Já o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto, afirmou que vários indícios sobre dos resultados do uso precoce da cloroquina têm sido enviados por gestores, pesquisadores e administradores de hospitais.
De acordo com Angotti, os indícios “estão divulgados em vários lugares na internet”, no entanto, ressaltou que não se pode afirmar de forma inequívoca que o uso específico da cloroquina reduziu o número de casos graves no país.
“O que nós temos em relação ao uso de tratamento precoce (da cloroquina) são vários indícios que têm sido enviados de serviços, gestores, pesquisadores e administradores de hospitais. Há indícios e eles têm falado acerca da redução da ocupação de leitos e isso tem chegado”, disse.
O secretário explicou que esses indícios ainda não se transformaram em publicações científicas e que precisam ser estudados. “O tempo para uma publicação científica, para se fazer um protocolo aprovado no comitê de ética em pesquisa, é um tempo um pouco maior. Mas relatórios administrativos de serviços hospitalares e planos de saúde têm chegado”, justificou.
Contraindicação
Na última quarta-feira (8/9), o coordenador do Centro de Contigência covid-19 de São Paulo, Paulo Menezes, reforçou que a Secretaria de de Saúde do estado contraindica o uso do medicamento em casos leves. “O Centro de Contigência e a Secretaria de Saúde do Estado têm sido muito claros em relação a isso. Nós temos notas técnicas, que contraindicam o uso de cloroquina em casos leves porque não há nenhuma evidência da eficácia desse medicamento e há risco de efeitos colaterais, que podem ser sérios”, disse.
Em maio, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) desaconselhou a prescrição de cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes leves de covid-19. Mesmo assim, no mesmo mês, o Ministério da Saúde incluiu os medicamentos no protocolo de tratamento de paciente com sintomas leves.
Braziliense/(foto: Presidência/Divulgação)