Bahia alcança 13.899 casos de coronavírus e tem 460 óbitos
A Bahia registra 13.899 casos confirmados de coronavírus (Covid-19), o que representa 15,82% do total de casos notificados no estado e 460 óbitos. Cumpre ressaltar que 190 casos confirmados aguardam validação dos municípios.
Considerando o número de 13.899 casos confirmados, 3.965 recuperados e 460 óbitos, 9.474 pessoas permanecem monitoradas pela vigilância epidemiológica e com sintomas da Covid-19, o que são chamados de casos ativos. Na Bahia, 2.094 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Os casos confirmados ocorreram em 246 municípios do estado, com maior proporção em Salvador (62,83%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 1.000.000 habitantes foram Uruçuca (4.239,97), Ipiaú (3.923,88), Itabuna (3.878,57), Ilhéus (3.172,61) e Salvador (2.998,59)
O boletim epidemiológico registra 35.981 casos descartados e 87.847 notificações em toda a Bahia. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h deste domingo (24).
Taxa de ocupação
Na Bahia, dos 1.475 leitos disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS) exclusivos para Covid-19, 728 possuem pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação de 49%. No que se refere aos leitos de UTI adulto e pediátrico, dos 610 leitos exclusivos para o coronavírus, 375 possuem pacientes internados, compreendendo uma taxa de ocupação de 61,5%. Cabe ressaltar que o número de leitos é flutuante, representando o quantitativo exato de vagas disponíveis no dia. Intercorrências com equipamentos, rede de gases ou equipes incompletas, por exemplo, inviabilizam a disponibilidade do leito. Ressalte-se que novos leitos são abertos progressivamente mediante o aumento da demanda.
Exames
O Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) realizou 44.772 exames do tipo RT-PCR, que é o padrão ouro para identificar o genoma viral do coronavírus, no período de 1° de março a 24 de maio de 2020.
Óbitos
414º óbito – mulher, 70 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica. Internada dia 12/05, veio a óbito dia 18/05, em hospital público, em Salvador;
415º óbito – homem, 52 anos, residente em Salvador, portador de obesidade e hipertensão arterial sistêmica. Internado dia 14/05, veio a óbito dia 19/05 em hospital público, em Salvador;
416º óbito – homem, 77 anos, residente em Salvador, sem comorbidades. Internado dia 18/05, veio a óbito no mesmo dia (18/05), em hospital público, em Salvador;
417º óbito – homem, 84 anos, residente em Salvador, portador de obstrução intestinal. Internado dia 22/04, veio a óbito dia 07/05, em hospital público, em Salvador;
418º óbito – homem, 54 anos, residente em Salvador, portador de diabetes mellitus e hipertensão arterial. Internado dia 08/05, veio a óbito dia 17/05, em hospital público, em Salvador;
419º óbito – homem, 68 anos, residente em Salvador, portador de diabetes mellitus e hipertensão arterial. Internado dia 06/05, veio a óbito dia 20/05, em hospital público, em Salvador;
420º óbito – homem, 60 anos, residente em Salvador, portador de diabetes mellitus e doença cardiovascular crônica. Internado dia 01/05, veio a óbito dia 16/05, em hospital público, em Salvador;
421º óbito – homem, 52 anos, residente em Salvador, portador de doença renal e insuficiência renal crônicas. Sem data de internação, foi a óbito dia 17/05, em hospital público, em salvador;
422º óbito – homem, 83 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial, doença pulmonar prévia e doença renal. Internado dia 28/04, veio a óbito dia 15/05, em hospital da rede particular, em Salvador;
423º óbito – mulher, 82 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes mellitus e obesidade. Sem data de internação, foi a óbito dia 17/05, em hospital da rede particular, em Salvador;
424º óbito – homem, 59 anos, residente em Salvador, portador de insuficiência cardíaca congestiva e miocardiopatia isquêmica. Internado dia 05/05, veio a óbito no mesmo dia (05/05), em hospital público, em Salvador;
425º óbito – homem, 69 anos, residente em Salvador, portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e insuficiência cardíaca grave. Sem data de internação, veio a óbito dia 26/04, em hospital da rede privada, em Salvador;
426º óbito - mulher, 59 anos, residente em Salvador, portadora de artrite reumatóide. Sem data de admissão, veio a óbito dia 16/05, em unidade pública, em Salvador;
427º óbito – homem, 93 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial. Sem data de internação, veio a óbito dia 20/05, em hospital da rede particular, em Salvador;
428º óbito – mulher, 88 anos, residente em Salvador, cardiopata e hipertensa. Sem data de internação, veio a óbito dia 19/05, em hospital da rede particular, em Salvador;
429º óbito – homem, 63 anos, residente em Salvador, portador de insuficiência cardíaca congestiva. Sem data de internação, veio a óbito dia 10/05, em hospital da rede pública, em Salvador;
430º óbito – homem, 72 anos, residente em Salvador, portador de insuficiência renal crônica e diabetes mellitus. Sem data de internação, veio a óbito dia 08/05, em hospital da rede pública, em Salvador;
431º - óbito – homem, 59 anos, residente em Salvador, portador de anemia falciforme e insuficiência renal aguda. Sem data de internação, foi a óbito dia 11/05, em hospital da rede pública, em Salvador;
432º óbito – homem, 38 anos, residente em Salvador, portador de diabetes mellitus. Sem data de internação, foi a óbito dia 08/05, em hospital da rede pública, em Salvador;
433º óbito – mulher, 60 anos, residente em Salvador, sem comorbidades. Sem data de internação, veio a óbito dia 12/05, em hospital da rede pública, em Salvador;
434º óbito – homem, 46 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial. Sem data de internação, veio a óbito dia 10/05, em hospital da rede pública, em Salvador;
435º óbito – homem, 64 anos, residente em Salvador, sem comorbidade, data de internamento não informada, veio a óbito dia 14/05, em unidade da rede pública, em Salvador.
436º óbito – mulher, 75 anos, residente em Salvador, comorbidades diabetes e hipertensão arterial, data de internamento não informada, veio a óbito dia 09/05, em unidade da rede pública, em Salvador.
