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Carnaval 2020: nutricionista dá dicas de alimentação para curtir a folia e se manter saudável

Carnaval 2020 nutricionista dá dicas de alimentação para curtir a folia e se manter saudável

“Já pintou verão, calor no coração, a festa vai começar! Salvador se agita, numa só alegria, eternos Dodô e Osmar!”...nesta semana começa a maior festa popular do mundo e os dias de folia são marcados por diversão, blocos de rua, fantasias das mais variadas, brincadeiras e muita disposição. Para aproveitar o melhor desse momento especial é preciso ter alguns cuidados com o corpo e principalmente com a alimentação.Cuidar da saúde e do corpo é essencial durante todo o ano, mas, no período de carnaval, se torna ainda mais importante. Nessa época, as pessoas passam mais tempo na rua, gastam muita energia, ficam expostos ao sol e, na maioria das vezes, não se alimentam nos horários corretos.

Por isso, é importante seguir algumas dicas para se cuidar sem perder os dias de folia. "Durante a folia, não podemos esquecer de ingerir líquidos. É fundamental para que o corpo aguente brincar sob sol. Portanto, beba muita água para repor os minerais perdidos na folia", indica Gabriel Pacheco, nutricionista da Rede Alpha Fitness. O nutricionista separou ainda outras dicas para cuidar do corpo sem perder os dias de folia. Para quem gosta de tomar uma cervejinha no carnaval, é fundamental intercalar o consumo com a água. A bebida alcoólica desidrata o corpo.

As frutas possuem vitaminas e minerais que auxiliam em diversas funções do organismo, dentre elas no processo de desintoxicação. Alimentos como a couve, o brócolis, a rúcula e o agriãoauxiliamno funcionamento do fígado. Portanto, são excelentes na luta contra a ressaca. Evitar longos períodos em jejum é importante! O ideal é fazer três refeições principais (café da manhã, almoço e jantar) e pequenos lanches nos intervalos. “Coma alimentos que te forneçam energia. Assim você manterá o pique total no carnaval! Aposte nos cereais, arroz e massa, mas dê preferência a versão integral destes alimentos”, comenta Gabriel.É importante ficar atento às condições de higiene dos locais na rua. Os alimentos devem estar conservados adequadamente e os manipuladores devem estar com aparência, uniforme e mãos limpos.  Cuidado ao consumir frutos do mar e alimentos vendidos na praia.Por conta do calor, estes alimentos estragam facilmente e nem sempre estão mantidos em temperaturas corretas.

O especialista alerta ainda para evitar alimentos muito gordurosos e frituras, pois eles são mais difíceis de serem digeridos. Prefira preparações assadas, grelhadas ou cozidas.“Não é bom comer nada muito pesado, como sarapatel ou feijoada. Quando for comer nas ruas, observar a conservação do alimento para não correr risco de uma infecção”, finaliza o especialista, da equipe de nutrição da Rede Alpha Fitness.

Gabriel Rodrigues - Pipa Comunicação <Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.;
Qua, 19/02/2020 14:14

Carnaval 2020: nutricionista dá dicas de alimentação para curtir a folia e se manter saudável

“Já pintou verão, calor no coração, a festa vai começar! Salvador se agita, numa só alegria, eternos Dodô e Osmar!”...nesta semana começa a maior festa popular do mundo e os dias de folia são marcados por diversão, blocos de rua, fantasias das mais variadas, brincadeiras e muita disposição. Para aproveitar o melhor desse momento especial é preciso ter alguns cuidados com o corpo e principalmente com a alimentação.Cuidar da saúde e do corpo é essencial durante todo o ano, mas, no período de carnaval, se torna ainda mais importante. Nessa época, as pessoas passam mais tempo na rua, gastam muita energia, ficam expostos ao sol e, na maioria das vezes, não se alimentam nos horários corretos.

Por isso, é importante seguir algumas dicas para se cuidar sem perder os dias de folia. "Durante a folia, não podemos esquecer de ingerir líquidos. É fundamental para que o corpo aguente brincar sob sol. Portanto, beba muita água para repor os minerais perdidos na folia", indica Gabriel Pacheco, nutricionista da Rede Alpha Fitness. O nutricionista separou ainda outras dicas para cuidar do corpo sem perder os dias de folia. Para quem gosta de tomar uma cervejinha no carnaval, é fundamental intercalar o consumo com a água. A bebida alcoólica desidrata o corpo.

