Bancários do Banco do Bradesco de Juazeiro realizam hoje (24), tuitaço contra as demissões no Banco Bradesco. Os trabalhadores devem utilizar e divulgar as hashtags #QueVergonhaBradesco e #QuemLucraNãoDemite nos seus perfis nas redes sociais, preferencialmente no Twitter.
A ação faz parte da campanha organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, com o apoio do Sindicato, e visa denunciar a quebra do compromisso assumido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), feito em mesa de negociação com o Comando Nacional Bancário, de não realizar demissões durante a pandemia.
Só o Bradesco já demitiu este ano mais de 1.200 trabalhadores, de acordo com cálculos da COE Bradesco. Isso no mesmo período em que obteve Lucro Líquido Recorrente de R$ 12,657 bilhões nos primeiros nove meses de 2020.
Ao todo, os bancos já demitiram no Brasil mais de 12 mil trabalhadores este ano, de acordo com do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. É um claro descumprimento ao acordo firmado em março. Divulgue ao máximo este protesto, fale para seus amigos e familiares ajudarem a denunciar os bancos que tiveram grandes lucros este ano e não cumprem o acordo com os bancários de não demitir durante a pandemia.
O Presidente do Sindicato dos Bancários Juazeiro e Região, Maribaldes da Purificação, ressalta que os bancos são um dos únicos setores que mantêm lucros bilionários enquanto praticamente todo o Brasil sofre prejuízos. “Não há justificativa para o sistema financeiro demitir ou afastar pessoas do seu quadro, pessoas que estão contribuindo, fazendo o seu papel, mesmo que em home office, sobretudo trabalhadores com estabilidade, gestantes e em tratamento de saúde. Não podemos aceitar que neste momento de pandemia o Bradesco ou qualquer outro banco descumpra o acordo feito há alguns meses com os trabalhadores de não demissão. Se você não é bancário, participe também do tuitaço. Ajude a fortalecer a luta em defesa do emprego”, frisou.
Ascom