437º óbito – homem, 33 anos, residente em Salvador, sem comorbidades, data de internamento não informada, veio a óbito dia 14/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
438º óbito – mulher, 50 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes mellitus. Sem data de internação informada, veio a óbito dia 14/05, em hospital da rede pública, em Salvador;
439º óbito – homem, 84 anos, residente em Salvador, portador de diabetes mellitus. Sem data de internação informada, veio a óbito dia 15/05, em hospital da rede pública, em Salvador;
440º óbito – mulher, 81 anos, residente em Salvador, portadora de sequelas de acidente cardiovascular (AVC). Sem data de internação informada, veio a óbito dia 17/05, em hospital da rede pública, em Salvador;
441º óbito – mulher, 61 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial e obesidade. Sem data de internação informada, veio a óbito dia 20/05, em hospital da rede pública, em Salvador;
442º óbito – homem, 82 anos, residente em Salvador, sem comorbidades. Sem data de internação informada, veio a óbito dia 20/05, em hospital da rede federal, em Salvador;
443º óbito – mulher, 87 anos, residente em Salvador, portadora de senilidade, veio a óbito dia 21/05, em hospital da rede privada, em Salvador;
444º óbito – mulher, 63 anos, residente em Salvador, sem comorbidades. Sem data de internação informada, veio a óbito dia 21/05, em hospital da rede privada, em Salvador;
445º óbito – mulher, 49 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes mellitus, e hipertensão arterial, veio a óbito dia 17/05, em seu domicílio, em Salvador;
446º óbito – mulher, 61 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes mellitus e hipertensão arterial, veio a óbito dia 14/05, em seu domicílio, em Salvador;
447º óbito – mulher, 69 anos, residente em Salvador, sem comorbidades. Sem data de internação, veio a óbito dia 12/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
448º óbito – homem, 69 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial e cardiopatia não especificada. Sem data de internação informada, veio a óbito dia 20/05, em hospital da rede pública, em Salvador;
449º óbito – mulher, 79 anos, residente em Salvador, portadora de demência. Internada dia 12/05, veio a óbito dia 19/05, em hospital da rede privada, em Salvador;
450º óbito – homem, 57 anos, residente em Salvador, comorbidade diabetes, internado no di15/05, veio a óbito dia 22/05, em unidade filantrópica, em Salvador;
451º óbito – mulher, 67 anos, residente em Salvador, comorbidades diabetes e hipertensão arterial, internada no dia 07/05, veio a óbito dia 13/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
452º óbito – mulher, 68 anos, residente em Salvador, comorbidade neoplasia, internada dia 05/05, veio a óbito dia 17/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
453º óbito – homem, 71 anos, residente em Ilhéus, sem comorbidades, internado no dia 07/05, veio a óbito dia 16/05, em unidade da rede pública, em Ilhéus;
454º óbito – homem, 102 anos, residente em Ilhéus, comorbidade hipertensão arterial, internado no dia 04/05, veio a óbito dia 16/05, em unidade da rede pública, em Ilhéus;
455º óbito – homem, 84 anos, residente em Ilhéus, comorbidade hipertensão arterial, internado no dia 08/05, veio a óbito dia 12/05, em unidade da rede pública, em Ilhéus;
456º óbito – mulher, 72 anos, residente em Ilhéus, sem comorbidades, internada no dia 14/05, veio a óbito dia 22/05, em unidade da rede privada, em Ilhéus;
457º óbito – mulher, 67 anos, residente em Uruçuca, comorbidade hipertensão arterial, internada no dia 02/05, veio a óbito dia 02/05, em unidade da rede pública, em Uruçuca;
458º óbito – mulher, 86 anos, residente em Uruçuca, comorbidades hipertensão arterial e diabetes, internada no dia 27/04, veio a óbito dia 17/05, em unidade da rede privada, em Ilhéus;
459º óbito – mulher, 64 anos, residente em Itacaré, comorbidade diabetes e hipertensão arterial, internada no dia 04/05, veio a óbito dia 16/05, em unidade da rede pública, em Ilhéus;
460º óbito – homem, 66 anos, residente em Uruçuca, comorbidade hipertensão arterial, internado no dia 06/04, veio a óbito dia 17/05, em unidade da rede pública, em Uruçuca.
Faixa etária
Quanto ao sexo dos casos confirmados, 44,05% foram do sexo feminino, 36,49% do sexo masculino e 19% sem informação. A faixa etária mais acometida foi a de 30 a 39 anos, representando 21,81% do total. O coeficiente de incidência por 1.000.000 de habitantes foi maior na faixa etária de 80 ou mais (1.462,60/1.000.000 habitantes), indicando que o risco de adoecer foi maior nesta faixa etária, seguida da faixa de 30 a 39 anos (1.321,64/1.000.000 habitantes).
Ressaltamos que os números são dinâmicos e, na medida em que as investigações clínicas e epidemiológicas avançam, os casos são reavaliados, sendo passíveis de reenquadramento na sua classificação. Outras informações em www.saude.ba.gov.br/coronavirus.
Para acessar o boletim completo, com a lista de municípios com casos confirmados, clique aqui.
Critérios para os exames da Covid-19
No Sistema Único de Saúde (SUS), a coleta de amostras para a realização do exame RT-PCR, que é o padrão ouro para a identificação do genoma viral, deve ocorrer em cinco situações: pacientes internados com suspeita de coronavírus, independente da gravidade; pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG); profissionais de saúde com síndrome gripal suspeitos de Covid-19 ou que tenham tido contato com casos confirmados de coronavírus, mesmo que assintomáticos; pacientes que foram a óbito com suspeita de Covid-19, cuja coleta não pôde ter sido realizada em vida; e em indivíduos institucionalizados durante investigação de surtos da doença.
http://www.saude.ba.gov.br/2020/05/24/bahia-alcanca-13-899-casos-de-coronavirus-e-tem-460-obitos/
Secom/Saude
Talvez seja inevitável adiar eleições municipais, diz Barroso ao Correio
O novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, assume o cargo nesta segunda-feira num momento recheado de incertezas, no qual é impossível dizer até mesmo a data em que o país terá eleições municipais. “Quem vai bater o martelo são os sanitaristas”, diz ele, prevendo a decisão a esse respeito para o fim da primeira quinzena de junho, em conjunto com o Congresso. Da sua parte, Barroso resiste a adiar as eleições e não coloca a prorrogação de mandatos no radar. “A prorrogação de mandato é antidemocrática em si, porque os prefeitos e vereadores que lá estão, foram eleitos por um período de quatro anos. Faz parte do rito da democracia a realização de eleições periódicas e o eleitor ter a possibilidade de reconduzir ou não seus candidatos”, diz. Ocupante de uma das 11 cadeiras o Supremo Tribunal Federal (STF), Barroso é um magistrado de opiniões fortes e popular entre seus pares, juristas e na sociedade em geral. Ele explica que eventual prorrogação de mandatos, caso as eleições sejam adiadas para além deste ano, não encontra respaldo na Constituição. Mas que poderia ser autorizada, em caráter excepcional, por emenda aprovada pelo Congresso.
As incertezas extrapolam o calendário eleitoral, assim como as preocupações do TSE. Barroso tem, pela frente, a missão de conduzir a apreciação de processos contra o presidente Jair Bolsonaro que tramitam na Corte Eleitoral. Nesta entrevista, concedida na última sexta-feira, ele avisa que “seguirá a ordem cronológica”, ou seja, o que estiver pronto para ir a julgamento será pautado. Na conversa, o ministro transparece que a pandemia deixa recheado de incertezas o futuro de gestores públicos, que desprezam a ciência ao dizer que “a adoção de uma política pública de eventual distribuição de um medicamento que não tenha chancela da comunidade médico-científica e nem de pesquisas clínicas, acho que pode, sim, gerar responsabilidade”, diz ele, sem citar especificamente o caso da inclusão da cloroquina nos protocolos do Ministério da Saúde para atendimento aos pacientes de covid-19. As preocupações de Barroso, porém, extrapolam a esfera eleitoral. Ele acompanha, por exemplo, o clima de radicalização com um olhar de que é preciso exorcizar alguns demônios nas manifestações antidemocráticas que têm tomado conta de setores da política brasileira. “Eu vejo um país em que discursos radicais vindos de lugares diferentes liberaram alguns demônios que, em uma democracia, devem ficar bem guardados. Demônios da radicalização, da intolerância e da violência, esses são inaceitáveis”, diz. A seguir os principais trechos da entrevista:
O senhor terá o desafio de conduzir as eleições em meio à pandemia. É favorável ao adiamento?
Eu não desejaria ter que adiar. O prazo das eleições está previsto na Constituição e penso que elas são um ponto vital para a democracia. Porém, nós não podemos fechar os olhos à realidade. Existe uma pandemia no mundo, ela atingiu o Brasil e a curva, neste momento, ainda é uma curva ascendente. Se, até meados de junho, a situação continuar semelhante à que se encontra hoje, talvez seja inevitável a necessidade de se adiar as eleições. Mas a minha primeira vontade não é adiar. Se for inevitável, que seja pelo prazo mínimo. Eu já fiz uma intervenção informal com presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para afinarmos as nossas posições e termos um discurso unificado sobre a eventual necessidade de adiamento.
Então, o critério seria o achatamento da curva no Brasil para adiar ou não as eleições?
