A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, por meio da Executiva de Ressocialização (Seres), em conjunto com a Escola Estadual Bento XVI – localizada dentro da unidade prisional – está retomando neste ‘novo normal’ o Projeto Música na Escola, porém com novidade, ou melhor, com repertório musical e apresentação.
As pessoas privadas de liberdade (PPLs) que participavam das aulas de música desde 2019, e outras que aderiram ao grupo, fazem parte do coral formado por dez integrantes, sendo dois instrutores e oito alunos. O repertório do coral, cujas atividades foram iniciadas em 15 de agosto deste ano, vai de canções religiosas ao frevo pernambucano, ao som do violão. Sua primeira apresentação ocorreu na semana passada para a equipe da Caravana Seres. “A cultura, seja através da arte, música, folclore, se apresenta como um agente transformador da sociedade e no ambiente prisional não é diferente”, destacou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.
O maestro Givanildo Barros da Silva, 40 anos, há quatro na PDEG, diz se sentir orgulhoso pelo convite para dá andamento ao coral. “O coral agregou mais alunos da escola, eles sentem que estão sendo acolhidos mesmo aqui [penitenciária], a música traz o acalanto de que eles necessitam, pois muitos são abandonados pela família. Fico satisfeito por participar deste acolhimento do recluso, pois ajuda na ressocialização”, afirmou Barros.
Há seis anos na penitenciária, o aluno do coral e cordelista Valdeir Brito, 45 anos, vê sua colaboração no grupo como “uma forma de mostrar às pessoas que nada acabou”. Quanto a sua habilidade para a poesia, conta: “Aprendi a fazer cordel desde criança e ali fui me inspirando em Deus e nos poetas de Itapetim [município pernambucano]. As professoras da escola também me inspiraram muito”.
Imagens: Divulgação/Seres