A partir das formações continuadas, do qual Casa Nova faz parte, do Plano de Formação Continuada Territorial, promovidas pelas Secretaria de Educação do Estado da Bahia, através do Instituo Anísio Teixeira, em regime de colaboração, começou a se discutir ações e projetos pedagógicos capazes de promover o entendimento do território como um espaço educador, explorando sua identidade e potencialidades.
Sob essas perspectiva Casa Nova, por sua mudança geográfica, história, geografia e diversidade de atividades econômicas, se torna um rico espaço para pesquisas e suporte às aprendizagens de mais de 13 mil estudantes das redes municipal e estadual.
Josimar Amorim, educador técnico pedagógico, participa desde o início, em 2019, na construção dessa política de formação atuando como mediador na perspectiva de colocá-los em prática, em parceria com as duplas gestoras e educadores da rede municipal. Entusiasta da educação como espaço de conhecimento sobre o território, que fortalece a identidade, o respeito e o conhecimento do estudante por seu território, sua vizinhança, suas riquezas e potencialidades, Josimar conta que “embora na cidade não haja escolas de tempo integral, estamos promovendo uma educação que considera a integralidade, como espaço de conhecimento. Ao conhecer o território, se dá a possibilidade de interferência” – explica.
“Entender cada “sujeito” educacional (professor, aluno, membros da dupla gestora ou da equipe técnica), como parte fundamental do território com o qual se relaciona histórica, geográfica, econômica e socialmente. Na formação, vemos o território como potencial a ser trabalhado na perspectiva pedagógica de projetos, ” - justifica e completa:
“Com o incentivo da Secretaria Municipal de Educação, surgiu o projeto "Casa Nova, Uma Terra de Riquezas". A ideia inicial seria comemorar o aniversário de 142 anos da cidade, mas cresceu, com a participação e o envolvimento de todas as escolas, estudantes, pais e comunidade”.
Nadja Valéria Dias, coordenadora pedagógica na Escola Municipal Alano Viana de Araújo, aponta para o “avizinhamento” como principal contribuição da formação para as questões de território e identidade. “Cada um coloca a sua história, o seu ser, o que sua comunidade traz, o que é cultura, o que é comum, qual a prática pedagógica que é desenvolvida. É a maior contribuição da formação, uma vez que a educação precisa dessa troca de experiências. Os alunos podem assim refletir sobre o território, história, cultura, fauna, flora, economia, seja na cidade ou campo. Assim fomentamos o respeito a si e ao outro e valorizamos a diversidade dos indivíduos dos diversos grupos sociais, aproveitando o que há de melhor em cada localidade e a riqueza do que cada aluno traz consigo.”
Todas as escolas do município participaram do projeto com produções dos discentes, que posteriormente foram apresentadas em uma live, no dia 21 de junho, um dia após a data em que se comemora o aniversário da cidade.
A formação continuada em Casa Nova, atende e integra as comunidades mais distantes, chegando a 120km da cidade sede. Josimar Amorim finaliza: Acreditamos que a formação pode melhorar nossa relação, nossas aprendizagens e nosso desempenho, apontando nosso avanço no IDEB, por isso nosso esforço” .
Por Manoel Leão com informação da ASCOM