Essa é uma questão interessante, porque embora dependa do Congresso, porque é preciso uma emenda à Constituição, depende do TSE. Nós precisamos ter condições técnicas de realizar as eleições. Quem vai bater o martelo são os sanitaristas, que vão nos dizer se e quando é seguro realizar uma eleição dessa amplitude com mais de 140 milhões de eleitores sem trazer riscos à população. Nós vamos ouvir a ciência e a recomendação médica, procurando fazer o melhor possível dentro do contexto e com diagnóstico que eles nos fornecerão.
Como o senhor vislumbra a campanha eleitoral em meio a esse cenário de pandemia, com as pessoas com medo de ir à rua?
Nós temos etapas. Temos o primeiro momento, que são as convenções partidárias — cujo prazo é até 5 de agosto e que já envolveriam algum grau de aglomeração. Talvez seja viável fazer isso por videoconferência, embora seja relativamente complexo. Em 15 de agosto, teria início a campanha. A verdade é que em outros tempos, a campanha era feita essencialmente de corpo a corpo nas ruas, em comícios que exigiam muito contato e aglomeração. Hoje em dia, o perfil das campanhas mudou, sobretudo com o papel da televisão e das redes sociais, de modo que o corpo a corpo e aglomeração se tornaram um pouco menos importantes. É possível imaginar uma campanha feita via redes sociais, via televisão. Seja como for, nós só vamos poder deflagrar esse processo quando algum grau de contato social for possível. Por isso, estamos aguardando o momento certo para bater o martelo.
Se as eleições forem adiadas para depois de 2020, teremos uma extensão dos mandatos atuais?
Precisamos avaliar como está a curva da doença para tentarmos programar o futuro. Mas a verdade é que a grande característica da pandemia que estamos vivendo é a indefinição, a imprevisibilidade. Caso seja preciso adiar, desejaríamos que fosse por apenas algumas semanas. Talvez para meados de novembro, ou no início de dezembro. Ou ainda fazer o primeiro turno em 15 de novembro e o segundo, em 4 de dezembro. Faremos tudo que for possível para evitar a prorrogação de mandato. Se isso se impuser como uma coisa inevitável, o que eu espero que não aconteça, seria uma prorrogação pelo prazo mínimo, porque há muitos problemas de ordens diversas em uma prorrogação de mandato.
A Constituição autoriza a prorrogação de mandato?
A Constituição não prevê e, na redação atual, não autoriza. Na verdade, a prorrogação de mandato é antidemocrática em si, porque os prefeitos e vereadores que lá estão foram eleitos por um período de quatro anos. Faz parte do rito da democracia a realização de eleições periódicas e o eleitor ter a possibilidade de reconduzir ou não seus candidatos. Portanto, pela Constituição, não é possível prorrogar mandatos. Mas, evidentemente, em situações extraordinárias como essa pandemia, pode haver um motivo de força maior que leve o Congresso a contemplar essa possibilidade. Eu verdadeiramente espero que não aconteça em hipótese alguma.
Por enquanto, a hipótese mais viável é adiar o pleito para o fim do ano, mantendo os mandatos dentro dos quatro anos?
O plano A é não adiar. O plano B é adiar talvez para 15 de novembro. O plano C é o primeiro domingo de dezembro. Se nós conseguirmos realizar as eleições no começo de dezembro, a gente consegue dar posse em 1º de janeiro, como prevê a Constituição. O que todos nós somos contra — e eu tive a possibilidade de conversar sobre isso com os presidentes da Câmara e do Senado — é de cancelar o pleito para fazer com que as eleições municipais coincidam com as eleições gerais de 2022. Essa é uma ideia ruim por muitas razões. A primeira é a razão democrática. Você não pode prorrogar mandatos à luz da Constituição porque esses prefeitos e vereadores foram eleitos por quatro anos. Portanto, o direito de se conduzir ou não essas pessoas pertence ao eleitor. E, de princípio, não é possível alterar isso. Prorrogar mandato é um problema de natureza constitucional. Não será totalmente errado se houver um motivo de força maior reconhecido pelo Congresso que preveja uma nova data. O segundo motivo, que o eleitor vai ter que votar em sete candidatos para sete cargos públicos simultâneos. É muita informação, é confuso e o eleitor vai ter dificuldade de fazer escolhas adequadas para sete cargos ao mesmo tempo. Em terceiro lugar, a pauta de uma eleição nacional é bastante diferente da pauta de uma eleição municipal. Na eleição geral (nacional), você está discutindo sistema econômico, está discutindo como tratar o sistema de saúde. Já em uma eleição municipal, você está discutindo transporte urbano, recolhimento de lixo, questões locais. Se você faz as duas eleições coincidirem, ou você vai municipalizar a presidencial ou vai nacionalizar a municipal. Vai haver uma inevitável perda para o debate público. Outra questão é que nas eleições municipais de agora, já estamos esperando 750 mil candidatos para prefeitos e vereadores em 5.600 municípios brasileiros. Se você coincide as eleições, você acresce a esses números todos os da eleição nacional: presidente, governador, deputados federais, estaduais, distritais e candidatos a senador. Você vai criar um inferno gerencial para a Justiça Eleitoral ter que administrar todos esses candidatos ao mesmo tempo, tendo que lidar com a Lei da Ficha Limpa. A Justiça Eleitoral não teria condições de decidir a maioria das impugnações antes das eleições. Aí, teria que anular eleições em caso de irregularidades. Não penso ser uma boa ideia que elas coincidam. Seja como for, esse é um debate político a ser travado no Congresso. O que eu considero ilegítimo é quem foi eleito para quatro anos permanecer mais tempo que isso.
O senhor foi relator das ações que questionaram a MP 966, que trata sobre a punição de agentes públicos que errarem em razão dessa pandemia. O Ministério da Saúde e o governo federal vêm autorizando o uso de medicamentos que não têm eficácia científica comprovada. Isso pode entrar no quesito de erros que estão sendo cometidos e os praticados pelo próprio presidente da República?
Eu considero um erro qualquer prática política pública que fuja dos padrões consensuais firmados pela ciência e pela técnica médica em geral, pelo sanitaristas, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelas entidades e referências médicas do país. Onde haja consenso científico e médico, não é possível adotar uma política pública contrária a isso. Nós vivemos em um mundo iluminista, portanto as coisas têm que ser feitas com base na razão e na ciência, não em palpite e ideologias. Portanto, contrariar os padrões médicos e científicos seria considerado um erro grosseiro para fins de responsabilização do agente público. Também consideramos que se enquadraria na categoria erro grosseiro a eventual prescrição de medicamentos que não tenham sido submetidos a testes clínicos e não sejam reconhecidos pela comunidade científica como eficazes e adequados para o enfrentamento daquela moléstia a que ele se destina. Eu acho que a adoção de uma política pública de eventual distribuição de um medicamento que não tenha chancela da comunidade médico científica e nem de pesquisas clínicas, pode, sim, gerar responsabilidade. Acho que diferente é a situação de um médico específico que por uma razão A, B ou C considere que, para o seu paciente, especificamente, deva prescrever um determinado medicamento ainda quando experimental. Portanto, há uma diferença entre a responsabilidade médica individual, essa vai ser perante o Conselho Regional de Medicina (CRM), se existir, de quem tem um cargo de definir políticas públicas e o faça em contrariedade à ciência. Portanto, acho que são situações um pouco diferentes a de quem traça uma política pública da de quem prescreve para uma situação particular.
Ou seja, os responsáveis do Ministério da Saúde e do governo federal terão que responder por essa questão da cloroquina?
Eu não gostaria de concretizar isso, porque você vai ter decisões em situações concretas, mas claramente o Supremo disse que a adoção de alternativas não comprovadas médico e cientificamente, sobretudo se causarem dano a alguém, podem sim gerar responsabilidade.
O senhor acredita que debates sobre o lockdown (confinamento) em meio à pandemia podem chegar também no STF?
Pelo Brasil que nós temos vivido nos últimos anos, tudo pode chegar ao Supremo. Portanto, acho que sim, acho que é uma possibilidade real. Embora, de certa forma, o Supremo já tenha se manifestado sobre isso. O Supremo assentou que, em matéria de saúde pública, e é disso que nós estamos tratando, os três níveis de governo têm competência para atuar. A União tem, os estados têm e os municípios têm. O problema que surge é que, como existe uma certa falta de liderança unificada e uma certa falta de coordenação, você tira políticas às vezes contraditórias. Mas a verdade é que, quando você diz que os três níveis têm competências, o que você está querendo dizer é que, o que for de interesse nacional, prevalece a vontade da União, o que for de interesse mais regional, prevalece a vontade do Estado, e o que for de interesse local, prevalece a vontade do município. É fácil dizer isso em teoria, na prática podem surgir problemas, mas, por exemplo, fechamento de aeroporto, é claramente uma questão federal. A legislação e a administração dos serviços associados à aviação é uma competência da União, portanto só a União pode fechar aeroporto e proibir a vinda de voos do exterior. Agora, comércio local, é tipicamente uma questão municipal e, portanto, eu acho que mesmo que eventualmente o presidente inclua no decreto de atividades essenciais algum tipo de atividade que seja puramente local, eu acho que independentemente do decreto deve prevalecer a vontade do prefeito ou do poder municipal. Assim é uma Federação, que significa que você tem três níveis de governo e que eles devem agir coordenadamente, mas a Constituição estabelece qual é o grau de competência de cada um.
Ministro, voltando ao TSE, a gente tem ações que pedem a cassação da chapa do presidente Bolsonaro. Uma delas é sobre os disparos em massa em redes sociais que teriam ocorrido nas últimas eleições. O senhor pretende pautar esse tipo de ação?
Pretendo pautar seguindo a ordem cronológica de tudo que esteja pronto para julgamento. Portanto, essas ações de investigação perante a Justiça Eleitoral, elas são conduzidas pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral. Atualmente é o ministro Og Fernandes, que em breve, depois de muito bons serviços prestados, será substituído pelo ministro Luís Felipe Salomão, ambos integrantes do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Portanto, cabe ao corregedor conduzir essa investigação e, quando ela for concluída, ele comunica a mim e eu pautarei. Vai ter o ritmo que o corregedor puder dar e que as provas forem apuradas. Nós somos juízes. Eu vou ser presidente de um tribunal. Juiz não apoia ninguém nem é adversário de ninguém. Há a Constituição, há as leis e as regras para serem cumpridas e o modo como eu toco a minha vida é, a gente faz o que é certo, justo e legítimo, ninguém é protegido e ninguém é perseguido. Vamos fazer como manda a lei e se ficar pronto para julgamento, vai a julgamento.
Existe no STF um inquérito que mira o presidente, e agora foi incluído nele a possibilidade de ter ocorrido o vazamento, ao senador Flávio Bolsonaro, de uma operação da PF. Essa operação teria sido adiada para não prejudicar a campanha do presidente da República. Se ficar constatado que isso realmente ocorreu, seria uma interferência indevida nas eleições?
Olha, esse é um inquérito que é presentemente conduzido pelas mãos experientes, firmes e honradas do ministro Celso de Mello. Portanto, eu sou juiz, falo ao final da investigação, não ao início dela. Ao final da investigação nós saberemos se houve crime comum — e aí caberá ao procurador-geral da República oferecer denúncia e ao Supremo julgar —, ou houve crime de responsabilidade — e aí caberá à Câmara dos Deputados aceitar uma instauração de processo de impeachment e o Senado julgar —. Se o inquérito apurar que não houve nenhuma coisa nem outra, arquiva-se. Portanto, não tenho nenhuma opinião quando uma investigação começa. Depois que ela terminar, eu terei uma opinião. Se chegar ao Supremo, você vai ficar sabendo a minha opinião; se não chegar ao Supremo, nem isso.
Um problema que o país está enfrentando são as ameaças aos ministros do STF. Essa semana tivemos, aqui em Brasília, a prisão de duas pessoas que estavam ameaçando os desembargadores do Tribunal de Justiça do DF. Como o senhor vê isso? Um país que hoje ameaça a Justiça?
Olha, é preciso distinguir as coisas. De um lado, há manifestações que são totalmente legítimas dentro de uma democracia e no exercício da liberdade de expressão. Essas manifestações, no entanto, não podem ultrapassar o limite da legalidade, portanto, ameaça não é forma de manifestação, ameaça é crime. Agressão não é forma de manifestação, agressão é crime. Eu vejo um pouco um país em que discursos radicais vindos de lugares diferentes liberaram alguns demônios que, em uma democracia, devem ficar bem guardados. Demônios da radicalização, da intolerância e da violência, esses são inaceitáveis. Portanto, procuro distinguir bem manifestação de contrariedade, o que é legítimo de manifestações de truculência, de violência e de intolerância, o que é totalmente inaceitável. Nós precisamos, sem ninguém abrir mão das convicções, criar alguns denominadores comuns e construir algumas pontes porque o país não pode ser movido por ódio e por uma conflituosidade permanente.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, falou que pode até prorrogar o auxílio emergencial, mas em um valor menor, de R$ 200. Isso pode ser judicializado, visto que, hoje, esse auxílio é de R$ 600?
Como eu falei, no Brasil de hoje, quase tudo pode ser judicializado. Mas eu acho que em questões técnicas de economia, decisões estritamente político-administrativas, eu sou de um entendimento que o Supremo deva exercer autocontenção e, portanto, não é o Supremo, em linha de princípio, quem tem a expertise para dizer quanto pode ser o auxílio emergencial. Portanto, acho que ele vai ser no valor possível. Judicializado pode ser, mas há um conceito em direito constitucional que chama de capacidades institucionais. Ainda quando o Judiciário possa ser o intérprete final, nem sempre ele deve ser o intérprete final. E acho que ele deve ser deferente para com as decisões políticas e para com as decisões técnicas dos outros Poderes, inclusive, sobretudo, o Executivo. O Judiciário só deve interferir quando houver o risco grave para algum direito fundamental ou algum risco grave para a democracia.
Existe risco à democracia em razão desses pedidos de intervenção militar, volta do AI-5?
Eu acho que talvez haja um certo exagero nesse risco. Eu presto atenção nas manifestações e, no geral, é uma minoria muito pequena, pouco significativa. Lembra-me um pouco na época do regime militar, pois eles recriam os bolsões sinceros, mais radicais. São manifestações às vezes de extrema direita em algum grau de irracionalidade, mas, no modo como eu penso, acho que numa democracia, se é uma manifestação sem violência, de pessoas privadas, eu acho que é legítima, lustra a Constituição, e acho que elas são relativamente desimportantes. Elas se tornam graves — ou se tornariam graves — na medida em que viessem a ser endossadas por agentes públicos. Porque particulares podem apoiar o fechamento do Congresso e do Supremo, o que eu lamento, acho que é um equívoco, e felizmente são alguns gatos pingados. Mas, evidentemente, quem jurou respeitar a Constituição não pode fazer isso. Portanto, agentes públicos não podem defender golpe de Estado nem fechamento de outros Poderes. Enquanto ficar confinada a um conjunto de manifestantes pré-iluministas, eu acho que isso é irrelevante e acho que, às vezes, há um certo exagero quando da parte privada. Tratando-se do risco de uma adesão de algum agente público, aí eu consideraria gravíssimo, mas pouco para demonstrar que o vigor da democracia brasileira tanto à evocação mais antiga do AI-5, quanto a essa manifestação na porta do QG do Exército. Imediatamente as pessoas em que se supõe que estivessem indevidamente apoiadas essas manifestações fizeram questão de dizer que defendem a liberdade da democracia e não desejam uma volta da ditadura.
Existe uma ação no Supremo que pede que o presidente da Câmara seja obrigado a analisar pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro, seja para dar seguimento ou negar. Como o senhor vê essa solicitação, existe prazo para avaliação de um impeachment?
Olhando para trás, o costume constitucional brasileiro sempre foi de que esta é uma prerrogativa do presidente da Câmara de instaurar ou não o procedimento. Assim tem sido historicamente. Nós temos dois precedentes de impeachment, que é uma alternativa traumática em uma democracia em que exibe um ponto das disfunções deste modelo de hiperpresidencialismo que nós adotamos no Brasil e na América Latina, e que, de uma maneira geral, frequentemente é uma usina de crises. Eu acho que, em algum momento, vamos ter que revisitar este modelo de hiperpresidencialismo latino-americano que gera, com frequência, governos autoritários na sua relação com o Congresso, e governos frágeis e fisiológicos na sua relação com o Congresso. Precisamos encontrar um formato melhor para a democracia brasileira.
Inquéritos como o que foi aberto após as declarações do ex-ministro Sergio Moro, que mira o presidente, devem ser sigilosos ou públicos?
Algumas dessas questões envolvem escolhas. Acho que, em uma democracia, a transparência em linha de princípio, é o desejável. Mas eu vou te dar um exemplo controvertido que o Brasil pratica. As sessões do Supremo Tribunal Federal são abertas ao público e transmitidas nacionalmente por TV aberta. É impossível haver mais transparência do que isso. Na maior parte dos países, como os Estados Unidos, a deliberação da Suprema Corte é feita numa sala fechada em que só entram os nove ministros e não pode entrar nenhum servidor; e, portanto, é uma deliberação totalmente não exposta à vista do público. Tem gente que prefere o modelo brasileiro e tem gente que prefere o modelo americano; eu acho que o modelo brasileiro funcionou bem para o Brasil porque deu visibilidade ao Supremo e, de certa forma, para o melhor lado da história na minha visão. Pode talvez não haver uma resposta universal. Mesmo nesse episódio do exame médico do presidente, colocou-se de um lado os pratos de uma balança da Justiça, que não é simbolizada por uma balança por acaso, é porque tem que pesar valores diferentes nos pratos. Mas, no caso do presidente, do outro lado você tem uma questão do direito de privacidade que é assegurado constitucionalmente.
Mas existe uma flexibilização do direito à privacidade de agentes públicos, certo?
Existe, sim, e vou te dar um exemplo. Eu ou qualquer agente público, a declaração de renda como pessoa privada é totalmente protegida pelo direito de privacidade. Mas, quando eu assumo um cargo público, eu preciso ir lá e apresentar para um terceiro o patrimônio, pois é como mecanismo de controle de que eu não aumentei o meu patrimônio ilegitimamente durante o cargo. Você tem todo o direito de manter a sua declaração sobre reservas, mas, se você resolver se candidatar a um cargo público, você tem que exibir as suas contas. Portanto, a resposta é “sim”, mas não quer dizer que tenha perdido totalmente a sua privacidade.
CB/foto: Ana Rayssa/CB/D.A Press)
Em dia com 965 mortos pela Covid, Bolsonaro ouve panelaço, come cachorro-quente e provoca aglomeração
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) provocou aglomeração de pessoas em mais de uma situação nesse sábado (23), em Brasília. Em uma das paradas, foi comer um cachorro-quente na rua e logo foi cercado por um grupo de curiosos e apoiadores. O número de mortos pelo novo coronavírus no Brasil alcançou 22.013 neste sábado (23), segundo o Ministério da Saúde.
Bolsonaro saiu do Palácio da Alvorada no meio da tarde e foi ao apartamento do ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. De lá, seguiu para a casa do filho mais novo, Jair Renan Bolsonaro. A presença do comboio de seguranças da presidência atraiu curiosos. Quando o presidente saiu do prédio, um grupo de apoiadores se aglomerou para pedir fotos. Ele atendeu aos pedidos e carregou uma criança no colo.
Nos prédios ao redor, gritos contra o presidente e um início de panelaço foi ouvido. Em seguida, se dirigiu a um tradicional carrinho de cachorro-quente na Asa Norte, região de Brasília. Por conta das restrições de prevenção ao coronavírus adotadas pelo governo do Distrito Federal, não há mesas para comer no local.
Bolsonaro chegou, perguntou se poderia comer ali mesmo e teve resposta afirmativa. Comendo em pé na calçada, foi novamente cercado por um grupo de pessoas, causando outra aglomeração. Para comer o cachorro-quente, o presidente baixou a máscara para o pescoço. Sem a proteção da máscara, falou com apoiadores e chegou a reclamar, enquanto dava risadas, que a imprensa falaria que ele provocou aglomeração. Também tirou fotos com pessoas e carregou mais uma criança no colo. Enquanto apoiadores o chamavam de “mito”, também foram ouvidos gritos de “fascista” e “assassino”, além de panelaço nos prédios vizinhos.
Foto: Divulgação
Bahia investe mais de R$ 500 milhões em obras na saúde
Vacina contra coronavírus testada em macacos tem bons resultados, mas gera dúvidas
Dois estudos feitos com macacos trazem dados animadores sobre uma possível vacina contra o vírus causador da Covid-19, embora também mostrem que não é simples produzir uma imunidade completa contra a doença.
Pesquisadores da Universidade Harvard (EUA) mostraram que, após uma primeira infecção pelo Sars-CoV-2, o organismo dos primatas conseguiu ficar protegido do vírus, ao menos no curto prazo. A mesma equipe, ao testar uma vacina feita com DNA nos animais, verificou que a imunização é capaz de criar uma barreira contra o patógeno, mas mesmo os macacos vacinados ainda demoram um pouco para derrotar totalmente o vírus.
Os resultados, que saíram na revista especializada Science, vêm de dois trabalhos coordenados por Dan Barouch, do Centro de Virologia e Pesquisa de Vacinas da Escola Médica de Harvard. Ao infectar suas cobaias com a forma natural do vírus, Barouch e companhia conseguiram observar o que acontece com as defesas do organismo conforme a doença progride e, assim, tentaram reproduzir partes desse processo com a ajuda da vacina.
Para isso, os cientistas trabalharam com macacos-resos (Macaca mulatta), um primata asiático muito usado em pesquisas biomédicas.
Uma das vantagens dos estudos com a espécie é que a “fechadura” das células dos macacos usada pelo Sars-CoV-2 para invadir o organismo é muito semelhante à que existe nas células humanas. Por outro lado, os sintomas nos animais costumam ser mais amenos: os primatas ficam abatidos e perdem o apetite, mas não têm febre nem falta de ar.
Um grupo de nove macacos-resos saudáveis recebeu 1 ml de solução contendo vírus, em diferentes concentrações, na cavidade nasal e na traqueia. De início, os pesquisadores detectaram a presença de material genético viral nas vias respiratórias dos bichos, com uma “assinatura” típica que indicava a produção de novos vírus no organismo dos macacos. Alguns dos animais, sacrificados e submetidos a exame, tinham sinais de pneumonia em seus pulmões.
Com a passar das semanas, o corpo das cobaias se pôs a produzir anticorpos capazes de se ligar ao Sars-CoV-2 e de neutralizá-lo (ou seja, impedir que o vírus entre nas células). Também desenvolveram a chamada imunidade celular – ou seja, células específicas de seu sistema de defesa armazenaram “memórias” do ataque viral, tornando-se capazes de atacar o coronavírus.
