A obesidade na infância é uma realidade crescente e que assusta. O consumo excessivo de alimentos industrializados, a ausência de atividade física e as longas horas frente às telas de celular, televisão, tablet e/ou notebook são hábitos reais e que potencializam o cenário de obesidade entre crianças. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a previsão é que, em 2025, haja 75 milhões de crianças obesas no mundo.
A coordenadora do curso de Educação Física, da UNINASSAU Petrolina, Karla Melo, destaca que as brincadeiras são ótimas formas para se movimentar de forma prazerosa. “Toda criança precisa brincar e existem diversos tipos de brincadeiras que ajudam a desenvolver a questão motora, bem como cognitiva, e ainda garantem a diversão dos pequenos. A atividade física precisa ser divertida e não pode ser associada a algo obrigatório ou punitivo”, diz.
A coordenadora ainda acrescenta que a relação constante com os aparelhos eletrônicos influencia no aumento dos casos de obesidade e sedentarismo. “Quanto mais exposto ao mundo virtual, menos movimento corporal. É preciso inserir na rotina diária brincadeiras. Outra dica é identificar um esporte que gera empatia na criança para que ela possa desenvolver”, acrescenta Karla.
Outro grande malefício é o excesso de consumo de produtos industrializados que são ricos em gordura e açúcar. O coordenador do curso de Nutrição da UNINASSAU Petrolina, Rafael Pinheiro, afirma que é necessária a mudança de hábitos alimentares. “O papel do pais nesse processo é de grande importância, pois precisam ser modelos. Limitar o consumo de alimentos ricos em gordura e açúcar, aumentar a ingestão de frutas, verduras e sucos, por exemplo, são atitudes essenciais para reduzir o nível de obesidade e/ou evitar a doença”.
Rafael alerta que uma das consequências da obesidade infantil é o surgimento precoce de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. “Uma criança obesa tende a ser um jovem/adulto obeso, então a probabilidade de desenvolver doenças crônicas é maior, o que acaba afetando na expectativa e na qualidade de vida”, ressalta.
É preciso ter atenção na condução do processo de limitar certos alimentos, estimular outros e aumentar o gasto de energia para que não haja efeitos contrários, como os casos de transtornos alimentares. De acordo com a OMS, é considerado obesidade quando o Índice de Massa Corporal (IMC) está acima de trinta. O IMC resulta do cálculo que considera peso, altura e idade do indivíduo.
Marcia Gabriella Dantas de Moura