As frutas possuem vitaminas e minerais que auxiliam em diversas funções do organismo, dentre elas no processo de desintoxicação. Alimentos como a couve, o brócolis, a rúcula e o agriãoauxiliamno funcionamento do fígado. Portanto, são excelentes na luta contra a ressaca. Evitar longos períodos em jejum é importante! O ideal é fazer três refeições principais (café da manhã, almoço e jantar) e pequenos lanches nos intervalos. “Coma alimentos que te forneçam energia. Assim você manterá o pique total no carnaval! Aposte nos cereais, arroz e massa, mas dê preferência a versão integral destes alimentos”, comenta Gabriel.É importante ficar atento às condições de higiene dos locais na rua. Os alimentos devem estar conservados adequadamente e os manipuladores devem estar com aparência, uniforme e mãos limpos.  Cuidado ao consumir frutos do mar e alimentos vendidos na praia.Por conta do calor, estes alimentos estragam facilmente e nem sempre estão mantidos em temperaturas corretas.

O especialista alerta ainda para evitar alimentos muito gordurosos e frituras, pois eles são mais difíceis de serem digeridos. Prefira preparações assadas, grelhadas ou cozidas.“Não é bom comer nada muito pesado, como sarapatel ou feijoada. Quando for comer nas ruas, observar a conservação do alimento para não correr risco de uma infecção”, finaliza o especialista, da equipe de nutrição da Rede Alpha Fitness.

 

Por Gabriel Rodrigues - Pipa Comunicação

 

Selo UNICEF encerra ciclo de ações e convoca municípios do Semiárido e Amazônia Legal a apresentarem resultados

Celo

Os 1.924 municípios das regiões do Semiárido e da Amazônia Legal que aderiram à iniciativa do Selo UNICEF, do Fundo das Nações Unidas para a Infância, têm até o dia 31 de março para comprovar os avanços dos últimos três anos. Os gestores devem anexar a documentação dentro do portal Crescendo Juntos, por meio de computador, tablet ou celular. 

A proposta do Selo é contribuir para o alcance de oito dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma agenda global acordada por todos os Estados-Membros das Nações Unidas até 2030. Entre esses objetivos globais, estão erradicação da fome e da pobreza, promoção à igualdade de gênero e redução das desigualdades. 

Ao cumprirem as metas propostas pelo projeto, as prefeituras e a comunidade são reconhecidas pelo Selo UNICEF por produzirem impactos reais e positivos sobre a vida de suas crianças e adolescentes. 

O Selo é dividido em ciclos, que coincidem com as eleições municipais. No atual ciclo (2017-2020), das 2,3 mil cidades convidadas, 1.924 aceitaram o desafio, sendo 1.509 do Semiárido e 805 da Amazônia Legal. 

Para essa a edição, os objetivos principais são alcançar crianças e adolescentes excluídos das políticas públicas, melhorar a qualidade das já existentes, prevenir e enfrentar as formas extremas de violência contra esse público e promover a participação da comunidade, especialmente de adolescentes. 

                        Para saber mais sobre os municípios participantes, acesse o site do Selo UNICEF

Metas
É no Semiárido e na Amazônia Legal que está concentrada a maior parte de meninos e meninas em situação de vulnerabilidade ou de exclusão – são mais de 22 milhões de pessoas com até 17 anos. Quase dois milhões, com idades entre 4 e 17 anos, ainda estão fora da escola. “Onde algum direito não estiver chegando para esses meninos e meninas, nós trabalharemos para defender e assegurar que esses direitos sejam garantidos”, afirma a oficial de Educação do UNICEF no Brasil, Julia Ribeiro. 

Das metas globais, os municípios precisam cumprir pelos menos cinco obrigatórias. Para alcançar o Selo, ou permanecer com ele, as prefeituras precisam viabilizar a volta às aulas; os direitos sexuais e reprodutivos; a valorização da primeira infância; a proteção contra a violência, em especial a redução dos homicídios, e a participação e mobilização de adolescentes. 