Um mês e cinco dias após a infecção inicial, os bichos receberam uma dose viral idêntica à anterior. Resultado: pouquíssimo material genético do vírus nas amostras oriundas dos animais e quase nenhum sintoma de infecção. Além disso, os níveis de anticorpos contra o Sars-CoV-2 aumentaram rapidamente no organismo dos macacos-resos, sinal de que o corpo “se lembrava” com precisão de como derrotar o invasor.
O grupo de Harvard usou os conhecimentos obtidos com essa análise para testar a eficácia de seis formas diferentes da vacina de DNA que estão desenvolvendo (veja infográfico). Todas elas se baseiam na receita genética para a produção da proteína S, a “chave” usada pelo vírus para invadir as células.
A ideia é que o material genético de origem viral, inserido nas células, leve à produção da proteína S dentro delas. O organismo, então, reconhecerá que a molécula de origem viral é um corpo estranho e iniciará a produção de anticorpos e outras defesas especificamente projetadas contra ela. Assim, o corpo estará preparado caso entre em contato com o vírus completo.
As diferentes formulações da vacina incluíam tanto a receita completa da proteína quanto formas “resumidas” ou ligeiramente alteradas dela. Os testes, feitos com 25 primatas, mostraram que os melhores resultados vêm com o uso do DNA correspondente à totalidade da proteína S, com produção considerável de anticorpos neutralizadores e também de imunidade celular.
Quando os macacos vacinados receberam doses do vírus real em suas narinas e traqueias, todos apresentaram menos material genético do Sars-CoV-2 no organismo do que os macacos que serviram como controle (não vacinados que também foram inoculados com o vírus). Dos 25, oito macacos-resos não apresentaram nenhum material genético característico dos vírus que estão se reproduzindo —ou seja, o vírus detectado em seu organismo era apenas o da inoculação. Nenhum dos animais apresentou sintomas consideráveis.
Para os pesquisadores, os resultados indicam que a vacina, embora confira proteção considerável, ainda não é capaz de produzir a chamada imunidade esterilizante, que impede totalmente a entrada do vírus no organismo. Em vez disso, ela permitiu que os animais vacinados controlassem rapidamente a infecção no início.
Ainda fica no ar outra dúvida: a duração dessa imunidade. Provavelmente só será possível estimar isso com a passagem dos meses e anos —pelo que se sabe acerca de outros tipos de coronavírus, a proteção contra novas infecções tenderia a durar de um a dois anos.
Folha de S.Paulo
Pesquisa mostra que pandemia fez número de casamentos cair até 61%
Pesquisa feita pela plataforma digital Icasei mostra que a pandemia do novo coronavírus causou queda expressiva no número de casamentos no Brasil. Segundo o levantamento, o número de cerimônias, após o dia 11 de março, registrou uma queda de até 61,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A pesquisa mostra também que, como reflexo da quarentena, houve uma queda, após 11 de março, de 87,2% no número de confirmação de presença dos convidados às cerimônias. Segundo o levantamento, foi observado ainda uma queda de 97% no acesso dos convidados à lista de presentes virtual dos noivos, o que indicaria que, por conta do isolamento social, os convidados estão deixando de presentear os noivos.
De acordo com a pesquisa, 32% dos casais com casamento marcado para o período de quarentena disseram que não precisaram mudar a data ou que ainda estão aguardando para decidirem o que vão fazer; 61% responderam que adiaram o casamento; e 3%, cancelaram e ainda não têm planos para marcar uma nova data; 4% não informaram.
Icasei é uma plataforma de sites de casamento e lista de presentes fundado em 2007.
Agência Brasil
Secretário de Vigilância do Ministério da Saúde anuncia demissão
O secretário Nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, anunciou que vai deixar o cargo nesta segunda-feira (25). Enfermeiro especialista em epidemiologia, ele chegou a pedir demissão mais de um mês atrás, no dia 15 de abril, mas o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o convenceu a ficar.
Na ocasião, Mandetta disse que não aceitava sua saída, pois estavam ali juntos e deveriam sair todos juntos da pasta. Mas pouco depois, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitiu o ministro por falta de alinhamento na condução das medidas de combate à pandemia do novo coronavírus.
Mandetta defende o isolamento social como medida mais eficaz para conter a disseminação do vírus e não aceitou alterar o protocolo de uso da cloroquina para pacientes contaminados.
Ainda assim, quando deixou o cargo, o ex-ministro disse que seus auxiliares deveriam permanecer ao menos pelo período de transição para o mandato do sucessor, o médico Nelson Teich. No entanto, ele também deixou o Ministério no último dia 15 por conta da cloroquina. Com isso, segundo informações do G1, Oliveira está de saída da pasta.
"Apesar de sair da função de Secretário de Vigilância em Saúde, continuarei ajudando ao Ministro Pazuello nas ações de resposta à pandemia. Somos da mesma instituição, Ministério da Defesa e conosco é missão dada, missão cumprida", declarou Wanderson, que afirma ter combinado sua saída com o ministro interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello. Como é servidor do Hospital das Forças Armadas, em Brasília, ele vai se reapresentar à instituição.
O currículo do secretário indica que ele é doutor em epidemiologia, com mais de 20 anos de experiência, 15 deles no Ministério da Saúde. Mas Oliveira tem também passagens pelo Ministério da Defesa e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com a publicação, foi ele o responsável por coordenar a resposta nacional à pandemia de influenza e à síndrome de zika congênita e atuou como ponto focal para o regulamento sanitário internacional e eventos de massa, como a Copa do Mundos e as Olimpíadas.
Fonte: Bahia Notícias
Realizada em Petrolina Pesquisa do Ibope para teste rápido da Covid-19
Petrolina é um dos 133 municípios brasileiros que estão recebendo visitas domiciliares dos pesquisadores do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) para estudo sobre a “Evolução da Prevalência da Infecção por Covid-19 no Brasil”.
A pesquisa não tem qualquer relação com a Prefeitura Municipal e, segundo o Ministério da Saúde, a cada rodada, os pesquisadores irão entrevistar e aplicar testes rápidos de covid-19 em 250 residências, escolhidas de forma aleatória. Todos os testes são gratuitos e a participação na pesquisa é voluntária, cabendo ao cidadão decidir se deve ou não realizar os testes.
Segundo o Ministério, apenas um morador de cada domicílio será testado. Caso este morador seja diagnosticado com coronavírus, os demais residentes receberão os testes. Além disso, os pesquisadores entregarão um informativo com orientações e repassarão o contato do participante para acompanhamento junto à Secretaria Municipal de Saúde.
Conforme o Ministério da Saúde, a pesquisa é desenvolvida e supervisionada pelo Centro de Epidemiologia da Universidade de Pelotas (UFPel) e ocorrerá em 3 momentos, tendo sido o primeiro nesta semana, e os demais a cada 2 semanas. A Prefeitura de Petrolina ratifica, entretanto, que o teste é voluntário e os moradores que forem abordados pelos pesquisadores devem exigir as credenciais de identificação dos profissionais.
Ascom Prefeitura de Petrolina
Com todos os pacientes curados, Curaçá celebra 10 dias sem novos casos de covid-19
Depois de zerar o número de pacientes que estavam diagnosticados com Covid-19, Curaçá continua adotando medidas protetivas e já está a 10 dias sem nenhuma incidência de novos casos.
O prefeito Pedro Oliveira tem reforçado a mensagem de que é necessário manter a vigilância para evitar uma nova onda: “Com muito trabalho e eficiência estamos vencendo essa guerra contra o Covid-19, todos nossos pacientes testados positivos cumpriram isolamento e já estão imunizados, mas não podemos abrir a guarda. Vamos continuar vigilantes e atentos para sairmos o mais rápido dessa situação”, disse.
O município de Curaçá chegou a ter 29 casos de Covid-19 confirmados através de testes realizados pela Secretaria de Saúde, mas conseguiu conter o avanço com medidas restritivas de circulação, uso de mascaras, barreiras sanitárias e conscientização da população.
