Gilberto Gil foi eleito imortal da Academia Brasileira de Letras na última quinta-feira (11), e em entrevista exclusiva contou o que muda com a eleição, como encara a fé, como se sente ao voltar a fazer shows, na Europa, e a relação com os filhos e netos que também entraram na música. Veja na reportagem acima.
A eleição ocorreu a poucos dias do dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Gil tratou da questão racial:
"Quando a Academia me acolhe, acolhe aquele que ela sabe quem é. O apreço que eu tenho pela formação negro-mestiça da sociedade brasileira. Os problemas relativos a isso e a necessidade de posicionamento em relação a esses problemas, que tem sido uma constante na minha vida."
É também expectativa minha, como é de todo mundo, a sociedade toda em relação à Academia, que ela também se porte cada vez mais na direção disso, né? Na defesa da democracia, defesa da pluralidade, na defesa da diversidade, na defesa do respeito entre as várias camadas de formação da sociedade. Eu acho que a sociedade brasileira espera da Academia cada vez mais esse tipo de compromisso.Aos 79 anos, Gil voltou a fazer shows e se apresentou na Europa com filhos e netos. A apresentadora do Fantástico, Poliana Abritta, assistiu a um dos shows em Portugal, e perguntou sobre o retorno dele aos palcos:
Medo de não estar no palco de novo, propriamente, eu não tinha. Mas tinha um certo receio de não estar plenamente preparado para estar no palco, fisicamente, especialmente. A pandemia foi um momento de muito desgaste do ponto de vista físico e psíquico para todos nós, para todo mundo.Foto: Reprodução/Fantástico