Em relação à educação, a meta dos municípios é enfrentar a evasão e exclusão escolar. A ideia é unir esforços em diferentes áreas para entender as causas que levam crianças e adolescentes a abandonar os estudos e viabilizar a matrícula e a permanência deles na escola. “A exclusão afeta meninos e meninas de camadas mais vulneráveis da população. Mais de 53% vivem em famílias com até meio salário mínimo. Com certeza, outros direitos não estão sendo respeitados, não é somente o da educação”, lamenta Julia. 

Outra meta a ser alcançada pelos municípios participantes do Selo UNICEF é capacitar professores, profissionais de atenção básica de saúde e adolescentes em relação aos direitos sexuais e reprodutivos. As equipes escolares devem desenvolver atividades de conscientização com os jovens em sala de aula, como prevenção a infecções sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência, e implementem programas de saúde, entre outros.

A valorização da primeira infância é outra meta obrigatória. É nessa fase que os municípios devem voltar os esforços para ações de saúde, educação, nutrição, ambiente seguro, afeto e oportunidades de aprendizagem. Entre as finalidades, estão cobertura em campanhas de vacinação e capacitação de profissionais da saúde, da educação e da assistência social para trabalhar com famílias vulneráveis. 

Combate à violência
Por dia, 32 jovens no Brasil são vítimas de homicídio. Entre 1996 e 2017, mais de 190 mil entre 10 e 19 anos morreram vítimas de violência no País, segundo o banco de dados do Ministério da Saúde (Datasus). A estimativa do último Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), realizado em 2014 e idealizado pelo UNICEF, previa que, até 2021, 43 mil adolescentes serão mortos caso não haja mudanças significativas nas políticas públicas voltadas para essa parcela da sociedade.  

Para minimizar o quadro, as ações voltadas para combater a violência contra crianças e adolescentes envolvem diagnósticos que identifiquem as causas das mortes e ações dos municípios para reduzir os casos. 

A mobilização e participação dos adolescentes também pode ser uma ferramenta no combate à violência e na inclusão em decisões que impactem diretamente as vidas desses jovens. A quinta meta incentiva os municípios a garantir mecanismos de escuta e participação da sociedade na elaboração e controle social de políticas públicas. 

“A gente dá visibilidade à voz de adolescentes, é uma maneira de fazer esse processo de escuta mais sistemático”, afirma a oficial nacional de Desenvolvimento e Participação de Adolescentes do UNICEF, Gabriela Mora. Essa participação pode ser garantida por meio de três eixos, que incluem Núcleos de Cidadania de Adolescentes, fóruns comunitários com elaboração de um plano de ação (os resultados alcançados nesse ciclo serão apresentados nesse ano) e apoio ao funcionamento do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. 

Resultados
Na edição passada (2013-2016), os municípios que participaram do Selo tiveram desempenho acima da média nacional, o que garantiu a certificação a 504 participantes. Entre 2011 e 2014, enquanto a média brasileira de redução de mortalidade infantil ficou em 5,2%, os municípios certificados no Semiárido alcançaram 8,1% a menos de mortes. Os da Amazônia Legal tiveram redução de quase 10%, segundo dados do Ministério da Saúde.

Em relação à diminuição de distorção idade-série, como aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Semiárido conseguiu reduzir 13% e a Amazônia Legal, 9,2%  - enquanto isso, o Brasil teve queda de 7,9% no mesmo período (de 2012 a 2015). Os registros civis aumentaram 2,3% na região semiárida e 4,5% na Amazônia Legal entre 2011 e 2014. A média nacional foi de 1,1%. 

“É importante que todo o município esteja engajado e trabalhando para alcançar os resultados sistêmicos propostos pelo Selo, mas sobretudo que estejam engajados para garantir direitos para cada criança e cada adolescente”, propõe Julia Ribeiro. 

Monitoramento
Nesse ciclo, os indicadores serão avaliados a partir de uma linha de base, que inclui os dados disponíveis de cada município e para cada um dos 12 indicadores em fontes oficiais – ministérios da Saúde, Educação, Desenvolvimento Social, Justiça e Direitos Humanos. Para alcançar o Selo, o município é avaliado tanto no Eixo dos Resultados Sistêmicos quanto no do Impacto Social. 

