Iniciou na última sexta-feira (19), em Petrolina, a programação cultural da 18ª edição do Festival Aldeia do Velho Chico. A manifestação cultural centenária sentoseense, os Kongos, participaram do primeiro dia do evento e encantaram a todos com sua originalidade e riqueza cultural.
De acordo com a presidente do Conselho Municipal de Cultura de Sento-Sé, Meire Lúcia Carvalho dos Santos, o grupo foi convidado à participar do evento pela equipe do Instituto de atividades artísticas do SESC Petrolina. “Recebemos o convite com muita a alegria, pois representar o nosso município e levar um pouco da nossa cultura para toda região é motivo de orgulho e alegria”, explicou Meire Lúcia, acrescentando a importância da participação do grupo em eventos fora do seu município de origem. “É lindo ver a cada apresentação como o grupo renova sua dedicação e alegria, só nos resta agradecer à acolhida do público Pernambucano, aos nossos queridos Kongos e a gestão municipal por todo o apoio”, destacou a presidente.
“Essa é a segunda vez que vejo o grupo se apresentar, tive a oportunidade de conhecer durante a realização do Salão de Turismo, fiquei encantada e quando vi a programação do Aldeia e que eles iam se apresentar não pensei duas vezes e vim prestigiar”, declarou a professora Rosa Maria Siqueira. Para o estudante João Antonio Macêdo, a apresentação do grupo foi um espetáculo. “O ritmo, a alegria, o colorido são contagiantes, é muito bom conhecer as manifestações culturais que existem na nossa rica região”, avaliou o estudante.
Um grupo composto por 36 Kongados, juntamente com o casal de rei e rainha, que levou a bandeira de Nossa Senhora do Rosário, realizaram uma apresentação de 30 minutos arrancando aplausos e admiração de todos os presentes. “É sempre bom receber esses convites para que não só o nosso município mas os demais do Vale do São Francisco tenham o conhecimento da nossa cultura que é os Kongos”. Finalizou o capitão dos Kongos, Antônio Marcos.
A Aldeia do Velho Chico – em sua 18ª edição, tem como recorte curatorial a “retomada” como ação político/poética de reintegração da vida em potência. Dessa maneira, a proposta é retomar os encontros, os afetos e, sobretudo, dos territórios e das identidades. Nessa retomada, o foco vai para o fortalecimento dos intercâmbios entre grupos e artistas que desenvolvem seus trabalhos nos interiores do Nordeste e que estão em processo de retomada de suas produções simbólicas e imagéticas. Propomos a retomada de nossas identidades negro-indígenas entendendo que a cultura ribeirinha nasce desse encontro. Uma retomada que é também econômica, já que o setor criativo está em processo de reconstrução pós-pandemia da Covid-19.
Ascom