As queimadas no Pantanal neste ano atingiram a marca de 15.756 focos de incêndio, segundo monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Só em setembro, até o dia 16, foram registrados 5.603 pontos - maior taxa histórica para o mês desde 1998, quando o Inpe começou o monitoramento.
O maior número de setembro contabilizado até o momento foi em 2007, com 5.498. Agora, setembro de 2020 entrou para a história do bioma como o mês com mais queimadas no Pantanal.
Ainda neste ano, o Inpe também registrou a maior taxa já contabilizada de focos de incêndio no bioma com os 15.756 contabilizados. Até então, o ano com mais queimadas no Pantanal era 2005, com 12.536 pontos de queimadas.
Quando comparado com o mesmo período no ano passado, 2020 teve um aumento de 208% em relação de janeiro a 16 de setembro de 2019, que teve 5.109 focos. Já nos primeiros 16 dias de setembro em 2019, o total registrado era de 1.944 focos de incêndio. Quando comparado com o mesmo período neste ano, o aumento é de 188%.
Área queimada já supera o tamanho de estados brasileiros
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso, já foram devastados 1.732.000 hectares do Pantanal no estado. Já no último balanço do Mato Grosso do Sul, em 4 de setembro, a área atingida foi de 1.110.000. No total, são 2.842.000 hectares do bioma queimados.
Esse número corresponde a 18,66% do Pantanal que, segundo o IBGE, ocupa 15.169.200 hectares - ou seja, 1,78% do território nacional.
Essa área corresponde a área de estados como do Sergipe (2.191.000) ou de Alagoas (2.776.800).
Quando comparado com cidades, essa área poderia ser ocupada por 18 vezes a cidade de São Paulo, ou 22 vezes a do Rio de Janeiro ou 57 a de Porto Alegre. No total, o campo devastado corresponde a mais de 3 milhões de estádios do Maracanã.
CNN