Além da pontuação mínima nos dois Eixos, para alcançar o Selo UNICEF, é preciso cumprir também outros três requisitos: manter o Conselho Municipal de Direitos de Criança e Adolescente (CMDCA) e Conselho Tutelar em funcionamento de acordo com os requisitos mínimos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA); realizar dois Fóruns Comunitários; criar ou fortalecer os Núcleos de Cidadania dos Adolescentes – itens previstos na meta de mobilização de adolescentes. 

O Selo
Implantado pela primeira vez em 1999, no Ceará, o Selo UNICEF já contabiliza 20 anos de história e de mudança na vida de milhões de crianças e de adolescentes em situação de vulnerabilidade no Semiárido e na Amazônia Legal. Atualmente, 18 estados são alcançados pela ação – Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba , Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e norte de Minas Gerais, no Semiárido, e Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, na Amazônia Legal. 

Com o sucesso das experiências, o Selo cresceu e, hoje, procura aplicar o aprendizado das edições anteriores aos municípios participantes da atual etapa. A metodologia foi unificada para o Semiárido e Amazônia Legal e introduziu o conceito de Resultados Sistêmicos no lugar de ações, visando dar sustentabilidade às iniciativas dos municípios e garantir que as crianças e adolescentes continuem sendo beneficiadas pelas políticas públicas implementadas mesmo após o fim do ciclo.

No ciclo de 2017-2020, os municípios devem apresentar os resultados das ações desenvolvidas até 31 de março, por meio da plataforma Crescendo Juntos, no site do Selo UNICEF. A comprovação das atividades é feita por meio de documentos comprobatórios e anexados no portal. O envio pode ser feito pelo computador, celular ou tablet ou com auxílio de agentes comunitários, caso o município não tenha acesso à internet. 

agenciadoradio/Fotos : Divulgação

Estradas, ferry-boat e rodoviária contam com esquema especial neste Carnaval

a ferry

Por conta do aumento da demanda durante o Carnaval, os sistemas intermunicipais fiscalizados pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) passaram a funcionar em esquema especial, a partir desta terça-feira (18). Até o final da folia, rodovias, ferry-boat e rodoviária vão contar com operações e campanhas executadas com o intuito de garantir mais comodidade e segurança aos usuários.

Um destes pontos é a Via Metropolitana, que facilita o acesso à Linha Verde e a cidades como Feira de Santana. A Bahia Norte, responsável pela administração da via, já deu início à campanha ‘Verão Tô na Pista’, que visa conscientizar os motoristas, por meio da distribuição de materiais informativos e outras ações, segundo explica o coordenador de Operações Viárias da concessionária, André Bourgault. “Nesse período de Carnaval, esperamos em torno de 480 mil veículos. Por isso aumentamos as equipes de inspeção e atendimento viários para suportar esse atendimento. Tudo isso, com o objetivo maior de garantir conforto e fluidez para os usuários, nos dias de festa”, detalhou.

O advogado Patrick Carvalho usa a via todos os dias e parabeniza a campanha. “Moro em Abrantes e trabalho no CIA. Passo por aqui todos os dias e sei que, mesmo se tratando de uma via tranquila e bem sinalizada, a campanha se faz necessária para estimular a direção consciente e defensiva no maior número de motoristas possível”, avaliou.

Outro ponto que reúne um grande fluxo de passageiros durante o Carnaval é o Terminal Rodoviário de Salvador. Todos os anos, um esquema especial é montado para atender a demanda e, em 2020, não será diferente, como detalha o coordenador de Fiscalização da Agerba, Abdul Ramid. “A expectativa é que, pelo menos, 100 mil passageiros deixem Salvador pela Rodoviária, nos próximos dias. Em função disso, as empresas colocaram à disposição dos usuários cerca de 400 horários adicionais, além dos 540 existentes em dias normais”, apontou.

O pedreiro Antônio Israilton embarcou em um desses ônibus com horário especial para passar o carnaval com a família. “Estou indo para Várzea Nova ver minha esposa e fazer a festa com os parentes. Achei que ia ter que esperar mais, mas consegui comprar com facilidade e já vou iniciar a viagem”, contou.

