Agressões verbais e destempero marcam sessão da Câmara de Remanso

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O Vereador, ex-presidente, ex-secretário de Saúde e ex-diretor do SAAE em Remanso, Antonio Moura (PSD), que durante anos e anos permaneceu calado, sem reclamar de nenhum mal feito das gestões das quais influiu, definiu e participou, como lembrado pelo vereador Geovane Passos (Podemos), perdeu completamente o bom senso na sessão da noite desta terça-feira, 21 de setembro de 2021. 

Depois de desfiar uma série de acusações infundadas, como a responsabilidade do Prefeito Marcos Palmeira (PC do B) na morte de pacientes por COVID, comparar de forma enganosa as ações da gestão anterior com a atual; Antonio Moura, tumultuou o pronunciamento do vereador Evanildo Oliveira (PSD) e se atritou com o vereador Alair (PT).  

Os dois tentaram mostrar depoimentos de pessoas e familiares de pacientes atendidos na Secretaria de Saúde e foram atrapalhados ou impedidos pelas intervenções, não autorizadas, de Antonio Moura. 

thumbnail Geovane Passos desconstruiu argumentação de Antonio Moura

A situação chegou ao limite quando o vereador Geovane Passos assumiu a tribuna e iniciou o pronunciamento ironizando as informações de Moura: “Salário, foi a primeira coisa que ele falou, o nosso está atrasado? ” A gestão apoiada pelo então presidente da Câmara Antonio Moura, deixou sem pagar centenas de servidores, os mais necessitados, por dois, três e até cinco meses. Marcos Palmeira tem pago os salários até o último dia de cada mês, religiosamente. 

E, revoltado, questionou diretamente Antonio Moura: “Sabe porque Marcos não está fazendo mais obras? Porque ele tem cinco milhões para pagar de salários atrasados! Você sabe quantas barragens daria para fazer com cinco milhões, quantos poços poderiam ser perfurados? ” 

Foi o suficiente para Antônio Moura perder a compostura e intervir, sem respeitar o tempo do vereador, repetindo insistentemente que o vereador não poderia se dirigir a ele. Entre interrupções e mais gritos, Passos, cobrou as praças da Avenida da Quadra Um, da Rodoviária e ironizou a informação prestada por Moura de que em 20 anos calçou 20 ruas. 

Cobrou e recebeu de volta um silencio envergonhado ao perguntar “Quanto recebeu de FUNDEB nesses anos e quanta escolas foram recuperadas”.  

Fechou seu pronunciamento falando da UPA, iniciada na gestão anterior e do Hospital Público que o Prefeito Marcos Palmeira deve começar a construir ainda este ano.  

Sobre todas as obras relacionadas por Geovane Passos pesam suspeitas de sobre preço, desvio e má aplicação de recursos e nenhuma foi concluída. 

A opinião entre os presentes à sessão, pessoas do povo e imprensa, é a de que Moura sempre se impôs pelas ameaças e gritos e nunca foi contestado, por isso a menção de Passos no discurso: “Vá gritar no bar”, local onde Moura ainda reina sem contestação.  

Por Manoel Leão
Jornalista
 

 


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