Regina Duarte teve 73,95% de mensagens críticas no Twitter

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A secretária especial da Cultura, Regina Duarte, foi citada em 129.374 tuítes de quarta (4), dia em que assumiu a pasta, a sexta (6). Desse total, 73,95% eram mensagens críticas à atriz, ante 11,74% de publicações de apoio e 14,31% neutras. Das mensagens contrárias a Regina, 54% foram feitas por perfis ligados à direita e 46%, à esquerda.


Dos 129,3 mil tuítes, 30.862 foram com as hashtags “#foraregina” e “#forareginaduarte”. As informações são de um levantamento de Fabio Malini, professor da Universidade Federal do Espírito Santo e especialista em big data.

Mônica Bergamo/Folha de S.Paulo

Em entrevista ao Fantástico, Regina Duarte sinalizou que não deve destinar atenção e verbas a grupos minoritários e disse que o dinheiro público deve ser utilizado “de acordo com algumas diretrizes”.

“Você não vai fazer filme para agradar a minoria com dinheiro público.”

Todos estão livres para se expressar, contanto que busquem seus patrocínios na sociedade civil”, disse a secretária especial da Cultura.

Na mesma entrevista, Regina disse que a Lei Rouanet precisa ser democratizada. “O bolo pode ser repartido em fatias mais equilibradas, mais justas, para todo fazedor de cultura, de arte.”

A atriz disse que não sente nenhum desconforto em relação ao fato de Bolsonaro ser saudosista ao período da ditadura militar no Brasil. “Eu estou vivendo a história do meu país do jeito que ela vem. Porque a história ela é… Ela anda.”

Os primeiros dias no cargo foram marcados por “enormes dificuldades”, segundo Regina, que afirmou que há uma facção que quer ocupar o seu lugar. “Quer que eu me demita, que eu me perca”, disse. “Já tem uma hashtag #ForaRegina. Eu nem comecei!”

Nesta primeira semana de gestão, a atriz exonerou nomes ligados à ala olavista do governo. “Exonerações são necessárias. Eu quero ter uma equipe na qual eu possa confiar”, disse.

Entre as exonerações oficializadas está a de Dante Mantovani, da Funarte, a Fundação Nacional de Artes, que é aluno do guru de Jair Bolsonaro, Olavo de Carvalho, membro da Cúpula Conservadora das Américas, e já fez declarações ligando o rock ao satanismo.

Uma possível futura demissão é a de Sérgio Camargo, da Fundação Palmares. Nas palavras da secretária, Camargo é “ativista, mais que um gestor público”. No entanto, ela diz que está “adiando esse problema”, para baixar a temperatura. “E logo, logo a gente vai ver.”

Folha de S.Paulo


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