Travessias

O sistema ferry-boat ampliou o tempo de operação e também está funcionando em regime especial para dar conta do movimento, já que os destinos acessados pelas seis embarcações que fazem a travessia entre os terminais de São Joaquim e Bom Despacho são muito requisitados durante a folia momesca. A demanda prevista é de 455 mil pessoas e 65 mil veículos e as vagas do serviço de Hora Marcada serão ampliadas, totalizando 880 horários extras – 460 para os dias 20, 21 e 22 de fevereiro e outras 420 para os dias 25, 26, 27 de fevereiro e 1 e 2 de março.

Informações sobre os direitos e deveres de quem utiliza o transporte intermunicipal podem ser verificados junto à Ouvidoria do Agerba, pelo site da Agerba  ou por meio do telefone 0800-071-0080.

 
 
Repórter: Renata Preza

Foto: Carol Garcia/Secom/Ba

O Brasil e as perdas internacionais

a brasil

Recentemente, o Banco Central divulgou o resultado das contas externas brasileiras de 2019: déficit em transações correntes de US$ 50,7 bilhões de dólares, o maior dos últimos quatro anos. Mas nem nossa autoridade monetária, nem o “mercado” parecem muito incomodados com o resultado. Dos articulistas da imprensa especializada aos executivos financeiros, passando pelos dirigentes da própria autoridade monetária, aparece em uníssono a avaliação de que podemos ficar tranquilos, pois os investimentos diretos no país alcançaram no mesmo ano a respeitável cifra de US$ 78,5 bilhões, mais do que compensando o resultado fortemente negativo da conta corrente.

Contudo, ninguém deu destaque ao fato de nossas reservas de divisas terem despencado US$ 26 bilhões, um recorde absoluto, considerados os 25 anos da série que se inicia em 1995 (ao longo de todo este período só tivemos 5 anos com resultados negativos para as reservas e o maior deles não chega a US$ 8 bilhões). O que está por trás disso?

Há mais de duas décadas, desde pelos menos o início dos anos 1990, a economia brasileira vive sob o mantra dos benefícios da poupança externa. Proposição neoliberal e “mercadista”, a ideia de que a poupança externa é sempre um bom expediente para economias ainda não desenvolvidas é consequência lógica de um dos pressupostos centrais da ortodoxia macroeconômica: assegurada a liberdade de movimentação, a providência da mão invisível produz os resultados virtuosos de sempre, pois o capital flui das economias já desenvolvidas, onde é abundante, para aquelas ainda em processo de desenvolvimento, onde é escasso, garantindo crescimento para todos.

Repetida ad nauseam pela grande mídia e pelos “especialistas” que ela convida, a tese é facilmente contestável e inúmeros argumentos podem ser levantados contra ela, inclusive aqueles relacionados à história do capitalismo. Mas basta que se entenda no que consiste afinal a tal poupança externa para perceber com clareza como é canhestro o argumento.

No juízo convencional a poupança externa é definida de forma positiva: se ela é maior ou menor em cada período, depende da disposição de investir dos proprietários do capital internacional e quanto maior for essa disposição, maior será o montante de poupança externa de que poderá dispor cada país para alavancar seu processo de desenvolvimento. Assim, o mais importante, para países como o nosso, é garantir as condições para que esse maná flua constantemente.

Na verdade, porém, o que importa não é se há tal disposição, mas se o país em questão tem ou não, a cada período, necessidade desses dólares. Se suas contas correntes externas não andarem bem e os resultados forem negativos, ele precisará da disposição camarada dos investidores internacionais para não ter que avançar em suas reservas de divisas. O problema fica ainda maior quando essas reservas não existem, ou são claramente insuficientes. Nessas situações (vejam a Argentina), os países tornam-se completamente reféns das exigências desses capitais, reduzindo sobremaneira seus graus de liberdade na condução da política econômica e submetendo sua soberania aos imperativos da riqueza externa. O mais importante para países como o nosso é não precisar desse maná.

O que significa o resultado de 2019? Significa que, no ano passado, a economia brasileira, andando com suas próprias pernas, não conseguiu produzir correntemente (através da exportação de mercadorias e serviços e dos rendimentos de investimentos brasileiros no exterior) os dólares necessários para enfrentar suas despesas correntes em dólares contraídas no mesmo período: faltaram US$ 51 bilhões. E de onde eles vieram? Dos bondosos investidores externos, que prontamente acorreram para nos salvar, cedendo-nos sua suada riqueza financeira duramente acumulada. A poupança externa, portanto, compareceu, deixando-nos “tranquilos”. Assim, aquilo que é um péssimo resultado fica travestido de vitória.

