Gestantes e puérperas de Juazeiro resistem à vacinação contra a Covid-19

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Um levantamento feito pela Secretaria de Saúde (Sesau) de Juazeiro constatou que mulheres gestantes e no pós-parto oferecem resistência para tomar a vacina contra a Covid-19, como indicado no Plano Nacional de Imunização (PNI). A avaliação foi realizada pela equipe de Enfermagem do Hospital Materno Infantil, e vacinadores da  Rede Frio da Sesau.

A coordenadora de Enfermagem da Maternidade, Érica Góes, explica que a dificuldade em vacinar esse grupo começou quando o Ministério da Saúde suspendeu a vacinação com a vacina AstraZeneca em gestantes e puérperas, no mês de maio. “Quando a vacinação em gestantes foi suspensa, a gente percebeu que isso estimulou a resistência de algumas mulheres até mesmo com poucas informações sobre o assunto”, explica Érica.

Mesmo sem estudos científicos comprovados, os profissionais de saúde que atuam em maternidades apuraram que mulheres que já contraíram o coronavírus estão entrando em trabalho de parto prematuro, e alguns casos de óbito fetal foram associados a essa causa. “Não existem provas científicas, mas temos alguns relatos aqui mesmo na maternidade que atende mulheres de toda a Rede PEBA, que compõe 53 municípios da Bahia e de Pernambuco”, ressalta a enfermeira.

De acordo com o levantamento da Rede Municipal de Saúde, de janeiro ao dia 20 de julho deste ano, 239 mulheres com sintomas gripais deram à luz na unidade.

Vacinação

Os dados da vacinação contra a Covid-19 em Juazeiro mostram que 1.317 gestantes e puérperas foram vacinadas até o momento. A Secretaria de Saúde alerta grávidas e puérperas sobre a necessidade da vacina contra o coronavírus.

A vacina é a prevenção. É importante para evitar o parto prematuro e óbito dos fetos. Por isso, gestantes e puérperas devem buscar a vacinação, devem procurar as Unidades Básicas de Saúde ou postos de vacinação. A gestante que tomou a primeira dose da AstraZeneca, deve tomar a segunda dose no pós-parto, com até 45 dias do nascimento  bebê”, conclui a coordenadora de Enfermagem do Hospital Materno Infantil, Érica Góes.

Texto: Maria Lima -


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