A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) tem desenvolvido, em parceria com a Associação de Produtores Rurais de Pinhões, em Juazeiro (BA), projeto de Unidade de Produção de Palma Forrageira. O projeto tem por objetivo fornecer alimentação para 1.000 ovinos — principalmente no período da estiagem —, além de incentivar, por meio do fornecimento de mudas, a produção local de alimentação animal nutritiva e de baixo custo.
Para implantação do projeto, a Codevasf repassou à associação materiais para cercamento, adubos químicos e orgânicos e mudas de palma forrageira. A Companhia também viabilizou a construção de um reservatório hídrico e a instalação de um sistema de irrigação por gotejamento. A Associação de Pinhões cedeu a área de plantio, de dois hectares, e realizou serviços diversos no espaço, como limpeza, mecanização do solo, instalação de cercas e plantio das mudas. A instituição recebeu de uma mineradora da região uma bomba hidráulica para irrigação da área.
Segundo o superintendente regional da Codevasf em Juazeiro, Miled Cussa Filho, a disseminação da palma vai proporcionar mais segurança à manutenção de rebanhos e gerar um banco de mudas para que a atividade possa prosperar na região. “O projeto está avançando e a região está sendo trabalhada para ser referência técnica a agricultores e pecuaristas que tenham interesse em aprender a cultivar a palma forrageira, e para que ela seja utilizada com todo o seu potencial produtivo”, destaca.
Palma forrageira Foram plantadas no terreno 110 mil mudas de palma. A expectativa é de que a produção alcance 2.200 toneladas de matéria verde de palma para alimentação animal e fornecimento de mudas para novos plantios, que deverão atender inicialmente a cerca de 20 famílias.
Na avaliação do presidente da Associação de Produtores Rurais de Pinhões, Roger Marques Silva Oliveira, a cultura da palma na região terá impacto positivo na criação de animais, além de proporcionar mais uma atividade para geração de renda à população local. “Nossa região passa por muitas dificuldades para alimentar os animais no período da seca. O projeto vai nos garantir ferramentas para que possamos aprender a lidar melhor com esses períodos de estiagem”, afirma.
Fonte: Brasil 61