O cuidado com a mente também é fundamental para manter uma boa saúde. Ao primeiro sinal de sofrimento de uma pessoa é preciso buscar ajuda imediatamente. Em Juazeiro, são oferecidos serviços gratuitos voltados para atendimentos à saúde mental através da Secretaria de Saúde (Sesau).
Muitas vezes, os pedidos de ajuda acabam sendo banalizados e essa falta de atenção pode levar uma pessoa que está em sofrimento mental ao suicídio. "Identificar os sinais de sofrimento é importante e pode, inclusive, prevenir o suicídio. É preciso buscar a rede de proteção, seja família, amigos ou o serviço especializado", explicou a diretora de Saúde Mental da Sesau, Ana Ires Almeida.
Quem precisa de serviço de acolhimento voltado para a saúde mental em Juazeiro pode ir às Unidades Básicas de Saúde do seu território ou ao serviço mais especializado como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). O município dispõe de três unidades, cada uma com uma especialidade. O CAPS II cuida das pessoas adultas que estão passando por sofrimento, com transtorno mental de moderado a grave; o CAPS Infanto-Juvenil atende criança e adolescente até 17 anos que estejam passando por sofrimento ou que façam uso de substâncias de modo abusivo; e CAPS AD cuida de pessoas que fazem uso de substâncias de modo abusivo. Os CAPS funcionam de 7h às 17h e são porta aberta.
"Além disso, a gente tem o Ambulatório de Saúde Mental, que não é um serviço porta aberta, mas são encaminhamentos dos CAPS de casos não graves. A UPA e o SAMU são serviços para os casos mais urgentes e fazem parte da rede de serviço psicossocial", explicou a diretora de Saúde Mental da Sesau.
Como identificar
Segundo Ana Ires Almeida, as pessoas com a saúde mental fragilizada geralmente demonstram estarem sofrendo e sinalizam esse sofrimento. Muitas vezes podem apresentar insônia e têm pensamentos ruins recorrentes. "São pensamentos que elas não conseguem evitar. Às vezes, o pedido de ajuda é velado, mas essa tristeza e a recorrência em falar desses pensamentos ruins é um sinalizador", disse.
O preconceito das pessoas em relação ao cuidado com a saúde mental acaba levando, em muitos casos, à banalização do cuidado com a própria saúde mental. "A gente cuida do corpo e procura a unidade de saúde. Mas se não está bem, psicologicamente, dificilmente não tem a mesma preocupação. Não há essa consciência. É preciso cuidar da saúde física e da saúde mental", destacou.