Ministro do STF, Alexandre de Moraes, é cumprimentado por Jair Bolsonaro

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Segundo relatos, eles já haviam se encontrado nos bastidores do evento, mas não se falaram.

Durante posse de ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TST), na tarde desta quinta-feira, 19, o presidente Jair Bolsonaro (PL) cumprimentou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, alvo principal de suas críticas e ataques. Ontem, Bolsonaro pediu que a Procuradoria Geral da República (PGR) investigue o ministro após o STF ter negado pedido de investigação por suposto abuso de poder, relacionado aos inquéritos sobre fake news e atos antidemocráticos. 

A representação foi encaminhada pelos advogados do presidente e encontra-se na Central de Relacionamento e Atendimento ao Cidadão (CRAC) da PGR, órgão responsável por fazer a análise preliminar da denúncia e verificar se há elementos suficientes para prosseguir com a investigação. O caso encontra-se temporariamente sob sigilo.

Mais cedo, o ministro Dias Toffoli disse não haver justa causa para prosseguir com a denúncia de Bolsonaro. O relator do caso disse não ser tolerável transformar “o juiz em réu pelo simples fato de ser juiz”. Para ele, o presidente não apresentou elementos mínimos de que Moraes teria tido a intenção de se beneficiar ou prejudicar terceiros ao conduzir as investigações sob sua relatoria no Supremo.

Na manhã desta quarta-feira, 18, os presidentes do Supremo, Luiz Fux, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, se uniram em defesa de Moraes. Os magistrados também foram firmes ao defender o inquérito das fake news conduzido por ele. Fachin, que tem o Moraes como seu vice-presidente no TSE, disse que o ministro conduz as investigações com destemor frente a “qualquer ataque”.

Ao apresentar a ação contra Moraes no Supremo, Bolsonaro disse que a condução do inquérito das fake news pelo ministro não respeita o contraditório e trata-se de uma investigação injustificada, pois, segundo ele, não haveria fato ilícito que sustentasse a sua instauração. O presidente ainda disse que a apuração está em curso por prazo exagerado e não permite que a defesa tenha acesso aos autos.

Segundo comunicado emitido pela equipe de Bolsonaro para anunciar a ação, Moraes comete “sucessivos ataques à Democracia, desrespeito à Constituição e desprezo aos direitos e garantias fundamentais”. O presidente acusou o ministro de aplicar contra investigados nos inquéritos sob sua alçada medidas não previstas no Código de Processo Penal, além de contrariar as regras do Marco Civil da Internet.

Foto: Reprodução/Redes Sociais


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