A morte, covarde e sorrateira, subiu à escada para descer impiedosa depois de ceifar uma vida. Após o vídeo do assassinato do médico Júlio Cesar de Queiroz Teixeira, circular nas redes sociais do país, causando muita comoção e indignação, se faz necessário uma discussão em torno da aprovação de uma lei para tornar o crime de mando como de natureza hedionda.
Enquanto este tipo de crime for a solução para resolver aparentes discórdias, os covardes, escondidos no anonimato das suas frustações, usarão tal método para saciar os seus desejos de vinganças.
A vida não pode ser refém de um reles matador de aluguel, que recebe qualquer quantia em pagamento para satisfazer os desejos de quem o contratou. Por isso, e por ser um crime tão ambientado em nosso meio social, devemos lutar para que ele se torne, enfatizo, crime hediondo, sem comutação de pena para ambos os criminosos, contratantes econtratados.
A morte do primo Júlio Cesar trará sérias implicações ao futuro dos seus filhos, agora órfãos de um pai que eles tanto amavam, para a sua esposa que presenciou o terrível crime, sendo para toda a sua família, dos mais próximos aos mais distantes na escala genealógica, um momento de dilacerada dor e constante vazio existencial que nada pode justificar. A justiça é o que de menos esperamos para com os assassinos; que eles paguem com o encarceramento da pena máxima pela execução deste vil e covarde ato.
"O tempo passa rápido. Não deixa rastro, porque voa." Esta frase está no meu livro "Poeta por inteiro”, escrita para escalar outra situação do meu cotidiano, mas hoje a insiro neste texto para reforçar este triste momento em que passamos. Não queremos que o resultado deste caso se transforme numa encenação policial esca, num fato esquecido pela justiça, sem a devida solução, porque o tempo voa muito rápido e as conveniências podem apagar os rastros que levem-nos a conhecer a cara estúpida de quem pagou pela morte do nosso querido Júlio Cesar.
Confiamos cegamente na Justiça Divina, ao tempo em que daremos crédito à justiça dos homens até a hora em que ela se fizer por merecer, porque neste caso, da Justiça, desejamos tudo, menos a covardia.
Osanah Setúval-Jornalista/Foto: Divulgação