Em meio à pandemia do novo coronavírus, pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) identificaram uma nova variante do vírus influenza, causador da gripe. Segundo a organização, o novo vírus tem potencial pandêmico, ou seja, se não for controlado pode se espalhar infectando pessoas em todo o mundo. O caso foi identificado em Ibiporã, no Paraná. O agente causador da doença foi o vírus influenza A (H1N2). A suspeita é que a paciente tenha contraído o vírus a partir de porcos, já que ela trabalha em um frigorífico. A mulher teve sintomas de gripe, já está bem e não precisou ser hospitalizada.
Segundo a virologista Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do IOC, o novo vírus não é motivo de preocupação. “As detecções de novas variantes do Influenza A ocorrem, ao longo dos anos, em diversos países. Não significa que isso vai se transformar em uma pandemia. No momento não há motivo de preocupação sobre essa nova infecção”, explica.
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De acordo com a OMS, 26 casos de infecção por vírus influenza A (H1N2) já foram detectados desde 2005. A pesquisadora do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC, Paola Cristina Resende explica que o antigo vírus sofreu mutações para conseguir ser transmitido de animais para humanos. “O vírus é novo porque apresentou configurações genéticas diferentes daquela H1N2 que nós já havíamos detectado no Sul do país. A detecção do vírus mostrou que a vigilância do país estava sensível para novas infeções. Essa descoberta serve para que a vigilância do país se mantenha alerta.”
Após a identificação, os pesquisadores avisaram o Ministério da Saúde, que notificou a Organização Mundial da Saúde (OMS), seguindo o regulamento sanitário internacional. Não há evidências de que mais alguém tenha sido infectado. As medidas de precaução para se proteger do vírus Influenza são as mesmas daquelas recomendadas contra o novo coronavírus: lavar as mãos, e não tocar no rosto, boca e nariz se não estiver com as mãos lavadas.
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