Derrotada no Congresso, Bolsonaro volta a ladainha do voto impresso

Uncategorized

Em aceno à base ideológica, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender o voto impresso — projeto derrotado no Congresso — e ironizou ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao chamá-los de “queridos”. Ele voltou a colocar em dúvida a lisura das urnas eletrônicas. https://5cd289d89c29d9ae2da0a841acc2d49e.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

“O voto tem de ser contado. Não podemos disputar uma eleição com a mínima suspeição de que algo esteja errado. E podem ter certeza: eu acredito que as eleições sejam limpas no corrente ano, porque só podemos concorrer às eleições dessa maneira. Muitos me acusaram de ser ditador, de querer dar golpe. A gente está fazendo justamente o contrário do que nos acusaram”, alegou, durante a cerimônia de lançamento de novas medidas do Programa Renda e Oportunidade, no Palácio do Planalto.

Bolsonaro enfatizou que “vai perder ou ganhar dentro das quatro linhas (da Constituição)”. “Nós queremos eleições limpas, e tenho certeza de que temos como colaborar com nosso prezado TSE, com nosso querido Alexandre de Moraes, com nossos queridos (Luís Roberto) Barroso e (Edson) Fachin, para que isso aconteça. Eu tenho certeza de que, do fundo do coração deles, eles querem isso”, ironizou. “Isso é o que quer, no meu entender, grande parte da população brasileira. Aqui, não é uma disputa de campeonato de futebol, em que já vimos uma grande torcida falar: ‘Olha, foi gol de mão, mas gol de mão é mais gostoso’. Para eleições, não vale isso, não. Vale é seriedade, transparência. Vamos perder ou ganhar dentro das quatro linhas”, acrescentou. Fachin e Moraes são presidente e vice, respectivamente, da Corte eleitoral. Barroso comandou o tribunal até 22 de fevereiro último.

O chefe do Executivo também sustentou que, caso o PT retorne ao poder, “vai ser f*” recuperar a liberdade. “Só se dá valor à liberdade depois que se perde. Mas para recuperá-la, pessoal, desculpa o palavrão, vai ser f*. Vão passar 50, 60, 70 anos para recuperá-la. Não percam a oportunidade de garantir a sua liberdade agora”, afirmou. “Se você não quer lutar pela sua liberdade, tudo bem. Lute pela do seu filho, do seu neto. Não esmoreça. A responsabilidade é de todos nós.”, concluiu.

O presidente também reclamou do que chamou de ditadura nas redes sociais, numa crítica velada ao Supremo Tribunal Federal (STF), que tem combatido, assim como o TSE, a disseminação de notícias falsas. “Quem são os censores? Escolhidos por qual critério? Estão a serviço de quem? Querem prejudicar quem? Imagine se tivesse o cara do PT no meu lugar. Vocês não estariam aqui. E ainda tem gente que acha que esse tipo de governo pode voltar para cá”, protestou. https://5cd289d89c29d9ae2da0a841acc2d49e.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

As novas investidas de Bolsonaro ocorrem no mesmo dia em que outra pesquisa, desta vez, do Ipespe, aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua na liderança das intenções de voto com 44%, seguido do chefe do Executivo, com 26%. O levantamento mostra ainda que 65% dos participantes desaprovam o atual governo. Na quinta-feira, o Datafolha mostrou Lula com 43%, e Bolsonaro com 26%.

Correio/Evaristo Sa/AFP

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *