Dois dias depois de participar de um encontro com Geraldo Alckmin e Fernando Haddad, o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB-SP) deve reunir 120 colaboradores neste sábado (9) para discutir um programa para São Paulo. Ele é pré-candidato ao governo.
A reunião dos três ocorreu logo depois da divulgação de pesquisa Datafolha que mostrou Haddad na dianteira na disputa pelo governo. Ele tem 29%, contra 20% de França. Havia no PT a expectativa de que França poderia recuar da candidatura, diante do resultado da pesquisa. Mas ele se manteve na disputa e faz gestos para mostrar que nela seguirá.
A aliança, na expectativa de lideranças do PT, poderia ocorrer na esteira da oficialização de Geraldo Alckmin como vice de Lula.
Na sexta (8), o PSB oficializou a indicação do ex-tucano para compor a chapa [ver foto abaixo]. Nas redes sociais, o petista agradeceu aos socialistas, “que propõem uma aliança contra o autoritarismo”. E disse que “o Brasil vive mesmo o momento mais difícil desde 1985”. Afirmou também que “nossa vontade é reconstruir o Brasil. A partir de agora é companheiro Alckmin e companheiro Lula”.
A costura de um acordo em São Paulo é considerada essencial para garantir musculatura eleitoral à chapa Lula/Alckmin, e tem mobilizado diretamente tanto o petista quanto o ex-governador.
Ele prega que tem rejeição menor do que Haddad (20%, contra 34% do petista) e que, portanto, teria mais chances de vencer no segundo turno, atraindo o eleitor de centro-direita que não vota no PT.
As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo. Folha de S. Paulo