Ora, é evidente que quando tomaram suas decisões de aplicar seus recursos no país, os detentores do capital internacional não estavam filantropicamente mirando as necessidades de nossa economia e se colocando a postos para socorrê-la. Nesse ponto o discurso convencional tem razão. O capital externo está sempre de olho em seus próprios ganhos – rentistas, especulativos ou derivados da existência de ativos depreciados. Daí a defesa permanente de que lhe sejam criadas as melhores condições para que esteja sempre presente. Mas, se os rentistas e financistas globais devem ou não aplicar seu rico dinheirinho em nossa economia tem que ser um problema deles, não nosso. Ao contrário, nós é que deveríamos criar as condições para não precisar dele. Garantir a constância do maná fluindo desde meados dos anos 1990 custou-nos a desindustrialização precoce, com direito a desacoplagem tecnológica e redução da produtividade do trabalho, dentre tantos males.

Diretamente associada ao argumento raso de que a livre movimentação dos fluxos internacionais de capital assegura crescimento para todos está outra ideia, igualmente rasa, de que o Brasil tem carência de poupança e daí a permanente necessidade de “importá-la”. Em outras palavras, tudo se resolveria se os brasileiros fossem menos gastões e a poupança doméstica crescesse. Como isso não acontece, precisamos permanentemente da poupança externa (para “completar” a nossa) e por isso devemos garantir o bom ambiente macroeconômico exigido por esses capitais (leia-se: elevados rendimentos, plena liberdade e austeridade fiscal).

Mas a pergunta que não quer calar é: por que o investimento é tão baixo com tanta “poupança externa” entrando no país há tanto tempo? Mais de um trilhão de dólares desde 1995, quase um PIB inteiro! Por que a formação bruta de capital fixo é tão reduzida no Brasil? Por que ela não respondeu nunca a estímulo tão poderoso?

A resposta é simples: é que tal discurso é falacioso, baseado que está em teoria falaciosa. A tal poupança externa significa, domesticamente, apenas a existência de dólares adicionais para enfrentar despesas correntes, ou seja, consumo de bens e serviços importados e pagamento de rendas aos capitais externos aqui aplicados. Não tem nenhuma relação imediata com a criação de investimentos produtivos. Ela não vem para “completar” nossa poupança e tampouco é utilizada para “completar” nossa poupança e assim incrementar o investimento. Ela vem buscar a valorização desse estoque de riqueza em dólar já existente e é usada para cobrir os buracos em nossas contas correntes.

Mas, para 2019, mesmo que reduzamos a isso o “benefício” da poupança externa, o argumento permanece falso e não explica de modo algum o otimismo e a tranquilidade do mercado, dos analistas financeiros, da midia “especializada” e do Banco Central. A poupança externa não compareceu como se esperava. O resultado líquido dos investimentos financeiros no país, considerados também os investimentos em carteira e outros investimentos, não foram os celebrados US$ 78,5 bilhões, mas cerca de US$ 27 bilhões. Para fazer frente a seus compromissos externos, o Brasil teve, portanto, que avançar em suas reservas de divisas, numa dimensão inédita até o momento.

E porque os resultados da conta corrente foram tão negativos? Como esperado, a imprensa deu destaque à má performance da balança comercial, que produziu um superávit US$ 13 bilhões menor que em 2018, mas há um número que deveria ter chamado igualmente a atenção: os US$ 82 bilhões de dólares, destinados à remuneração da poupança externa aplicada em nossa economia (pagamento de lucros, dividendos e juros). E esse não é um episódio isolado: uma história semelhante tem se repetido todos os anos. Então é esse o resumo da trama: precisamos da poupança externa para podermos remunerá-la.

Se não estamos em situação desesperadora é graças às divisas acumuladas nos tempos das vacas gordas (período 2006-2011). Mas os tempos mudaram bruscamente. Nuvens se acumulam pesadamente no cenário geopolítico mundial, colocando enormes incertezas sobre o andamento das transações comerciais globais e, portanto, sobre o resultado de nossas exportações. Mais recentemente, é preciso considerar também as consequências não menos desastrosas para a mesma variável da insana política externa do atual governo (basta que observemos como o Brasil vem sendo tratado por nosso “parceiro preferencial”, os EUA). Quanto aos investimentos financeiros, a generosa poupança externa que nos redime, a situação não é menos preocupante: a média dos ingressos financeiros líquidos dos últimos quatro anos não chega a 30% da média do período 2009-2015.