“A agilidade nas testagens, as medidas de isolamento social, de identificação rápida dos casos de covid-19 e o isolamento dessas pessoas e seu familiares se mostraram muito eficiente e nos permitiram reverter o quadro”, disse Adriano Araújo, Secretário de Saúde.
Curaçá tem 28 pacientes aguardando resultados dos testes e até o momento não registrou nenhum óbito.
Para o prefeito Pedro Oliveira “a atuação dos profissionais da área de saúde, os decretos restritivos de circulação, o uso obrigatório de máscaras e a participação da população foram pontos importantes a se destacar”, declarou.
Ascom Curaçá
Petrolina fecha sábado sem alterações de casos confirmados
O boletim da Prefeitura de Petrolina deste sábado (23) aponta que o município segue com 190 casos confirmados do novo coronavírus (civid-19), ou seja, sem alterações nas últimas 24 horas. São 138 casos confirmados através de testes rápidos feitos pela prefeitura e 52 diagnosticados através de exame laboratorial. As curas clínicas são 68, com seis óbitos registrados.
SRAG
Quanto aos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o boletim aponta que são 53 casos em investigação, enquanto 30 já foram descartados. Confirmados somam 9 casos, além de 1 óbito.
Internamentos
Do total de infectados pelo novo coronavírus em Petrolina, 2 pacientes continuam internados, 1 mulher de 54 anos na rede publica e 1 homem de 50 anos na rede privada – este já em cura clínica. Os demais pacientes confirmados que ainda encontram-se com a doença estão em isolamento domiciliar, com sintomas leves, sendo acompanhados pela equipe de saúde da rede municipal.
Bairros
Houve um aumento no número de bairros e comunidades com casos confirmados nos últimos oito dias, pulando de 49 para 61 localidades. O centro ainda concentra o maior número: 12 casos. Na sequência aparecem Vila Mocó e Areia Branca - cada bairro com 9 casos confirmados.
Confira a lista completa:
BAIRRO | QUANTIDADE DE CASOS
Agrovila Massangano: 02
Alto da Boa Vista: 02
Alto do Cocar: 01
Antônio Cassimiro: 05
Areia branca: 09
Atrás da Banca: 03
Caminho do Sol: 03
Centro: 12
Cidade Universitária: 02
Cohab Massangano: 07
Cohab São Francisco: 01
Cohab VI: 03
Colina Imperial: 01
Dom Avelar: 03
Estrada da Tapera: 02
Gercino Coelho: 07
Henrique Leite: 01
IPSEP 1: 01
IPSEP 2: 01
Izacolândia: 01
Jardim Amazonas: 04
Jardim Guararapes: 06
Jardim Petrópolis: 02
Jardim São Paulo: 07
Jatobá: 04
João De Deus: 05
José e Maria: 03
Km 2: 02
Loteamento Bela Vista: 02
Loteamento Recife: 06
Mandacaru: 03
Maria Auxiliadora: 02
Monsenhor Bernardino: 01
N-10: 02
N-11: 01
N-5: 01
Nova Petrolina: 02
Orla: 02
Ouro Preto: 02
Padre Cicero: 01
Parque Massangano: 02
Parque São Paulo: 01
Pedra do Bode: 04
Pedra Linda: 02
Pedrinhas: 01
Quati 1: 01
Quati 2: 03
Residencial Padre Cicero: 01
Rio Corrente: 02
Rio Jordão: 03
São Gonçalo: 04
São Joaquim: 01
São Jorge: 03
São José: 05
Terras do Sul: 01
Vale Dourado: 01
Vila Eduardo: 08
Vila Eulália: 06
Vila Marcela: 06
Vila Mocó: 09
Vivendas: 01
Total: 190
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Texto: Duda Oliveira
Prefeitura de Petrolina entrega hospital de campanha exclusivo para pacientes com covid-19 nesta segunda-feira
A Prefeitura de Petrolina entrega nesta segunda-feira (25), às 9h, o hospital de campanha montado no Monte Carmelo, espaço da Diocese cedido à gestão municipal, localizado no bairro Pedra do Bode. A unidade, com 100 leitos intermediários (de enfermaria), vai atender exclusivamente pacientes de Petrolina com covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
Mais de 150 profissionais estão no cadastro reserva da prefeitura, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, entre outros profissionais, para atuação conforme a necessidade da Secretaria de Saúde.
Texto: Duda Oliveira/Foto: Jonas Santos e Emerson Leitte/PMP
Sindicato dos Bancários de Juazeiro não entra em acordo com a Fenaban e bancos funcionam normalmente nos feriados antecipados
Depois de mais de três horas de reunião, realizada por videoconferência, neste sábado (23/05), não houve acordo entre a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e sindicatos dos bancários de Juazeiro em relação ao funcionamento das agências na próxima segunda, terça e quarta (25, 26 ). As entidades reivindicam o cumprimento dos decretos estadual e municipal, que anteciparam feriados para os dias citados, com o objetivo de reduzir a taxa de contágio do coronavírus.
Os bancos alegaram que têm milhares de pessoas aguardando para receber os benefícios sociais. Por isto, querem abrir somente para a realização destes pagamentos, com a presença de menos de 30% dos funcionários. De acordo com as empresas, o critério seria por adesão, desde que houvesse um quantitativo mínimo para assegurar que os benefícios sejam pagos em cada unidade. O Sindicato denunciou que existem bancários sendo pressionados a irem nas agências a partir de segunda-feira (25/05).
Na oportunidade, as entidades reivindicaram que todos os bancários que fossem convocados a trabalhar nos três dias recebessem as horas extras integrais e não fosse utilizado banco de horas. Porém, a Fenaban informou que não tinha uniformidade quanto a isto, mas é sabido que Caixa, Itaú e Bradesco já se comprometeram a pagar as horas extras.
Além disso, reafirmaram a reivindicação para que todos os bancários, vigilantes e prestadores de serviço fossem submetidos a testes para Covid-19. O Sindicato dos Bancários de Juazeiro e Região vai solicitar fiscalização do poder público para garantir o cumprimento dos decretos.
Os bancários estão sobrecarregados, especialmente os da Caixa, que têm trabalhado aos sábados, em jornadas exaustivas. Neste momento, a cobrança das entidades sindicais é para que haja, sim, um período de descanso para garantir a saúde mental e física destes profissionais.
A Prefeitura de Juazeiro informou que, atendendo ao decreto do governador Rui Costa, segunda e terça-feira serão feriados na cidade. A partir de quarta-feira, voltam a funcionar os serviços essenciais autorizados no decreto municipal.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Juazeiro, Maribaldes da Purificação destaca que o sindicato não está de acordo com essa medida da Fenaban. “Os bancários principalmente da Caixa estão trabalhando muito, com antecipação do feriado seria um momento do servidor descansar, é um
direito dele. Estamos preocupados com a qualidade de vida dos bancários”, concluiu.
Câmara Municipal de Casa Nova se reúne virtualmente e aprova antecipação do feriado de aniversário da cidade
O Vereador Zé Carlos Borges (PT), juntamente com mais sete vereadores, participou na tarde deste sábado (23/05), da segunda sessão extraordinária virtual da Câmara de Vereadores de Casa Nova para discussão e votação de um projeto do Executivo municipal propondo a antecipação do “feriado do dia 20 de junho de 2020, alusivo ao aniversário da cidade de Casa Nova”.
