Em entrevista ao jornal A Tarde, secretário de Saúde da Bahia fala que comércio pode ser afetado por lockdown e diz: "Os jovens perderam o medo"

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Na última entrevista concedida antes de se internar, o secretário de Saúde do estado, Fábio Vilas-Boas, disse que estamos vivendo o pior momento da pandemia no país. E isso, porque a população não tem colaborado, principalmente os mais jovens. De acordo com Fábio, que está há 11 meses na linha de frente do combate à covid, a pandemia não mudou a cara: "Os jovens que perderam o medo". E alerta. "É possível que precisemos avançar para fechar comércio durante o dia".

O lockdown é um termo que não se aplica ao Brasil. O que a gente precisa fazer é, caso não surta o efeito, é fazer um fechamento mais intenso do comércio não essencial. Você se recorda que a gente passou um tempão com os shoppings fechados, tudo fechado. E hoje nós estamos mantendo os shoppings, o comércio aberto. Se essa medida não der resultado em uma semana, a gente vai ter que sentar e reavaliar" disse ele.

Durante a entrevista, o secretário foi perguntado sobre o fato das eleições e as festas de final de ano se cruzaram e fizeram os números crescer, além do carnaval, o que seria uma bomba relógio prestes a explodir. Ele respondeu: "Preocupa muito. Nossa análise retrospectiva mostra que 14 dias após esses eventos índices – São João, eleições, Natal, Réveillon, e agora o Carnaval – 14 dias depois nós subimos de patamar. E o que a gente viu no Natal e no Réveillon, a gente viu no Carnaval agora. Várias festas, várias em casas, em apartamentos... Essas festas aglomeraram pessoas, pessoas jovens, isso sem dúvida vai se traduzir sob a forma de maior contágio e maior necessidade de internação" disse.

O secretário também comentou que mais da metade dos casos da Covid aqui na Bahia são de pessoas até 40 anos: "as pessoas jovens que perderam o medo. Os idosos se mantiveram resguardados e os mais jovens, destemidos, corajosos, foram para a rua. Como a maioria tem sintomas leves, eles acham que vale à pena correr o risco.

CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA AQUI

Com informações da Ascom


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