Com planos para garantir mais cidadania à população T, Petrolina dá um importante passo de igualdade e será o primeiro município pernambucano a fazer um mapeamento da população transexual, travesti e transgênero da cidade. A iniciativa pioneira da prefeitura faz alusão ao ‘Dia da Visibilidade Trans’, comemorado nesta sexta-feira (29). A data visa promover reflexões sobre a cidadania das pessoas travestis, transexuais (homens e mulheres trans) e não-binárias (que não se reconhecem nem como homens nem como mulheres).
A secretária executiva de Juventude, Direitos Humanos, Mulher e Acessibilidade, Bruna Ruana, lembra que o mapeamento tem início nesta sexta e segue até o início de março. Segundo ela, a ideia é que o município possa utilizar esses dados na implementação de políticas públicas efetivas voltadas a este público.
“Vamos desenvolver aqui na nossa cidade uma série de atividades em busca de visibilidade positiva para a população trans. Nos últimos anos, houve um avanço para a visibilidade e consequente reconhecimento do direito à existência das pessoas trans enquanto cidadãs, mas ainda há muito a ser feito. É um preconceito que não só fere a dignidade dessas pessoas como provoca uma reação em cadeia como evasão escolar, desemprego e violência”, reforça.
Violência - segundo relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), pelo menos 124 pessoas transgênero, entre homens e mulheres transexuais, transmasculinos e travestis, foram assassinadas no Brasil em 2019, em contextos de transfobia.
O mapeamento será feito por meio de busca ativa pela cidade, preenchimento de formulário on-line no site da prefeitura ou presencialmente na Secretaria Executiva de Juventude, Direitos Humanos, Mulher e Acessibilidade que fica na Avenida Gilberto Freire, S/N, Vila Mocó, Petrolina. O preenchimento do formulário presencial deve ser agendado previamente pelo telefone: 3862-1508, das 8h às 13h. O link para cadastro é o: https://forms.gle/dxMEm4V29nyLKzEf9
Magnólia Costa/Foto: arquivo/PMP