Presídios de PE apostam na cultura e esporte para ressocializar

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Capoeira, música, futebol são algumas das atividades desenvolvidas nas unidades prisionais.
 

As unidades prisionais de Pernambuco estão atuando em projetos voltados para a cultura e esporte com o intuito de reinserir as pessoas privadas de liberdade (PPLs) no meio social e no mercado de trabalho. A ação, da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), através da Executiva de Ressocialização (Seres), visa também a interação das PPLs dentro das unidades.

O Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (Pjallb), com funcionamento sob o regime fechado, no Complexo do Curado, realiza, há sete anos, treinos de capoeira nas terças e quintas, na quadra da unidade prisional. O grupo, denominado Liberdade da Ginga, é formado por 32 detentos, dois deles exercem a função de professor e mestre da capoeira.

“A prática da cultura e do esporte dentro dos presídios é uma forte ferramenta para alcançar a reinserção social e no mercado de trabalho. Um dia, essas pessoas vão voltar ao convívio social e têm de estar preparadas, além de que as atividades afetam positivamente a rotina das unidades prisionais”, ressaltou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico. Os componentes do Liberdade de Ginga têm acesso também aos atendimentos em Psicologia todas as sextas-feiras onde são realizadas dinâmicas de grupo.

O Presídio de Igarassu (PIG) criou a Rádio PIG Cultural e vem despertando interesses dos reeducandos pela comunicação. A rádio fica no Espaço Cultural com 36 caixas de som distribuídas nos pavilhões. De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, são informadas as ações culturais e de serviço. O funcionamento técnico da rádio conta com a colaboração de reeducandos, sob supervisão.

Já a orquestra cultural do PIG foi criada com o objetivo de inserir as PPLs no mundo da música, despertando sua curiosidade artística. Cinco músicos e dez vocalistas se dedicam aos ensaios duas vezes por semana. As apresentações oficiais ocorrem em eventos da unidade prisional. “Estou aqui [no PIG] para me reeducar através da música porque ela expressa a liberdade, a arte e nós precisamos de cultura, precisamos mudar nosso conceito de vida”, afirmou o reeducando componente da orquestra, Frankley dos Santos Fernandes.

O Centro de Ressocialização do Agreste (CRA), em Canhotinho, funciona sob o regime semiaberto e o esporte é a preferência dos detentos. Há 11 anos, a unidade oferece aulas de futebol, judô e jiu-jitsu. Atualmente, 175 detentos estão inscritos nas três modalidades e participam dos campeonatos com direito a troféu e medalhas. No futebol, são oito times para disputar os jogos com treinos nas terças e quintas. Já no  judô e jiu-jitsu os treinos ocorrem todas as quintas-feiras.

 Foto: Divulgação/Seres

 


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