O “alimento milagroso” da vez é a Moringa oleifera, uma planta de pequeno porte que, apesar da origem asiática, passou a ser mais difundida entre os brasileiros recentemente. Conforme anúncios e rótulos da planta, vendida pela internet e em mercados públicos, 100 g de sua folha desidratada contêm 18 vezes mais potássio do que bananas, 17 vezes mais cálcio do que leite, 25 vezes mais ferro do que espinafre e quatro vezes mais proteína do que ovos, entre outros benefícios. Por isso, atribuíram a ela o título de “árvore da vida”.
A nutricionista Renata Rodrigues Oliveira confirma que diferentes partes da planta “contêm um perfil importante de minerais, além de serem fontes de proteína, vitaminas, betacaroteno, aminoácidos e vários compostos fenólicos, que são poderosos antioxidantes”. Porém, segundo ela, estudos mostram que existe uma dose limite (70 g/dia).
Pode-se consumir tudo da planta, garante a nutricionista, doutora em biologia celular e docente da Newton Paiva Priscila Teles de Tolêdo Bernardes. “O mais utilizado são as folhas, em forma de saladas e sopas, mas alguns lugares secam essas partes para fazer temperos e condimentos. As sementes podem ser ingeridas torradas, como petisco. As flores são mais usadas para chás, e o fruto, que é bem pequeno e parece uma ervilha, pode ser ingerido cru ou cozido”, explica.
Pelo fato de a moringa se adaptar bem a diferentes climas e ser de fácil cultivo, Priscila acredita que a planta esteja sendo cada vez mais recomendada. “Ela cresce em solo árido, clima úmido e quente e pode ser cultivada até dentro de casa”, diz. No Mercado Central, em Belo Horizonte, o pacote com a folha desidratada é vendido a R$ 6.
No entanto, as nutricionistas ressaltam que é preciso cuidado, pois ainda são poucos os estudos científicos acerca das contraindicações. “Li um artigo que mostrava que uma colher de sopa de moringa tinha mais ou menos 40% do cálcio necessário para consumo diário. Sabemos sobre as propriedades, mas ainda tem poucas pesquisas. Não recomendo o consumo excessivo. No máximo uma xícara do chá por dia. Consumir as folhas na salada, mas, no máximo, duas vezes ao dia, porque ainda não sabemos de todos efeitos que ela pode gerar no organismo”, alerta Priscila.
Renata ressalta que, “sem que a moringa esteja inserida no contexto de uma alimentação saudável, não há efeito algum”. “Não faz milagre. É saudável? Sim. Mas indispensável? Não! É um modismo como qualquer outro, que não trará benefícios se for usado como ‘alimento milagroso’ e fazendo parte de uma dieta desequilibrada nutricionalmente”, afirma.
Uso. A moringa é muito utilizada na Índia, em comunidades carentes, para combater a desnutrição
Não existe consenso sobre emagrecimento
Estudos em camundongos e ratos, segundo a nutricionista Priscila Teles de Tolêdo Bernardes, conseguiram comprovar o efeito hipotensivo da moringa, ou seja, que diminui a pressão arterial. Mas, em humanos, ainda precisam ser feitas mais investigações.
Quanto ao emagrecimento, os estudos são contraditórios e ainda não foram 100% aceitos pela ciência. “A moringa é anti-inflamatória, e a obesidade é uma doença inflamatória. Dois trabalhos mostram diminuição do colesterol em obesos. Além disso, ela não tem gordura, mas tem proteína, que é interessante para quem quer massa magra. E também é diurética, ajudando a eliminar o inchaço”, diz. Esses mesmos estudos, afirma a nutricionista, alertam para os riscos de perda de sono e para relatos de acidez no sangue.
Fonte: Por Litza Mattos/www.otempo.com.br
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Doenças que a moringa pode curar:
Muitos estudos têm provado que ela pode ser a solução para uma série de males, desde desnutrição até doenças degenerativas, incluindo o câncer. Acredita-se que ela seja efetiva contra vários tipos de câncer, como de ovário, intestino, fígado, pulmão e de pele.
Uma planta rica em proteínas, vitaminas e minerais, com quatro vezes mais betacaroteno que a cenoura, sete vezes mais vitamina C que a laranja e baixas calorias.
A planta milagrosa que cura 300 doenças, inclusive o câncer.