O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, disse ontem sexta-feira (13), que 97% da categoria decidiu pela retomada das aulas semipresenciais na rede estadual de ensino, em setembro. No entanto, uma contra proposta será levada para o Governo da Bahia.
As aulas semipresenciais da rede estadual começaram no dia 26 de julho para os estudantes do ensino médio, mas muitos professores não aderiram a retomada alegando a imunização incompleta conta Covid-19.
Já as atividades semipresenciais ensino fundamental, foram retomadas na segunda-feira (9). Não há detalhes quanto ao número de professores que não retornaram as atividades nas escolas. A categoria informou que manteve as aulas online.
Não há detalhes sobre o posicionamento da Secretaria Estadual da Educação (SEC), após a reunião do sindicato.
Depois do encontro da categoria nesta sexta, Rui Oliveira, presidente do sindicato, detalhou as reivindicações que serão feiras ao governo estadual. A primeira é de que todos os trabalhadores sejam imunizados e não tenham cortes de salários.
Também será pedido que exista o cumprimento do protocolo de biossegurança, que prevê, entre outros pontos, o não retorno de profissionais com comorbidades, a não reabertura das escolas sem estrutura e suspensão das aulas nas unidades de ensino caso alunos ou funcionários apresentem sintomas ou sejam diagnosticados com Covid-19.
Além disso, Rui Oliveira afirmou que a categoria vai reivindicar que o governo mantenha o ensino remoto emergencial nos casos acima citados.
Na última quarta-feira (11), o Governo da Bahia e a APLB se reuniram para tentar resolver o impasse sobre a retomada das aulas semipresenciais na rede estadual de ensino. No entanto, as partes não chegaram a um acordo.
Na oportunidade, o sindicato reafirmou a posição de que os professores só vão retornar às salas de aula 15 dias após receberem a segunda dose da vacina contra a Covid-19. A categoria é a favor de manter as aulas online até que todos os profissionais estejam imunizados com as duas doses da vacina contra o novo coronavírus.
Ainda conforme o sindicato, as aulas na rede municipal estão previstas para serem retomadas no dia 23 de setembro. Foi garantido na reunião com a gestão municipal que, até lá, todos os professores estarão imunizados com as duas doses da vacina. O que não foi afirmado durante a reunião com o governo do estado.
RETORNO: No dia 26 de julho, primeiro dia de retomada das aulas semipresenciais na rede estadual de ensino, escolas em Salvador registraram baixo movimento de professores. Neste primeiro momento, apenas as aulas do ensino médio foram retomadas no modelo híbrido (online e presencial).
O retorno foi programado para acontecer com as turmas divididas pela metade, dando seguimento ao protocolo de manter 50% da capacidade das salas de aula. Além disso, a escola deve aferir a temperatura de todos que entram na instituição, e o uso de máscara é obrigatório.
Apesar dos protocolos, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado da Bahia (APLB), 95% dos professores da rede estadual não compareceram às salas de aula, na segunda.
No dia 16 de junho, a APLB informou que 95,6% dos professores decidiram pelo retorno apenas após a imunização completa dos funcionários da Educação. A categoria afirmou que a pesquisa realizada pela entidade ouviu quase 17 mil profissionais. No dia 14 de julho, o presidente da APLB já tinha afirmado que a categoria não iria retornar às salas de aula neste mês.
Porém, o governador Rui Costa afirmou que os servidores que não cumprirem a carga horária definida será penalizado com a não remuneração, como qualquer trabalhador que falte ao posto de trabalho.
De acordo com o governo, apesar da baixa adesão, não há previsão para cancelamento das aulas semipresenciais.