Banhistas escapam por poucos metros de um raio, no último sábado

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O fisioterapeuta João Victor Maciel Mendes, de 32 anos, fez um registro impressionante que mostra um raio caindo no mar de Santos, no litoral de São Paulo, no último sábado (1º), enquanto ainda havia alguns banhistas na água. De acordo com ele, o barulho do raio foi ‘estrondoso’.

De acordo com Mendes, o registro foi feito na praia da Aparecida. “A gente estava passeando com os cachorros e parou nos quiosques, aí a chuva começou a apertar e entramos em baixo da tenda da PM. Começou a chover mais forte e caiu um raio muito forte bem em frente ao Canal, no mar, não foi esse que flagrei. Já foi um barulho estrondoso, mas as pessoas não se importaram muito”, afirma.

Segundo o fisioterapeuta, em seguida, ele pegou o celular para tentar filmar caso caísse outro raio. “Comecei a filmar em câmera lenta e, na hora que liguei o celular, caiu bem no cantinho do vídeo um raio também no mar, bem no meio, entre São Vicente e Santos, com um barulho bem forte de novo. Tinha poucas pessoas no mar e muita gente na areia. Os salva-vidas apitaram para as pessoas saírem, mas a maioria não saiu”, destaca.

O climatologista Rodolfo Bonafim explica que a praia deve ser evacuada nesses casos. “Quando as pessoas observarem nuvens mais escuras e até as nuvens claras em formato de algodão, que vão se formando assim como torres, é bom ficarem desconfiadas e começar a sair das praias, pois isso é um perigo. E a previsão do tempo já apontava que essa semana seria instável”, alerta ele, que destaca que em momentos assim é preciso se abrigar em locais fechados.

Segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), atualmente o Brasil registra em média cerca de 70 milhões de raios por ano, com grandes variações como em 2020, ano sob a influência do fenômeno climático La Niña, quando foram registrados 110 milhões de raios.

Segundo o Elat, o aumento significativo na incidência de raios no Brasil sugere que se medidas de prevenção não forem tomadas as mortes causadas pelo fenômeno tendem a aumentar. Atualmente, de acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica, centenas de pessoas e de animais são atingidas todos os anos no país, sendo que 30% das pessoas e mais de 90% dos animais morrem.

A Defesa Civil de Santos destaca que nesses dias de verão são muito comuns chuvas no começo da tarde, e explica que elas podem vir com raios e rajadas de vento. A orientação é para que os banhistas fiquem atentos, e, em qualquer sinal de trovões e da aproximação dessas chuvas, saíam da praia e evitem os locais abertos.G1

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