Ciro Nogueira diz que corrupção no governo é ‘virtual’ e defende aliança centrão com militares

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O ministro Ciro Nogueira (Casa Civil) chamou de “corrupção virtual” as suspeitas de pedido de propina por pastores indicados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para intermediar reuniões no MEC (Ministério da Educação).

Chamado de “amortecedor” no governo, o ministro disse não acreditar que o episódio atrapalhe o discurso anticorrupção do governo. “Não houve corrupção. É uma corrupção virtual. Existem as narrativas, mas o que foi desviado lá? Não foi pago nada”, afirmou à Folha.

Ele deu a entrevista na noite de quarta (6), dois dias antes de se tornar público relatório da Polícia Federal que afirma que o ministro cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro sob a suspeita de ter recebido propina da JBS em troca de apoio para a reeleição de Dilma Rousseff (PT) em 2014.

Procurado novamente nesta sexta (8), o titular da Casa Civil não foi encontrado, mas sua assessoria chamou a conclusão da PF de “enredo fantasioso”, disse que ele será inocentado e que o episódio não tem relação com a participação dele no governo Bolsonaro, mas com “o período turbulento da criminalização da política”.

Ciro Nogueira disse que o segundo turno das eleições “já começou” e que Bolsonaro só perde para ele mesmo, caso tome decisões equivocadas na área da economia.

Dirigente do PP, o chefe da Casa Civil afirmou ainda que a aliança de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com Geraldo Alckmin (PSB) “envelheceu a chapa”, enquanto a dobradinha de centrão e militares, que pode ser reforçada com a candidatura de Braga Netto a vice-presidente, “está dando certo para o país”.

Julia Chaib, Marianna Holanda e Mateus Vargas / Folha de São Paulo

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