Benjamim Franklin
Um gigante como o Brasil pode estar à beira de um colapso econômico com consequências, quem sabe, até irreversíveis ou talvez sanadas em longo prazo, penalizando como sempre os menos favorecidos, a pobreza absoluta de muitos, e o estado de miséria de quem já estava sobrevivendo de benefícios sociais, por causa da pandemia, e hoje não sabe mais o que fazer diante da calamidade econômica prevista para o país, caso o governo federal não se curve à realidade e busque alternativas viáveis para a geração de emprego e renda, e se volte para os mais pobres de maneira real e não fantasiosa e eleitoreira.
Consequências desse colapso seria para um futuro bem próximo, em ano eleitoral e já com foco na reeleição em 2022, e para um novo governante do país, o grande desafio de tentar colocar nos trilhos um país endividado, com sérios problemas na Saúde, na Educação, e na Economia, esta última em estado de alerta, segundo muitos economistas, já prevendo os calotes que o atual governo pensa que pode dar como é o caso dos precatórios, dívidas da União, para cobrir custos com o programa substituto do Bolsa Família, o Auxílio Brasil, no valor de R$ 400,00 que o governo pretende pagar às vésperas da eleição de 2022.
Não bastasse isso, ainda tem a pandemia no país, que insiste em desafiar os planos de Bolsonaro para a retomada da economia sem grandes prejuízos. Só que o país continua entregue aos desmandos políticos e administrativos de seu presidente, acuado e politicamente desprestigiado diante do indiciamento pelos crimes na gestão da pandemia no país, crimes que constam em relatório da CPI da COVID apresentado nos últimos dias para conhecimento público, e que gerou controvérsias e polêmicas entre os indiciados, a classe política e a opinião pública.
O desastre econômico, prestes a ser deflagrado no país, já tem dado manifestações de seu poder destrutivo nos índices de desenvolvimento em praticamente todas as áreas importantes para o Brasil, à educação é um exemplo disso, afetando a população faminta e sem direito à educação básica, porque para os mais pobres e desassistidos, em casa onde é preciso escolher entre trabalhar e estudar, muitos pais preferem que os filhos, mesmo em idade escolar, trabalhem com eles ou sozinhos nas ruas, para garantir ao menos o que comer todos os dias.
Sabemos que esse “retrato” do Brasil não é novo, infelizmente não é, esse retrato é apenas a repetição ampliada de maneira massacrante e politicamente cruel, gerada por uma gestão que está usando a pobreza absoluta da maioria dos brasileiros com fins eleitoreiros escancarados dentro e fora da República para que todos vejam.
Mas quem “tem fome, tem pressa” e não consegue ver o quanto está sendo usado, explorado politicamente, e o gigante barco chamado Brasil pode afundar bem antes de começar a navegar... E depois vão dizer que a culpa é dos pobres!
Por Paulo Carvalho