O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), afirmou nesta quinta-feira (11) que a indicação do deputado federal João Roma (Republicanos-BA) para o Ministério da Cidadania (saiba mais aqui) não teve participação do ex-prefeito ACM Neto (DEM).
Em Brasília, comenta-se nos bastidores que Neto tem tentado demover Roma de aceitar o convite. Criticado pela aproximação com o presidente Jair Bolsonaro, o ex-prefeito teme que a indicação do deputado, um dos seus aliados mais próximos, seja encarada como articulação pessoal dele. Também presidente nacional do Democratas, Neto tem pregado independência do partido em relação ao governo federal e descarta possibilidade de indicar nomes para cargos na gestão.
“Se vier se confirmar Roma como ministro, o que é importante e bom para Salvador e a Bahia, nada tem a ver com o ex-prefeito ACM Neto, com o DEM. O DEM sempre disse que não iria e não queria indicar cargos no governo”, defendeu Bruno ao desvincular a indicação de Roma a Neto.
O prefeito ainda estabeleceu diferenças entre a possível nomeação de Roma, pela cota do Republicanos no governo, e o fato de quadros filiados ao DEM terem assumido ministérios na gestão Bolsonaro, caso do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e dos ainda titulares da Agricultura, Tereza Cristina, e da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni.
“Se [Roma] vier a ser confirmado como ministro, é na cota do Republicanos, na negociação que o partido fez para apioar Arthur Lira. Diferente do DEM, que, desde o início, tem posição de independência e que quando Bolsonaro escolheu 3 ministros do nosso partido, foi escolha pessoal, não indicação partidária, diferente do que será se ocorrer a de Roma”, argumentou, em entrevista coletiva durante agenda oficial nesta manhã
Ainda segundo Bruno, o DEM terá posição de independência em relação ao governo e vai viabilizar uma candidatura própria à Presidência da República. A fala acontece após Neto dizer que o partido poderia apoiar a reeleição de Bolsonaro em 2022.
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