A campanha Jair Bolsonaro (PL) celebrou o fato de a pesquisa Datafolha divulgada na quinta (1º) indicar maior probabilidade de a eleição presidencial se resolver apenas no segundo turno.
De acordo com o instituto, Lula (PT) caiu de 51% dos votos válidos, que poderiam garantir a vitória no primeiro turno, para 48%, o que levaria a disputa para uma segunda rodada com Bolsonaro.
Um estrategista da campanha do presidente afirma que os bolsonaristas jamais descartaram o segundo turno, e que a meta agora é chegar ao final do primeiro com Lula caindo, ainda que lentamente, e Bolsonaro em ascensão –o que poderia abrir a possibilidade de uma virada no segundo turno.
Nesse cenário, em que os dois teriam chance de vitória, a disputa poderia se transformar na mais dura da história da redemocratização, segundo o integrante da equipe de Bolsonaro. Atingiria níveis de tensão maiores até mesmo do que a campanha de 2014, que contrapôs Dilma Rousseff (PT) a Aécio Neves (PSDB), com vitória da petista.
Para que o presidente tenha chance de virada, no entanto, é preciso forçar o segundo turno, pois só assim haveria tempo de Bolsonaro melhorar sua imagem e encostar em Lula.
A aposta é que as três semanas extras de campanha da segunda rodada permitiriam que a avaliação positiva do governo, que chegava a 25% de ótimo e bom em maio, e agora voltou a subir, chegando a 31%, cresça ainda mais.
Na opinião dos bolsonaristas, se a administração federal atingir 40% de ótimo e bom durante o segundo turno, o presidente se reelege.
Mônica Bergamo/Folhapress