1 a 2 horas, sendo feito um pequeno corte na base do seio para que o implante seja introduzido.

Já nos explantes, cada caso é um caso --em alguns, a cicatriz passa de linear para o formato de T. "É preciso entender o que será necessário fazer naquela paciente depois que retirarmos a prótese, tem que ser mais estudado", explica.

"Há casos em que pode sobrar pele, a auréola do peito pode mudar de posição, pode ter que reposicionar o tecido mamário para o seio não ficar sem forma. Então não tem como ter uma regra básica. Se fosse só puxar a prótese duraria 20 minutos."

Contudo, em alguns casos, a cirurgia pode durar até seis horas. O valor costuma ser mais elevado, até 3 vezes mais caro que a colocação do silicone. O médico não cita valores por proibição do Conselho Federal de Medicina -entre as pacientes consultadas a colocação custou em torno de R$ 8.000, enquanto a retirada ficou em R$ 23 mil.

Cutait diz que as complicações independem de quanto tempo a paciente ficou com o silicone no corpo, mas quanto maior o volume da prótese mais probabilidade de que outros retoques sejam necessários. "A maioria dos explantes que fazemos hoje em dia são associados à mastopexia, que é a cirurgia de levantamento da mama por conta da falta de volume", diz.

O médico lembra que o padrão de beleza foi mudando nas últimas décadas e que, após uma época em que a maioria das mulheres queriam ter seios grandes, agora diversos tamanhos são mais socialmente aceitos. "De 2010 para cá, as pessoas estão se adequando ao próprio padrão de beleza."

"Acho que está tendo uma adequação das pessoas aos padrões", diz. "Hoje em dia temos uma gama maior de mulheres que influenciam esse universo. Isso tornou o padrão de beleza mais plural e diversificado."

"Esse movimento fez o explante aumentar porque muitas mulheres que seguiram a moda do silicone lá atrás hoje querem diminuir", afirma. "Atualmente, cada um pode ser o que quiser. Esse empoderamento das mulheres explantadas faz com que elas possam ser como gostam. E tem recurso para tudo, a gente consegue atender a tudo e a todos."

Ele lembra que todas as mulheres com silicone precisam fazer exames anuais para checar a condição das próteses, porque é possível ter contratura capsular. Nesse caso, é preciso substituir os implantes. Também é comum fazer essa substituição após dez anos da colocação para previnir.

"Nessa troca, normalmente as mulheres aproveitam a oportunidade para diminuir ou aumentar", conta. "Antes, elas sempre queriam aumentar um pouco, mas hoje já aparecem as que querem diminuir um pouco."

ACEITAÇÃO E AUTOESTIMA
Para a psicóloga Maria José Brito Azevedo de Brito, doutora na Unifesp (Universidade Federal de São Pualo) com estudos na área de psicopatologia da cirurgia plástica, a colocação de próteses de silicone nos seios teve historicamente um viés cultural.

"A mama grande estava na moda, era associada a feminilidade e autoestima, então as mulheres procuraram muito para se sentirem melhor com o próprio corpo", avalia. "As pessoas tentam de alguma forma se incluir dentro de um padrão."

Ela lembra que, apesar de não haver evidência científica da doença do silicone, as queixas das pacientes precisam ser levadas em consideração. Porém, avalia que, além das mulheres que realmente apresentam sintomas físicos, há outras que aderiram ao explante por diversos motivos.

"Eu vejo que algumas devem ter a sua razão, mas há outras que querem voltar atrás nas cirurgias que fizeram", diz. "É muito comum pacientes chegarem ao consultório dizendo que não gostaram do resultado porque imaginavam de outra forma. A pessoa tem um ideal, mas não sabe explicar."

Há ainda um terceiro grupo, o das pessoas com dismorfia corporal, que não se gostavam antes, vão continuar insatisfeitas quando colocarem a prótese e não estarão contentes depois que retirarem. Nesses casos, é aconselhado procurar tratamento psicológico e psiquiátrico.

"Trata-se de uma insatisfação que muito além do aspecto físico", explica. "Não é futilidade nem vaidade, é um sofrimento do indivíduo que é deslocado para o corpo. Essas pessoas têm dificuldade de enxergar o todo e sobrevalorizam o detalhe. É preciso lembrar que o cirurgião vai operar o corpo, não a mente."

