Continua repercutindo na região do vale, os gastos do deputado TUM (R$ 489 mil) com a divulgação do seu mandato às cuatas do dinheiro público, com o aval da Assembléia Legislativa da Bahia.
Enquanto o deputado Wallison Torres TUM lidera o ranking de gastos com publicidade, prefeito de Casa Nova, seu irmão Wilker Torres, não honra contratos com veículos da imprensa regional.
Nesta quinta-feira (28), o PCN repercutiu matéria do site Bahia Notícias, de Salvador, sobre os gastos do Deputado Estadual Tum (PSC), irmão do prefeito de Casa Nova, Wilker Torres com divulgação do seu mandato.
Segundo o site, Tum, que está na sua primeira legislatura, reembolsou R$ 489 mil, entre fevereiro de 2019 a maio de 2020, através de verba indenizatória da Assembleia Legislativa da Bahia. A maior parte dos pagamentos foram destinados para empresas que produzem material gráfico, outdoors e impressões, de acordo com a reportagem.
Liderando o ranking de deputados que mais investiram em divulgação dos mandatos nesta legislaturas, Tum usou o fundo abastecido pelos cofres públicos, que garantem aos deputados R$ 155 mil por mês para custear despesas com o exercício da profissão.
A reportagem destacou ainda que o deputado casanovense “dificilmente é visto no plenário da Assembleia Legislativa” e “ainda não aprovou qualquer projeto de lei na ALBA.
Enquanto o irmão do gestor de Casa Nova reembolsou quase 500 mil reais, em um ano e três meses, sendo a maior parte com publicidade do seu mandato, Wilker Torres deixou de pagar aos principais veículos de comunicação da região, como blogs, rádios e jornais, desde meados de 2018, pelo serviço de divulgação das ações da gestão municipal.
Os veículos foram contratados pela agência Gênesis, de Salvador, que ganhou a licitação e assumiu a comunicação da prefeitura, em junho de 2017, para prestar serviços na área de gestão de imagem, publicidade das ações e criação de marcas e conteúdos.
Por certo tempo de contrato, a agência Gênesis honrou os pagamentos dos veículos de comunicação, mas a partir de janeiro de 2018, passou a atrasar ou até mesmo a não efetuar os valores contratados, alegando inadimplência da prefeitura.
Sem cumprir o cronograma de pagamento com a Gênesis, que fazia o repasse para os veículos de comunicação, a gestão municipal deu o calote na imprensa regional, e desde o período de 2018 até julho de 2019, mesmo fazendo as empresas emitirem notas ficais e arcarem com os impostos, deixou de cumprir os contratos, numa demonstração de total desrespeito e desdém com o trabalho dos profissionais que mantém, a duras penas, os seus veículos. Foi aí, em julho de 2019, que a empresa Gênesis encerrou o contrato com a prefeitura, deixando pendências de meses anteriores com os profissionais de imprensa.
Segundo informações obtidas pelo PNB, Wilker Torres fazia distinção entre os veículos, e chegou a “selecionar” uma ou outra empresa de comunicação, de acordo com seu interesse particular, para efetuar os pagamentos, deixando de pagar a grande maioria dos veículos.
O PCN está entre os mais de dez veículos que prestaram serviço à prefeitura de Casa de Nova, inclusive com exibição de vídeos e releases, vítimas do calote dado pela gestão municipal. Mesmo apresentando todas as notas fiscais, pagando os impostos e cumprindo religiosamente com suas obrigações de publicizar as ações da prefeitura, ficou sem receber pela prestação do serviço.
Como o PCN, outros veículos, para não ficarem ainda mais no prejuízo, deixaram de emitir as notas fiscais, mesmo depois de prestarem o serviço, pois o gestor sequer dava uma previsão de pagamento, ou qualquer satisfação, como fazem os “bons devedores”.
Procurado, o proprietário da Agência Gênesis não quis dar detalhes sobre o assunto, informando apenas que a dívida da prefeitura de Casa Nova com a empresa gira em torno de 300 mil, considerando todos os serviços prestados com publicidade, produção de peças, contratação de empresas parceiras, inclusive com os veículos regionais. O proprietário informou que irá acionar judicialmente a prefeitura de Casa Nova para que esta resolva a pendência financeira e assim, a agência possa pagar o débito com os veículos de comunicação e outras empresas contratadas.
Fonte do texto: Preto no Branco/Foto: Divulgação