Uma reeducanda da Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR), no Engenho do Meio, trabalha na área de costura produzindo lençóis, com material fornecido pela Narciso Enxovais. Ana Maria Wanderley dos Santos Costa, 47 anos, está há três anos e três meses na CPFR onde aprendeu a confeccionar e atualmente é uma das costureiras mais ágeis e habilidosas da unidade produzindo até 600 peças por dia.
Enquanto cumpre pena no regime fechado longe dos seus três filhos e dois netos, ela se ocupa com a produção dos lençóis e em meio aos tecidos tem a certeza da sua maior paixão: a costura. “Eu aprendi a costurar aqui, não sabia nada, mas fui aprendendo e tomando gosto, hoje é minha maior paixão. Quando eu sair, quero continuar trabalhando nessa área”, contou a reeducanda, que tem direito à remição de pena na proporção de um dia a menos a cada três trabalhados.
O setor de produção de lençóis da CPFR é composto por 35 detentas que se dividem nas áreas de corte, costura e embalagem. Outras dez mulheres estão em fase de teste e participam do curso de costura ministrado pela empresa. “Quando as reeducandas saírem daqui [da CPFR] terão a oportunidade de serem contratadas na fábrica da Narciso. É uma prática que promove a ressocialização pelo trabalho”, afirmou a supervisora geral da fábrica, Rafaela Feitoza.
Fotos: Ray Evllyn/SJDH