Seja como for, ela diz que há um movimento está em curso. "O que podemos dizer com certeza é que alguma coisa de diferente está acontecendo", afirma. "Essas mulheres se submeteram a um risco cirúrgico, a ficar com sobras de pele e cicatrizes. Isso precisa ser levado em conta."

"É uma mudança de comportamento, mas também de pensamento", diz "Talvez seja uma tendência atual, mas é tudo tão rápido que temos que refletir sobre o que está acontecendo. Ainda não sabemos se isso vai resultar realmente em uma autoaceitação maior e se as pessoas vão passar a definir a própria autoestima não apenas pelo corpo, mas por outras conquistas."

por Vitor Moreno | Folhapress/Foto: divulgação

Mega-Sena acumula e os números sorteados foram 14 - 21 - 22 - 29 - 35 - 46.

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Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.361 da Mega-Sena, realizado neste sábado (10) à noite no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo. Os números sorteados foram 14 - 21 - 22 - 29 - 35 - 46. O próximo concurso, na quarta-feira (14), deve pagar R$ 33 milhões.

A quina teve 61 ganhadores e cada um receberá R$ 42.932,72. A quadra teve 3.782  acertadores e pagará o prêmio individual de R$ 989,23. As apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio nas lotéricas de todo o país ou pela internet, no site da Caixa. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50.

Agência Brasil

Bahia tem queda no número de novos casos e de óbitos por Covid-19

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Bahia registrou diminuição no número óbitos e de novos casos da Covid-19 neste sábado (10). O boletim da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) aponta que foram registrados 3.213 novos casos e 98 mortes nas últimas 24h.

O número é menor que o apresentado na última sexta-feira (9), quando a Sesab divulgou ao público mais 4.283 casos do novo coronavírus, com 115 óbitos.

Dos 835.962 casos confirmados desde o início da pandemia, 805.347 já são considerados recuperados, 14.170 encontram-se ativos e 16.445 tiveram óbito confirmado. 

por Matheus Caldas

Bolsonaro autoriza campanha por distanciamento e uso de máscara

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O presidente Jair Blsonaro (sem partido) autorizou o governo a fazer uma campanha em favor do distanciamento social e do uso de máscaras de proteção individual, para a contenção da Covid-19.

A novidade foi divulgada na noite desta sexta-feira (9) nas redes sociais do perfil oficial do Palácio do Planalto, que postou uma mensagem incentivando a evitar aglomerações, uso de máscara, lavar as mãos e manter o distanciamento social.

"Mesmo com a vacinação contra a Covid-19 avançando cada vez mais, é muito importante continuarmos cuidando uns dos outros. Por isso, lave sempre as mãos com água e sabão ou utilize álcool em gel, evite aglomerações, mantenha o distanciamento e use máscara", diz a postagem.

"Não é a primeira vez que o governo fala disso, mas a repercussão é grande nas redes sociais, já que muitas vezes houve relutância em defender esse tipo de medida contra a pandemia. A falta de um discurso único que fosse repetido pelas autoridades desde o início fez falta e é apontado pelos governadores como um problema", explica a analista de política da CNN Renata Agostini. 

Fonte: CNN Brasil

Pacheco diz que não irá atrapalhar a CPI

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que não mexerá "um milímetro" para impedir a atuação da CPI da Covid, embora diga ser contrário à sua instalação neste momento.

"Uma vez instalada, vou permitir todas as condições que funcione bem e chegue as conclusões necessárias", afirmou. "Aliás é muito importante que ela cumpra sua finalidade na apuração de responsabilidades", disse à Folha de São Paulo.

Pacheco disse ainda que o presidente Jair Bolsonaro "não contribui" com seu discurso negacionista. "Para bom entendedor, um pingo é letra. Quando ele [Bolsonaro] prega qualquer tipo de negacionismo, eu vou criticar o negacionismo e consequentemente estou criticando a fala dele", disse.

Pacheco nega que o Congresso esteja sendo omisso em relação à atuação do governo Bolsonaro na pandemia e aponta o que considera "erros praticados até agora", um dia após o ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), ter determinado a instalação da CPI para investigar a atuação do governo federal na pandemia.

O senador também disse que as ações do governo nada influenciam em sua condução. "Isso é absolutamente independente e nenhuma influência tem nas minhas decisões. Tanto não tem que fui também apoiado pela oposição. Então meu compromisso é com o Senado, com os senadores e todas as forças políticas", disse.

