Duas pessoas foram presas novamente durante uma operação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) que investiga um cartel de empresas que prestam serviços ao Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA).
Os dois são apontados como líder e gerente operacional do grupo criminoso que articulava o esquema fraudulento. Ambos foram detidos em fevereiro deste ano, soltos no mesmo mês, e agora foram presos por mandado de prisão preventiva.
As fraudes foram identificadas na prestação de serviços de estampamento de placas dos veículos. As prisões foram restabelecidas com base em uma nova denúncia do MP-BA. Nessa nova denúncia, eles são suspeitos dos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público apontou crimes há uma conjunto robusto de de provas, e a prisão foi determinada por causa do “risco iminente de dano irreparável à ordem econômica e à ordem pública”
A prisão da dupla foi determinada pela desembargadora Ivete Caldas do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA), atendendo a pedido do MP-BA, por meio do Gaeco.
A operação foi iniciada em 10 de fevereiro deste ano, contra empresários que prestam serviços ao Detran-BA. Na época, a Cartel Forte cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em Salvador e Lauro de Freitas, cidade da região metropolitana,
Os empresários atuam no ramo de estampamento de placas de veículos e teriam se unido para formar um cartel, fazendo uso de várias empresas em nomes de laranjas e familiares. Ainda de acordo com o MP-BA, eles mantinham o esquema criminoso há mais de 30 anos.
As investigações apontaram que os membros da organização costumavam cobrar uma quantia considerável a empresários que queriam credenciar as suas empresas no ramo de estampamento. Eles também alteravam no sistema a escolha feita pelo consumidor na hora da compra, a fim de direcioná-lo para as participantes do esquema.
O MP-BA afirmou na época que não era possível calcular o valor exato do prejuízo à população, já que a concorrência nesse tipo de crime praticamente veta a concorrência, e o preço para o estampamento de placas acaba sendo tabelado pelo grupo criminoso.
G1 Bahia Foto MPBA