Para ter leitões saudáveis, nutrição de qualidade precisa começar com as matrizes, afirma zootecnista

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“A nutrição de matrizes suínas é um segmento que precisa ser muito explorado e passa por desafios diários, principalmente no caso de fêmeas altamente produtivas e nutricionalmente mais exigentes”, afirma Joice Silva, zootecnista da Auster Nutrição Animal.

Segundo a zootecnista, quando se trata de nutrição, a adequação dos níveis nutricionais para cada fase da gestação é fundamental. “Para que a leitegada se desenvolva de forma saudável, é necessário ajustar a alimentação da matriz desde a fase inicial da gestação”, explica. “Além disso, uma nutrição adequada auxilia não só a saúde dos leitões, mas também a da matriz em seu parto e pós-parto”, acrescenta.

A gestação é dividida em três fases: fase inicial, que corresponde aos primeiros 21 dias; fase intermediária, dos 22 aos 75 dias; e fase final, dos 76 dias de gestação até o parto. Joice Silva, explica que, na fase inicial, tanto o baixo consumo como o consumo demasiado são prejudiciais. “A má nutrição no início da gestação resulta em menor síntese de óxido nítrico e de poliaminas, levando à subnutrição fetal provocada pela menor vascularização placentária e transferência de nutrientes da mãe ao feto, comprometendo o crescimento uterino”, afirma.

Já a alimentação em excesso é prejudicial especialmente nos primeiros cinco dias de gestação, sendo o período crítico para sobrevivência embrionária, a qual compreende as 48 e 72 horas de gestação. “É recomendado limitar o consumo de ração, porque o excesso influencia negativamente na sobrevivência embrionária, pois há redução da concentração de progesterona plasmática devido ao aumento do fluxo sanguíneo e do catabolismo hepático”, diz Joice.

A zootecnista da Auster ressalta que a recuperação do estado corporal ideal deve ser feita nos primeiros 30 dias da gestação, para garantir partos mais tranquilos, com baixas taxas de natimortos e lactação com boa produção de leite, melhorando também os índices reprodutivos.

“Na fase intermediaria da gestação, a matriz já deve estar recuperada de suas perdas corporais, sendo assim as necessidades de energia e proteínas são menores. Nessa fase, um alto consumo alimentar leva a uma sobrecarga de nutrientes, podendo causar obesidade nas fêmeas e nesse período também é estabelecido os números de fibras musculares dos fetos. Uma subnutrição pode afetar o peso dos leitões recém-nascidos, por conta da redução de fibras musculares secundarias”, afirma a zootecnista da Auster.

Por fim, na última fase da gestação, Joice explica que o maior consumo de alimento energético e proteico pode resultar em aumento do peso dos leitões, sendo está uma boa estratégia a ser usada em linhagens hiperprolíficas, principalmente em primíparas. “No entanto, o excesso de energia entre 75 e 90 dias de gestação pode provocar prejuízos na formação da glândula mamária, resultando em menor produção de leite durante a lactação”.

Joice alerta que o não atendimento das exigências nutricionais nessa fase poderá ocasionar   na restrição do crescimento intrauterino, afetando a taxa de crescimento e desenvolvimento dos fetos no útero, com impacto de 15 a 20 % de leitões com baixo peso ao nascimento. Além disso, o consumo inadequado de energia durante a lactação faz com que a matriz tenha que mobilizar nutrientes de diferentes tecidos corporais, o que leva a uma significativa perda de peso. Quando há uma falta em excesso de aminoácidos na dieta, são mobilizadas proteínas musculares esqueléticas para atender à produção de leite. Porém, a excessiva mobilização terá efeitos negativos na próxima gestação da matriz, podendo afetar seu desempenho reprodutivo subsequente e comprometer o bom desenvolvimento fetal em sua próxima gestação.

Para uma dieta balanceada, a Auster Nutrição Animal possui em seu portfólio uma grande variedade de produtos elaborados com ingredientes padrão feed grade, enzimas, minerais orgânicos, palatabilizantes e probióticos, que estimulam o consumo de ração e modulam a microbiota intestinal das matrizes suínas, oferecendo o aporte nutricional adequado para as fêmeas em estado de gestação e lactação. “A linha Aestas foi desenvolvida especificamente para proporcionar o elevado desempenho zootécnico e atender às necessidades nutricionais das linhagens genéticas presentes na suinocultura brasileira”.

Beatriz Pedrini / STA PRESS

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