E assim, sem que tivéssemos tirado qualquer proveito de uma situação externa relativamente folgada, estamos agora enfrentando um cenário muito mais nebuloso e perigoso. De posse de um projeto verdadeiramente nacional, poderíamos ter resgatado nossa economia, inclusive mudando sua direção: investimento verde, ao invés de investimento predatório que destrói a natureza e nossos recursos naturais; generosos investimentos sociais e em ciência e tecnologia, ao invés de políticas austeras para contentar os donos da riqueza financeira internacional.

Há cerca de um quarto de século, nos ofereceram uma corda para nos enforcarmos e nós a aceitamos. Passamos maus bocados com ela no pescoço (quem não se lembra do sufoco cambial de 1998/1999? e das crises de 2001 e 2002 que nos levaram ao FMI?), mas o nó afrouxou e poderíamos tê-lo tirado do aperto. Perdemos a oportunidade. Agora é conviver com a falta de ar, que pode ficar cada vez pior.

Por Leda Paulani, professora titular aposentada da Faculdade de Economia e Administração da USP.

Carnaval e cidadania

 João Baptista Herkenhoff
  O Carnaval, como expressão de cidadania e como uma das formas de “ser pessoa”, é o tema desta página.
         Na presença entusiasmada da gente mais simples do povo, em escolas de samba e blocos de Carnaval, vejo, dentre outros aspectos, a profunda busca de identidade, tão forte na alma humana.
         Quem pertence a uma escola de samba tem endereço, raiz, deixa de ser alguém sem lenço e sem documento. 
         Vibro com as escolas sim, mas vibro ainda mais com o rosto feliz dos sambistas. 
         Esses rostos me enternecem.
         A sede humana de identidade e reconhecimento me relembra antigas andanças pelo interior do Estado, como Juiz de Direito. 
Surpreendi centenas de casos de pessoas sem registro civil.
Numa situação de completa marginalização econômica e social – inacreditável para quem não foi testemunha – brasileiros, irmãos nossos, nem nome civil possuíam. 
         O primeiro “movimento pela cidadania ampla”, que tive a honra de inspirar, como juiz, ocorreu, a partir de 1967, em São José do Calçado.
         A comunidade e o Juiz de Direito – juntos promovemos milhares de registros civis, correção de prenomes grafados erroneamente, emissão de carteira de trabalho em favor de pessoas que trabalhavam sem carteira etc.
      Houve uma intensa participação de estudantes no “movimento pela cidadania ampla”.  Foi um período de profícua vida cidadã dentro dos muros da pequenina, mas pujante comunidade interiorana, contrastando com uma época de obscurecimento da cidadania na vida nacional.
        Encontrar a possibilidade de “ser pessoa” numa escola de samba, tornar-se juridicamente “pessoa” pelo registro civil – leva-me a uma outra reflexão, qual seja, a busca de “ser pessoa”, de ser feliz, nas praias apinhadas de gente, no balanço das ondas, no burburinho das vozes, no murmúrio do mar.
         “Ser pessoa”, neste caso, é soltar-se, relaxar, aliviar tensões.
Todos os entraves que obstaculem a vivência dessa dimensão do “ser pessoa”, como privatizar praias, merecem nosso repúdio.
A praia ainda é um dos poucos bens acessíveis a todos sem exceção.
A sociedade civil deve resistir à privatização das praias, através de pressão política e também por meio da “ação popular”.
Bela saga do povo brasileiro, nesta luta para “ser pessoa”: o sambista, que se torna pessoa sambando;
a comunidade que “faz pessoas” através de uma chamada geral para a cidadania num momento de escuridão (“Faz escuro, mas eu canto”);
o povo que trabalha e que sua, que tenta na praia “ser pessoa”, que divisa com esperança o horizonte infinito, esse horizonte que não tem dono – a todos pertence.

 
                                Por João Baptista Herkenhoff
                                 Juiz de Direito aposentado (ES) e escritor
                                 Email – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.