De acordo com o texto do projeto “O feriado do dia 20 de Junho, data alusiva do aniversário da cidade de Casa Nova, será celebrado neste ano, de forma excepcional, no dia 27 de Maio de 2020, face ao Estado de Calamidade Pública decorrente da Pandemia decorrente da propagação do CONVID-19, visando maior isolamento social da população”
Para Zé Carlos Borges, essa foi uma decisão acertada, somando-se à decisão do governo da Bahia de antecipar os feriados do estado: “A única possibilidade de barrar o avanço do Corona Vírus é intensificando o isolamento social” – pondera – “A antecipação dos feriados é uma forma de diminuir o número de pessoas nas ruas, mantê-las em casa. Uma decisão acertada do prefeito e votamos unanimemente a favor”.
Zé Carlos voltou a manifestar sua preocupação com a propagação do vírus no território de Casa Nova e referiu-se principalmente aos assentamentos existentes no município, “extremamente frágeis diante dessa tragédia”.
Presidida por Patrick da Astrafran, além de Zé Carlos Borges, participaram os vereadores Uilian Pereira, Neto da Saúde, Hellber do Né, Pedrinho da Vanda, Fredão de Benedito e Cacado.
Prefeitura de Uauá inicia desinfecção de locais com grande circulação de pessoas
A Prefeitura de Uauá, através da Secretaria de Saúde, iniciou na ultima quinta-feira (21), as ações de desinfecção de espaços públicos e locais com grande circulação de pessoas. A medida tem o objetivo de intensificar o combate ao coronavírus no município.
A atividade será realizada sempre de segunda a sábado, a partir das 16h. O trabalho é executado por cinco profissionais que realizam a borrifação de locais como agências bancárias, lotérica, estabelecimentos comerciais, bancos de praças e outros ambientes.
Até o momento, Uauá contabiliza dois casos confirmados de covid-19, com um deles já curado, dois aguardando resultados de exames e dois em isolamento domiciliar. A secretaria ainda segue aguardando o resultado de uma suspeita de H1N1.
O governo municipal recomenda que as pessoas permaneçam em casa para evitar aglomerações. Se precisar sair, use máscara.
Ascom PMU
SESAU apresenta boletim neste sábado (23) sem confirmação de novos casos em Juazeiro
No boletim deste sábado (23), a Secretaria da Saúde de Juazeiro informa que permanece testando e acompanhando pacientes com suspeita de COVID 19 e H1N1 na cidade. Nesta atualização a SESAU informa que registra 531 notificações para o novo coronavírus.
O total de exames descartados aumentou, agora são 351 exames que testarem negativo para a COVID 19. Outros 125 estão em análise ou aguardando a testagem rápida.
Os dados de casos confirmados permanecem em 55 positivos, sendo que destes, 23 pacientes já estão recuperados, ou seja, com cura clínica e o município tem o registro de quatro óbitos pela COVID 19. Do total de casos confirmados, 32 são do sexo feminino, 23 do sexo masculino e deste quantitativo, 24 são profissionais de saúde.
Para o H1N1, os dados permanecem como na última atualização, sendo 73 notificações com confirmação de 18 casos, incluindo dois óbitos. Ao todo já foram descartados 27 exames e outros 28 estão em investigação.
A Secretaria da Saúde segue as diretrizes e normas técnicas do Governo do Estado da Bahia e do Ministério da Saúde. Qualquer dúvida referente à COVID 19 a população pode tirar através do WhatsApp (74) 99819-3089 em horário comercial de segunda a sexta-feira.
Débora Sousa/SESAU
Rede SAC suspende atendimento no Estado em cumprimento a leis e decretos
Assessoria de Comunicação Social
Secretaria da Administração do Estado da Bahia | Saeb
“Vídeo comprova que Bolsonaro interveio na PF para proteger família e amigos”, diz Marcelinho
O conteúdo do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril com o presidente Bolsonaro (sem partido) foi interpretado pelo deputado estadual Marcelinho Veiga (PSB) como prova que o chefe do Executivo nacional interveio na Polícia Federal (PF) para proteger membros da sua família e amigos próximos. Esse tema foi o assunto mais comentando no meio político desta sexta-feira (22) e deve tomar os noticiários do final semana. “Vídeo comprova que Bolsonaro interveio na PF para proteger família e amigos. Não resta dúvida sobre isso, sem contar que as falas dos ministros da Educação [Abraham Weintraub], do Meio Ambiente [Ricardo Sales] e dos Direitos Humanos [Damares Alves] são criminosas, afrontam os povos tradicionais e originários deste país e o meio ambiente, além de ameaçar o Poder Judiciário, governadores e prefeitos”.
Marcelinho Veiga descreve que os filhos de Bolsonaro são investigados por crimes como a ‘rachadinha’, que tem como pivô o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, e Carlos Bolsonaro por envolvimento com milícias virtuais que propagam fake news. “A troca de titulares da PF serviu para isso, para conter e ter acesso a informações sigilosas. É grave o presidente dizer que tem uma equipe de segurança que lhe passa informações. Isso é crime contra a nação. Bolsonaro tenta se livrar das mentiras que vem contando, mas o vídeo prova sua interferência na PF para trocar o comando da polícia no Rio de Janeiro. Ele ataca os governadores de São Paulo e do Rio, usa palavras de baixo calão. Infelizmente é uma pessoa despreparada, com uma equipe sem controle e que não sabe o que significa a palavra democracia”.
O deputado do PSB completa dizendo que “é um momento delicado da nossa história recente. Talvez o momento mais difícil que o Brasil vive. Precisamos ficar atentos e fazer cumprir a Constituição”. Veiga aponta que “Bolsonaro não tem condições de governar o país. Já somos o segundo no número de infectados do mundo com 330 mil. Não estamos conseguindo conter o vírus, que já matou mais de 21 mil. No entanto, a reunião de abril com os ministros, quando os números já mostravam o descontrole, com 41 mil infectados e quase 3 mil mortos, nenhuma palavra sobre o assunto coronavírus foi dita. Mas não faltou a defesa ao desmatamento e aos grileiros, instalação de cassinos, privatização de estatais e arrocho fiscal. Para eles, tudo, para o povo, nada”.
Ascom/Vitor Fernandes (DRT-2430)
Secretaria da Saúde da Bahia monta “drive thru" para testagem de Covid-19 em profissionais de saúde
Secom
Bahia alcança 13 mil casos de coronavírus e supera os 400 óbitos
Secom
Protetores faciais são doados a feirantes de Petrolina
Ampliar os esforços para o controle do novo coronavírus em Petrolina é um dos objetivos da Faculdade UNINASSAU Petrolina. Pensando nisso, a Instituição doou, neste sábado (23), 200 protetores faciais, do tipo “face shield”, que cobrem todo o rosto, para feirantes da cidade. O projeto, inicialmente, atende o bairro da Cohab Massangano.
O coordenador do curso de Engenharia, Nielton Araújo, destaca que o projeto inova e abraça os feirantes. “As feiras livres são locais de grande circulação e muito contato, então é uma forma de frear a intensidade da proliferação do vírus. Então, escolhemos a feira da Cohab, devido ao número de casos da covid-19 até o momento”, esclarece.
Nielton destaca que “a proteção facial é um dos principais equipamentos de proteção individual na prevenção da Covid-19 dos profissionais de saúde que estão na linha de frente, mas que podem ser utilizadas por outros profissionais vulneráveis”.
Para a moradora do bairro, Alice Silva, o novo Equipamento de Proteção Individual (EPI) para os feirantes traz maior segurança no momento das compras. "Gostei muito da ideia, pois a gente que vem comprar e vê o feirante com esse protetor faz com que a gente se sinta mais seguro na hora de comprar".
Os protetores faciais foram confeccionados pelos professores dos cursos de Engenharia da Instituição, a exemplo, de Alex Pereira que acrescenta que “cada protetor é composto de três itens: viseira, suporte de viseira e elástico para fixação. A face shield é feita de material plástico transparente, versátil e resistente ao impacto, a temperatura, sendo muito eficaz no controle da proliferação do vírus”.