Remanso, cidade no norte da Bahia, a mais de 700 quilômetros de Salvador, possui 30 leitos de UTI que foram contratados pelo SUS e estão sendo utilizados para receber pacientes com CODIV-19.
Hoje (07/01), todos os 30 leitos de UTI estão ocupados, sendo que apenas 4 são de Remanso. Todos os outros 26 estão ocupados por paciente vindos de outros municípios da Bahia e de Pernambuco, já que no município ficam os leitos de retaguarda atendendo toda região abrangida pela rede PEBA.
Essa é a preocupação do Secretário de Saúde Adjunto, Gilberto Libório de Souza: “Remanso já deixou de atender remansenses que precisam de UTI e tem de ser levados à outras cidades da Bahia e de Pernambuco”.
Para o Secretário “a rede PEBA foi um grande avanço, mas com o agravamento e a demanda ocasionada pela pandemia”, a pressão sobre o sistema de saúde municipal fica “acima do limite”.
“Esses leitos são regulamentados pela SESAB (Secretaria de Saúde do Estado da Bahia) e a solução seria a implantação, com urgência, de um hospital de campanha. Temos pessoal capacitado, temos espaço, queremos atender os remansenses, mas não temos recursos”.
O que é a Rede PEBA
A única no país a funcionar nestes moldes, atendendo a dois estados da federação, a rede PEBA – Rede Interestadual de Saúde Pernambuco-Bahia atende a 53 municípios e, apesar do entendimento comum que foi um avanço na racionalização dos serviços oferecidos, já foi alvo de advertências vindas dos Ministérios Públicos de Pernambuco e Bahia, por não possuir leitos de UTI em quantidade suficiente, o que foi agravado pela pandemia.
O Prefeito de Remanso, Marcos Palmeira, já solicitou ao governador providência para a implantação de novos leitos de UTI. A situação ficou “crítica” com a segunda onda de COVID que levou à 100% de ocupação.