Manifestação ocupa as ruas de Salvador pela saída de Bolsonaro

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As ruas do centro de Salvador foram tomadas por manifestantes, na manhã deste sábado (29/05), em um protesto contra a gestão da pandemia feita pelo governo Bolsonaro e que pediu a saída do presidente. Com atenção às orientações de distanciamento e distribuição de máscaras e álcool em gel, o ato saiu da praça do Campo Grande e seguiu até a praça Castro Alves, no tradicional percurso de manifestações da capital baiana.

Entre os participantes, estavam estudantes, trabalhadores e lideranças dos partidos de esquerda e dos movimentos sindical e social com atuação no estado. Diversas representações do PCdoB da Bahia estiveram presentes, como a deputada federal Alice Portugal, que defendeu a realização da atividade, porque, para ela, apesar da pandemia, essa é uma forma de o país romper o silêncio em relação a Bolsonaro.

“Hoje é dia de afirmarmos que o Brasil quer vida, quer vacina. [...] Está claro na CPI [da Covid-19 do Senado] que houve negligência, que ele [o presidente da República] decidiu não comprar vacinas, e o povo precisa se manifestar. Se não nas ruas, nas janelas, nas sacadas, com as panelas. O mais importante é que o grande Brasil saia do silêncio.”, afirmou a parlamentar comunista.

A deputada estadual Olívia Santana, também do PCdoB, explicou que o ato também serviu para homenagear as vítimas da Covid-19 no país. “O presidente está matando o que há de melhor no Brasil. Estamos aqui em memória dos mais de 450 mil mortos. Estamos aqui por Haroldo Lima, por Clarice [Pereira], por Paulo Gustavo, por todos e todas que se foram”, disse.

O pedido de saída de Bolsonaro da presidência da República se deve a uma avaliação de que o atual governo é responsável pelo alto número de mortos por Covid-19 e pela possibilidade de a situação ser ainda mais agravada, caso permaneça a gestão desastrosa, segundo a secretária de movimentos sociais do PCdoB-Bahia, Ângela Guimarães. Para ela, a manifestação é pela proteção da vida dos brasileiros.

“Nós temos um governo que é letal, é genocida, perigoso. Já matou quase meio milhão de pessoas. Não resta outra alternativa ao povo brasileiro a não ser protestar, ir às ruas, manifestar repúdio e trabalhar para derrubar esse governo, pra que a gente possa preservar vidas”, disse Ângela Guimarães, que também é presidenta nacional da União de Negros e Negras pela Igualdade (Unegro).

Além de cobrar mais vacinas, o protesto também serviu para pedir a retomada do auxílio emergencial de R$ 600,00 e denunciar a política de armas, o racismo e os cortes feitos pelo governo federal na educação. “Nós estamos aqui não porque queremos, mas porque o presidente da República nos obriga a lutar pela vida, pela nossa existência, pela vacina, pela existência da universidade”, afirmou a presidenta estadual da União da Juventude Socialista (UJS), Marianna Dias.

A manifestação terminou no final da manhã, com cerca de 5 mil participantes, marca considerada exitosa pela organização, levando em consideração o cenário de dificuldades. O ato de Salvador se somou a diversas mobilizações, pelo país inteiro, pelo ‘Fora Bolsonaro’.

Assessoria de Comunicação do PCdoB-BA


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