Um governante precisa ser
cobrado por suas atitudes.
Presidente Bolsonaro demonstra
muito mais incompetência do que
supostos acertos em sua
gestão como presidente.
A análise feita pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (Cedeplar), mostra, de forma cabal, que o governo Bolsonaro falhou em todas as frentes no enfrentamento ao novo coronavírus.
Não promoveu a conscientização e o comprometimento da população para enfrentar a doença, não implementou nem endossou medidas de distanciamento social, deixando as deliberações a critério de estados e municípios e, pior, atrapalhou governadores e prefeitos.
No plano social, a introdução da renda emergencial básica não foi acompanhada por iniciativas para a redução de custos das famílias, como descontos ou adiamento de pagamentos de serviços essenciais, subsídios para bens essenciais, como alimentação e moradia.
Outro erro amazônico do governo foi colocar como prioridade a economia em vez de salvar vidas. O obscurantismo levou o país e Bolsonaro merecerem a inclusão na chamada Aliança da Avestruz, que junto com os líderes de Belarus, do Turcomenistão e da Nicarágua formam o quarteto que se nega a admitir a realidade.
A troca de ministros da Saúde é outro fator que mostra que Bolsonaro perdeu a bússola moral, se é que teve alguma. O atual, pasmem, é general paraquedista!!!
Em sua última entrevista, mostrou que não leva muita fé no seu receituário médico técnico ao afirmar. “Rezamos para que o impacto seja menor, mas virá algum grau de impacto”.
Para o jornalista Josias Souza, “Deus não poderia ter encomendado a Bolsonaro um ministro mais apropriado para a pasta da Saúde. Quando o general recomenda e reza aos brasileiros submetidos a um inferno pandêmico, até os ateus vão acabar acreditando em Deus. Está difícil acreditar em qualquer coisa”.
E os nossos vizinhos, como estão enfrentando a pandemia?
Na Argentina, a intervenção segura e organizada, resultou em um número baixo de infectados e mortos. Após 50 dias de isolamento social imposto a todos, com altíssima adesão popular, a Argentina iniciou uma lenta e controlada flexibilização. Lá, não houve o falso dilema de discutir entre a economia e a saúde.
O Uruguai, igualmente, tem conseguido controlar o Covid-19. No Paraguai, os casos importados do Brasil, são um dos principais focos de contágio. Assim, nossos vizinhos vão enfrentando a pandemia, aliados em torno de um objetivo comum, para superar esta crise da melhor maneira possível.
No Brasil, o único conforto que os mais de 20 mil que já morreram receberam foi o “luto oficial de três dias” dos poderes Judiciário, Legislativo e de Executivos estaduais que, a rigor, tentam cumprir razoavelmente seu papel.
Do Executivo Federal, que fracassou miseravelmente na sua obrigação moral de preparar a estrutura de saúde do país para a pandemia, não receberam sequer uma bandeira nacional a meio pau! E daí????
“Desde sua posse Bolsonaro é assessorado por um grupo ideológico que nunca escondeu seu sectarismo, medievalismo e ódio. Nada mais perigoso do que a ignorância sincera. O país está cansado de sucessivas truculências e imprudências, atitudes alopradas e irresponsáveis, criminosas mesmo. Enfim, o presidente foi construindo seu próprio isolamento”.