Em seu comunicado, Celso de Mello afirma que a atuação de Bolsonaro na Presidência da República “revelou a uma Nação estarrecida por seus atos e declarações a constrangedora figura de um político menor, sem estatura presidencial, de elevado coeficiente de mediocridade, destituído de respeitabilidade política, adepto de corrente ideológica de extrema-direita que perigosamente nega reverência à ordem democrática”.
Segundo o ex-ministro, Bolsonaro apresenta “comportamento vulgar, de todo incompatível com a seriedade do cargo que exerce” e que o presidente “causou o efeito perverso de vergonhosamente degradar a dignidade do ofício presidencial ao plano menor de gestos patéticos e de claro (e censurável) desapreço ao regime em que se estrutura o Estado Democrático de Direito”.
“Em defesa da sacralidade da Constituição e das liberdades fundamentais, em prol da dignidade da função política e do decoro no exercício do mandato presidencial e em respeito à inviolabilidade do regime democrático , tenho uma certeza absoluta: NÃO votarei em Jair Bolsonaro!!! É por tais razões que o meu voto será dado em favor de Lula no primeiro turno”, conclui Celso de Mello.
No caso de Mello, sua manifestação pública passou por uma articulação feita por advogados do Grupo Prerrogativas, que tem pedido apoio aberto de figuras de maior peso do Poder Judiciário a Lula. “A declaração foi recebida com festa no Prerrogativas e na Comunidade Jurídica. Celso de Mello é um homem íntegro que devotou toda uma vida à Democracia, à defesa das instituições e do Estado de Direito”, afirma Marco Aurélio, ao Estadão.