BN/Foto: Reprodução / Agência Senado

Barroso determina instalação da CPI da Pandemia no Senado

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Possíveis omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia serão analisadas em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A decisão veio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. 

O ministro lembrou que a Constituição estabelece que as CPIs devem ser instaladas sempre que houver assinatura de um terço dos integrantes da Casa, indicação de fato determinado a ser apurado e definição de prazo certo para duração.

Barroso concedeu liminar em mandado de segurança apresentado pelos senadores Alessandro Vieira e Jorge Kajuru, e liberou o tema para julgamento colegiado imediatamente no Plenário Virtual do STF.

O ministro justificou a concessão da liminar com urgência em razão do agravamento da pandemia no Brasil, avaliando que a crise sanitária provocada pela Covid-19 está “em seu pior momento, batendo lamentáveis recordes de mortes diárias e de casos de infecção”. 

Fonte: Brasil 61

Bolsonaro dá posse a seis novos ministros

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O presidente da República, Jair Bolsonaro, deu posse a seis novos ministros nesta terça-feira (6). As cerimônias de apresentação foram realizadas de forma reservada no Palácio do Planalto. Na última semana, foram feitas trocas nos comandos da Casa Civil e na Secretaria de Governo.

A Casa Civil terá à frente o general Luiz Eduardo Ramos, que substitui o também general Walter Braga Netto. Até então, Ramos ocupava a Secretaria de Governo. Ele foi substituído pela deputada federal Flávia Arruda (PL-DF), que faz parte da base de apoio do governo no Congresso.

Walter Braga Netto passou a comandar o Ministério da Defesa. Durante seu discurso de posse, afirmou que é uma honra ocupar o novo cargo e que a Defesa dará continuidade à missão de realizar ações para o combate à pandemia.

Por meio de nota, a nova Secretaria de Governo, Flávia Arruda disse que se sente honrada em assumir essa responsabilidade e que vai buscar “pontos de convergências que permitam avançar nas soluções para o país”.

Na Advocacia Geral da União (AGU), o comando volta a ser de André Mendonça. Ele assumiu o posto no lugar de José Levi, que também anunciou sua saída na última semana.

Já Anderson Torres assume o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública, enquanto o diplomata Carlos Alberto França, que era assessor especial de Bolsonaro, é o novo ministro das Relações Exteriores.



Fonte Brasil 61

Rui critica demora da Anvisa em autorizar importação da vacina Sputnik V

750 rui costa O governador Rui Costa criticou o posicionamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na condução do processo de importação da vacina Sputnik V pelos Estados do Brasil, durante o Papo Correria, na noite desta terça-feira (6). "A Anvisa convidou os governadores do Nordeste e do Norte do país para uma reunião e todos, assim como eu, estavam com uma grande expectativa de que ela fosse anunciar a autorização de importação da vacina Sputnik, que nós assinamos o contrato. Depois de três horas de reunião, com muita burocracia, chega a informação de que eles [a Anvisa] vão precisar ir na Rússia para poder saber se autoriza ou não a vacina", explicou.
 
Rui acrescentou que esta "é uma situação inadmissível, no dia que o Brasil registra mais de 4 mil mortos pelo coronavírus. Os brasileiros não merecem essa conduta do Governo Federal e de uma agência que foi capturada pela ideologia e por um discurso que não tem nada a ver com a ciência e com a vida humana. Se for necessário, a Bahia, em conjunto com os outros Estados, irá ao Supremo Tribunal Federal [STF] para conseguir a liberação para importação da vacina”.
 
No Papo Correria, o governador também destacou os resultados positivos gerados pelas medidas mais restritivas implantadas na Bahia para conter o rápido avanço da Covid-19. “Quando iniciamos essas medidas mais duras, tínhamos cerca de 20 mil casos ativos na Bahia e hoje estamos com 13.800. É um número ainda muito alto de contaminação, mas representa uma queda expressiva. Também conseguimos reduzir a lista de espera para leitos clínicos e de UTI, que nos dias mais críticos, chegou a 500 pacientes. No fim da tarde de hoje, o número contabilizado era bem menor, com 120 pessoas aguardando. Esperamos que, na próxima semana, consigamos reduzir esse número ainda mais, para abaixo de 50”.

Secom